: AS TRAQUINAGENS DE MAURÍCIO BARBOSA E SEUS COMPARSAS:
Maurício Barbosa iniciou sua carreira criminal na Bahia no ano de 2009 quando ainda estava comandando a superintendência de inteligência da secretaria de segurança pública da Bahia, realizando escutas ilegais contra opositores e até mesmo aliados do governador a época Jackes Wagner.
Ele fazia isso com apoio do hoje deputado Federal Nelson pelegrino que a época era secretário de justiça e direitos humanos e entregando todos os relatórios para o governador Jackes Wagner e fazendo sua média.
Entre os alvos de Barbosa estavam: desembargadores, deputados estaduais e federais (incluindo o presidente da ALBA Marcelo Nilo, Deputado Soldado Prisco, Deputado Rosemberg, Deputado Carlos Geilson, Deputada Fabíola Mansur, Deputado Targino Machado, Deputado Jânio Natal, Deputado Luciano Simões, Deputado Nelson Leal, Deputado Paulo Câmara, Lúcio Vieira Lima, Geddel Vieira Lima, Deputado Aleluia, Antônio Imbassai, Jorge Solla, dentre outros), prefeitos baianos (incluindo acm neto e suas filhas alvo a partir de 2013, prefeito Dinha de Simões filho, prefeito Antônio Elinaldo de Camaçari e até mesmo a fiel escudeira de Jackes Wagner, a prefeita Moema Gramacho de Lauro de Freitas foi monitorada por Barbosa), empresários (incluindo Carlos suarez, César Mata Pires, Vitor Loureiro Souto, Duquinho Magalhães), agentes públicos estaduais e municipais, mais de 30 advogados, membros do ministério público estadual e até mesmo membros do tribunal de contas do estado da Bahia, como também o vice governador da Bahia João Leão e o filho do senador Otto Alencar- Otto Filho (quando ele era presidente do desembahia ), também foram alvos.
Obs. No caso de duquinho, Barbosa o chantageou para colocar sua empresa de segurança (CDI) para fazer a segurança do camarote salvador, o que foi feito por duquinho por temer represarias.
Obs. No caso do laranja de Barbosa (Cyro Raymundo de Freitas Neto) ele é ex esposo da apresentadora Jessica senra, que separou dele após notar os “trambiques” que ele estava metido com Barbosa.
Barbosa realizava não só escutas telefônicas como também de áudio e vídeo nos gabinetes dos seus alvos, utilizando o seguinte procedimento: como a PM era quem fazia a segurança desse locais (tribunal de justiça, ministério público, Assembleia Legislativa da Bahia, prefeitura de salvador, dente outros) durante as madrugadas, sob a coordenação de seus dois braços (o então sub secretário de segurança Ary Pereira de Oliveira e do Cel. PM Sturato) seus homens de inteligência acessavam com facilidade as dependências e realizavam as instalações dos equipamentos nos gabinetes.
Tais equipamentos só foram retirados após ocorrer o impeachment de Dilma Housseff pois ocorreu a troca na ABIN (agência brasileira de inteligência) e a situação ficou arriscada para ele.
Barbosa diante dessas informações começou a compor seu império financeiro através de chantagens contra seus alvos criando uma empresa para conseguir auferir seus “lucros” de maneira supostamente lícita através de um laranja, quando adquiriu uma empresa de segurança privada chamada CDI (inclusive denunciada inúmeras vezes pelo deputado soldado prisco) deixando o antigo dono como proprietário de nome Cyro Raimundo de Freitas Neto (o mesmo que foi nomeado a pedido de Barbosa diretor da SEAP e exonerado pelo governador Rui Costa após o afastamento de Barbosa).
Esse Laranja era quem realizava as missões de busca das propinas com as viaturas da empresa, que passavam desapercebidas.
Barbosa e Cyro sempre repartiram os valores em uma sala reservada na churrascaria boi preto, geralmente as quintas feiras à noite e as vezes as sextas.
Eles Inclusive, faziam festas ponpuosas em uma mansão em itacimirim, levando inclusive garçons do próprio boi preto para servi-los.
Outras vezes se reuniam no restaurante “a porteira” no bairro da boca do rio, também constantemente onde marcava reunião com empresários para conseguir mais contratos.
Com os lucros ilícitos comprou um apartamento no loteamento de alto luxo greenville à vista (boleto e dois cheques) junto a construtora PDG, casa em um condomínio de Costa do Sauípe (o mesmo condomínio em que o miliciano estava escondido, foi dada a Barbosa por um empresário baiano do ramo de construção no condomínio quintas de Sauípe), jóias para a esposa através do joalheiro Carlos Lordeiro e veículos de alto luxo da marca BMW, cada um avaliado em média de 400 mil reais (todos esses bens foram inclusive comprovados durante a busca que ocorreu em sua casa pela polícia federal).
Barbosa ainda coagia alguns oficias da PM através do Cel. Sturato para que as CIPM de polícias em especial as em atuação dos bairros (stella Mares, Barra, Greenville - patamares, cidade baixa) colocassem policiais dando suporte aos contratos de sua empresa de segurança CDI, chegando a ocorrer que alguns clientes dessa empresa eram ameaçados pelo “laranja” de Barbosa (Cyro) que se passava por policial civil, coisa que nunca foi, coagindo os clientes com arma em punho como ocorreu muito no bairro de stella Maris.
Por isso que vários oficiais (capitães, majores e até mesmo tenentes) ficaram aliviados com a exoneração de Barbosa, pois deixaram de serem obrigados a ter que colocar as viaturas e policiais para darem suporte aos clientes dessas empresas em vez de proteger a sociedade.
Barbosa colocou para morar nesse seu prédio no greenville seus aliados mais próximos como o seu assistente militar e ex diretor do detran, o oficial da PM Maurício Botelho que também foi cooptado por ele após ser exonerado do detran por suspeita de atos ilícitos.
Botelho era aliado do ex ministro Mário Negromonte, que virou depois virou seu inimigo após os dois brigarem por valores das propinas no DETRAN.
Botelho consegui colocar nas mãos de Barbosa o pátio legal e algumas clínicas.
Os comandos da polícia civil também foram loteados por Barbosa com seus “capachos”, inclusive sendo denunciado por inúmeras vezes pelo sindicato dos delegados da Bahia (ADPEB), mas como Barbosa tinha o judiciário e o ministério público em sua mãos, as denúncias nunca andavam.
Barbosa colocou outro fiel escudeiro e colega da federal dele na corregedoria geral para poder aniquilar através de processos disciplinares os policiais e delegados que não aceitassem suas ordens, ou até mesmo se insurgissem contra ele, foi o que ocorreu com cerca de 50 policiais civis, 18 delegados e até mesmo 9 oficiais da PM.
Barbosa com o judiciário em suas mãos conseguiu abafar o caso cabula (chacina ocorrida em salvador), com a ajuda do seu ex colega da federal e atual desembargador Júlio Travessa, o qual foi pessoalmente pedir à desembargadora relatora do caso a decisão conforme Barbosa queria, e conseguiu.
Barbosa também atuava junto as empreiteiras que inclusive estão fazendo a reforma da secretaria de segurança (prédio antigo no CAB) como também na que construiu o novo prédio da SSP (também no cab onde ficava seu gabinete), para aferir lucros ilícitos (obras super faturadas e fora dos padrões conforme o TCE já constatou diversas vezes) e entidades sindicais e associações vinham denunciam a muito tempo.
O deputado Prisco inclusive denunciou diversas vezes a quantidade enorme de policiais que faziam a segurança de Barbosa, como de sua esposa, filhos, ex mulher, pai (almirante da marinha da reserva).
Tinham mais de 60 policiais que poderiam estar nas ruas combatendo a violência e mais de 20 veículos blindados entre Corolla e camionetes Ranger.
Só onde ele mora no greenville no edifício mais caro de lá (LUMNO) tinham 27 policiais em escala para fazer somente sua segurança e de sua esposa.
Com relação a Operação Faroeste, os encontros de Barbosa com Matuino eram realizados no galpão da empresa de táxi aéreo Addey, onde sua ex chefa de gabinete e delegada Gabriela Caldas participava, e era quem trazia as propinas através de aviões da táxi aéreo e, onde ocorriam os repartes do bolo, e para não fazer volume de dinheiro e poderem esconder grandes valores em pouco volume era comprada pedras preciosas através do joalheiro Carlos Rodeiro.
A Gabriela supra citada sempre arrotava em todos locais que chegava que era amiga pessoal do ministro Marco Aurélio do STF e que nada pegava nela.
Barbosa também acreditava nisso porém se deu mal, quando sofreu os mandados de busca em suas casas e Gabriela não teve apoio nenhum de Marco Aurélio.
Outro ponto que Barbosa tentou mas não conseguiu êxito foi em calar a boca da ASPRA liderada pelo deputado soldado Prisco que sempre foi combativo e denunciava essa quadrilha liderada por Barbosa, que hoje todos conseguimos enxergar que prisco estava certo.
Barbosa tinha como meta destruir as carreiras dos seus principais ferrenhos inimigos:
Deputado Targino Machado, Deputado Soldado Prisco, Delegado Nilton José Costa Ferreira, Delegado Artur Galas, Delegado Fábio Lordelo (presidente da Adpeb), Delegado Jardel Peres, Investigador Marco Maurício (presidente do Sindpoc) e o Deputado Capitão Alden, com intuito de conseguir inclusive decretação da prisão dos mesmos.
Todos estavam sendo monitorados pela equipe de Barbosa a mais de 5 anos.
Barbosa também colocava locais como sede de escutas clandestinas que ele direcionava as pernas do guardião para as escutas ilegais fora da SSP, locais esses que eles sempre mudavam geralmente a cada 6 meses para não ficarem expostos, os últimos locais foram: primeiro uma casa no bairro do caminho das árvores, depois um apartamento no edifício Bahia Suítes no Jardim de Alah, depois uma casa em vilas do Atlântico por fim.
Todos esse locais eram coordenados pelo seu então sub-secretário Ary e contavam com 8 policiais, todos aposentados que laboravam em escala de revezamento. E todas as escutas ilegais eram realizados nesses locais.
A justiça tarda mas não falha e hoje o império de Barbosa desabou. Vamos aguardar as investigações transcorrerem.
Justiça e liberdade sempre!
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