sexta-feira, 1 de abril de 2016

HÓSPEDES










 Se você mora numa mansão,
 Num duplex,
 Quitinete,
 Barraco,
 Debaixo dos viadutos,
 Tudo é passageiro.
 Nada é nosso, estão conosco,
 Mas são emprestados,
 Com tempo de duração.
 Você trabalhou, estudou,
 Casou, teve filhos,
 Tudo irá deixar.
 Vivamos o presente,
 Dentro de princípios honestos,
 Com amor, é o tesouro,
 Quer iremos deixar.
 Ele está em nossa alma,
 No compromisso interpessoal,
 Independente de valores sociais, financeiros,
 Criados pelos homens.
 Separam-nos, matamos, roubamos,
 Desrespeitamos o próximo,
 Nosso amor fútil, passageiro,
 Egoísta.
 Cegos, caminhando sem cão guia, sem     bengala,
 Sem Braille,
 Mas famintos por "laranjas",
 Fraudes, corrupção, cúmplices,
 Ainda são premiados e heróis.
 Ate a mãe venderiam,
 Crucificaram a ética, a consciência.
 Perdeu a autoestima,
 Herança maldita,
 Sem espelhos, enxergam espectros,
 Que eles mesmos criaram.

 Março  2016.

 Dionê.

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