sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

REFLEXÕES:

                                                       



 

 Os Puritanos desejavam colocar toda a vida sob o senhorio de Cristo. Portanto, buscaram reforma, não apenas dentro da Igreja, mas no cenário cultural e político mais amplo. Essa busca estava enraizada na crença de que Deus governa os reinos desse mundo, e que Sua Palavra tem autoridade em todas as esferas da vida.

Eles criam, disse Geree, que o Cristianismo deveria produzir os “melhores maridos, as melhores esposas, os melhores pais, os melhores filhos, os melhores mestres, os melhores servos, os melhores magistrados, os melhores súditos, para que a doutrina de Deus seja adornada, e não blasfemada”. Todos os homens, em todas as esferas da vida, devem conduzir todos os seus negócios pela Palavra de Deus, incluindo monarcas e membros do Parlamento. Eles ansiavam ver uma cultura na Inglaterra que honrasse a Deus e fosse regulamentada por Sua Lei.

Os Puritanos não tinham medo de buscar a reforma da Igreja por meio do governo inglês. Em sua época, o rei e a rainha eram vistos como chefes supremos da Igreja. Embora negassem que a Igreja de Cristo estivesse, em última análise, sujeita a um monarca terreno, os Puritanos tentaram, de modo cordial, promover a causa da Reforma persuadindo as autoridades políticas a realizá-la.

Um exemplo clássico disso é The Admonition to Parliament (Advertência ao Parlamento), em que os Puritanos expressaram sua preocupação com muitas das práticas antibíblicas da Igreja da Inglaterra, conclamando o Parlamento a implementar reformas. Perto da conclusão desse trabalho, esses ministros escreveram: “Se for do agrado de vossa Majestade, pelo conselho de vossa Excelência, nesse Supremo Tribunal do Parlamento, ouvir-nos por escrito ou de outra forma para nos defendermos, então, tal é a equidade da nossa causa, que confiaríamos encontrar favor aos olhos de vossa Majestade”.

Embora os Puritanos buscassem o favor das autoridades políticas em seu trabalho de reforma, eles não estavam dispostos a fazer concessões para consegui-lo. Eles continuaram: “Se isso não puder ser obtido, nós, pela graça de Deus, nos dirigiremos para defender sua verdade sofrendo e, de bom grado, colocando nossas cabeças no bloco, e esta será a nossa paz: ter uma consciência tranquila com nosso Deus, em Quem nós permaneceremos com toda paciência, até que Ele conclua nossa libertação completa”. Esses homens estavam dispostos a buscar reforma por meio do favorecimento político, mas não desejavam favorecimento político às custas da reforma.

Em nome da verdade, os Puritanos disseram que “voluntariamente colocariam [suas] cabeças no bloco”. Você está disposto a morrer pela verdade de Deus? Como podem ser cultivadas tamanha bravura e disposição?

Texto retirado de: Os Puritanos Sobre Política e Cultura

Lição Ministrada por Greg Salazar em nosso curso: Puritanos - Toda a Vida para Glória de Deus, um curso histórico e totalmente doutrinário.


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