O PODER
OCULTO DA MÚSICA (Pesquisa 04)
Sound
Healing
“No
princípio era o verbo, e o verbo estava com DEUS, e o verbo era DEUS” De acordo
com escrituras e mitologias de todos os povos a música, assim como as demais
expressões da arte, foram trazidas aos homens pelos deuses. Na remota
antiguidade, a música era empregada com a sagrada finalidade de reverenciar o
Ser Supremo. Sua finalidade era a de expressar as cosmogonias, elevar a alma
humana às alturas das esferas espirituais. Todas as expressões artísticas
desenvolveram-se à luz dos ritos iniciáticos, com a finalidade de expandir a
consciência dos iniciados durante as cerimônias sagradas, abrindo-lhes a
captação psíquica para experiências transcendentes.
Com o
tempo a arte saiu do âmbito dos templos e do sagrado, vulgarizou-se, caiu na
banalização das massas, passando a refletir seus instintos inferiorizados,
anseios embrutecidos e a desmesurada ambição pelo lucro e a fama.
Atualmente
a ciência, sobretudo no campo da medicina e da psicologia, vem redescobrindo
verdades e conhecimentos que os antigos sábios detinham sobre o poder oculto da
música.
Hoje
sabemos que basta estarmos no campo audível da música para que sua influência
atue constantemente sobre nós, acelerando ou retardando, regulando ou desregulando
as batidas do coração; relaxando ou irritando os nervos; influindo na pressão
sanguínea, na digestão e no ritmo da respiração, exercendo alterações sobre os
processos puramente intelectuais e mentais.
Modernos
pesquisadores estão começando a descobrir que a música influi no caráter do
indivíduo e, ao influir em seu caráter, significa alterar o átomo a pessoa.
Grandes
sábios da China antiga até o Egito, desde a Índia até a idade áurea da Grécia
acreditavam que há algo imensamente fundamental na música que lhe dá o poder de
fazer evoluir ou degradar completamente a alma do indivíduo e, desse modo,
fazer ou desfazer civilizações inteiras.
O
Messias, de Handel
A
influência da música sobre o nosso comportamento é algo que desperta cada vez
mais o interesse dos estudiosos. Ela pode influenciar no comportamento de toda
uma nação, como por exemplo ocorreu com o rei George III, na Abadia de
Westminster, durante uma apresentação de Handel. A certa altura da apresentação
da obra o Messias (o coro da Aleluia) o rei se pôs em pé, sinal para que todo o
público se levantasse. Ele estava chorando. Nada jamais o comovera tão
vigorosamente. Sendo então um grande ato de assentimento nacional às verdades
fundamentais da religião.
Os
diferentes tipos de música levam-nos a manifestar comportamento
mentais-emocionais específicos. Em certas circunstâncias, somos induzidos a
alterar procedimentos em função dos diferentes estados de consciência que a
música, involuntariamente, pode nos levar a alcançar. Na investigação dos efeitos
da música sobre a vida, realizaram-se alguns experimentos preliminares com
plantas. Por mais paradoxal que possa parecer, o efeito da música sobre o reino
vegetal primitivo é um dos métodos mais convincentes para provar que a música
influi na vida, inclusive na vida humana.
“Duas
séries independentes de experimentações, uma realizada na União Soviética e
outra no Canadá, descobriram que as sementes de trigo crescem mais depressa
quando tratadas com tons. As mudas de trigo tratadas com som no Canadá, num
ambiente laboratorial cuidadosamente controlado, cresceram três vezes mais do
que as mudas não tratadas (informação coletada na Revista Time de 12 de abril
de 1968). As mudas soviéticas receberam tons ultra-sônicos e, em resultado
disso, germinaram mais depressa, mostraram-se mais resistentes à geada e
produziram maior quantidade de grãos (informação retirada da Revista Science
Digest 90 de 1º de janeiro de 1982). Trata-se, obviamente, de descobrimentos de
grandes possibilidades para aplicação prática no mundo”.
“Os
estudos acerca da relação” entre a música e as plantas são cruciais pela razão
já mencionada: presumindo-se que sejam bem controlados e de resultados
precisos, são capazes de provar o que experiências feitas com seres humanos e
animais dificilmente provarão: que os efeitos da música, objetivos, não
dependem do pré- condicionamento subjetivo da psique. Lembremo-nos de que, além
de acreditar que a música afeta o corpo, as emoções e o espírito do homem, os
antigos também afirmavam que o poder da música é objetivo e não subjetivo. Ou
seja, afirmavam que tipos diferentes de música são inerentemente bons ou
inerentemente maus; que certas combinações de tons são objetivamente
intensificadoras da vida e possuem uma natureza evolutiva, ao passo que outras se
revelam perigosas.
Masaru
Emoto ( Experiências com a música e palavras na água)
Se 75%
de nosso organismo é composto de água, faço um convite à todos para que
possamos pensar e refletir um pouco, no que pensamos, sentimos e falamos
diariamente.
As 7
Cores do Arco-Íris e as 7 Notas Musicais
Como os
nossos olhos percebem formas e cores?
Graças
à radiação luminosa, nossos olhos percebem com exatidão formas e cores. É a luz
que nos permite perceber o mundo ao redor, a luz é uma das formas pela qual a
energia se manifesta, e o sol é uma fonte natural mas, tamanhos, cores e
movimentos, os olhos porém não são sensíveis a todas as radiações luminosas,
como os raios infravermelho e ultravioleta que não podem ser detectados pelo
olho humano. O Sol, as estrelas, uma vela ou uma lâmpada são objetos que emitem
luz própria, luz produzida por si próprios, são corpos luminosos, a maioria dos
corpos que nos cercam porém enviam luz somente após receberem de algum corpo
luminoso, são chamados estes corpos iluminados, a mesa, o livro ou a poltrona
são corpos iluminados, porque refletem a luz emitida por corpos luminosos, a
lua fica visível ao anoitecer porque reflete a luz do sol.
Quando
olhamos um objeto ele projeta para nós as vibrações de luz que recebe do Sol ou
de outras fontes de luz natural ou artificial, as vibrações de luz atravessam a
córnea de nossos olhos e pela ação do cristalino convergem para retina, onde
formam uma imagem invertida dos objetos, após formada a imagem na retina ela é
transmitida para o nervo óptico e para uma zona do cérebro(lóbulo occipital)
responsável por interpretação visuais em uma fração de segundos a imagem é
remetida para este lugar e em seguida será analisada por nossas faculdades
subjetivas tornando-se uma realidade consciente para nós.
Então
concluímos que o processo da visão transforma uma imagem invertida captada pela
retina em uma imagem cerebral, ou seja, em um conceito mental. Assim quando se
olha para um objeto qualquer a idéia que se tem dele é aquela que o seu cérebro
lhe transmite, mas não se pode provar que o objeto em questão seja exatamente
como você o percebe.
E o que
são as cores?
Todos
sabem que quando a luz solar se decompõe através de um prisma se obtém setes
faixas de cor, um exemplo disto é o arco-íris que é uma decomposição natural da
luz solar com a chuva desempenhando o papel de prisma, o processo inverso
também é possível, através das sete cores obteremos a luz branca que é o
reflexo da luz do sol, então cada cor é um elemento componente da luz e todas
as cores visíveis são ondas de frequência vibratória distintas, elas emanam dos
objetos que olhamos, estimulam a retina dos nossos olhos atingindo nossa zona
cerebral, que se encarrega de interpretá-las, portando tudo que vemos
corresponde à percepção, interpretação, e ideia mental que é própria das
associações cerebrais de cada indivíduo, portanto o universo de cada um,
singularmente é próprio, único e individual.
Uma
Experiência de Expansão da Consciência com a Música (David Tame)
Uma
noite, em Londres, fui a uma audição dos Concertos de Brandenburgo de Bach.
Sentando-me, troquei algumas palavras com meu companheiro e me deleitei olhando
ao redor pelo maravilhoso Royal Festival Hall, à proporção que ele principiava
a encher-se. Mas, quando os músicos apareceram, inclinaram-se diante da platéia
e puseram-se a afinar seus instrumentos; comecei a percebê-la vagamente. Alguma
coisa muito diferente e única estava escondida ali. Não podia ser vista nem
ouvida, mas eu lhe sentia a presença, e ela parecia estar se aproximando! E quando
os músicos se prepararam para dar início ao concerto e o público silenciou essa
alguma coisa, desconhecida saturou o ar com um poder crepitante, prenhe, de que
ninguém mais parecia haver se apercebido.
E,
logo, literalmente a partir da primeira nota, o momento eterno se achou sobre
mim. Apesar disso, eu já estava muito longe de poder refletir conscientemente
sobre ele, pois a experiência, totalmente avassaladora, não deixavam espaço
nenhum para qualquer outra atividade mental a não ser as percepções para as
quais minha mente parecia haver-se aberto.
Dir-se-ia
que o meu corpo principiasse a viver luz; meu coração era um fogo que
flamejava, consumindo-me as impurezas da alma. Minhas percepções estavam
abertas como se sempre tivessem estado, até então, firmemente cerradas. Eu
nunca ouvira música daquela maneira! O que ouvira muitas vezes, até aquele
momento, como sons abstratos, agora era Som – entrelaçamento tangível, vivo, de
uma filigrana de precisão matemática, que eu quase podia pegar e tocar, virtualmente,
ver à medida que fluía do primeiro violino.
Todas
as notas pendiam suspensas do ar, eternas e imaculadas, imunes a todas as
capacidades de descrição verbal. Meu corpo se congelou numa rigidez semelhante
à coma, enquanto minha mente se ligava ao acorde seguinte. Por vários e longos
minutos perdi o conhecimento de mim mesmo. A pura beleza de tudo aquilo era
indescritível. Desde o primeiro compasso, lágrimas silenciosas fluíam de meus
olhos fitos, sempre abertos. O Quinto Concerto de Brandenburgo estreara o sarau
e, no instante em que a visão sublime se diria prestes a dissipar-se, começou o
solo único de cravo. Mais uma vez fui arrebatado para além de mim mesmo, e vi a
música de um modo nunca dantes percebido. Os longos arpejos de fuga trilavam
através do ar como ondas visíveis emanadas de uma essência divina, uma atrás da
outra, enchendo toda a sala e passando, através das paredes, para a cidade. Não
posso dizer que eu visse as ondas musicais, pois o processo não me envolvia os
olhos; apesar disso, de um modo ou de outro, eu as vi. Eu vi a música! Quando
os outros instrumentos tornaram a entrar com inenarrável beleza, ainda mais se
reforçou a impressão de ondas emanadas de uma bondade tangível. Dir-se-ia que a
música possuísse uma energia definida e muito real, que se irradiava para além
da sala em todas as direções. Minha consciência parecia abranger toda a cidade.
Por alguns momentos tive a impressão de estar olhando de um ponto de vista que
me revelava toda a extensão urbana; não só a cidade visível, física, mas também
as forças subjacentes, causativas, que a afeiçoavam e moldavam. Ocorreu-me a
compreensão de que aquela música, ao irradiar-se, agia, de certo modo, como
força de sustentação e robustecimento para toda a área circundante.
Quando
me voltou à consciência do corpo, sentado na poltrona no Royal Festival Hall,
ficou-me a impressão de que o concerto, de certo modo, era uma luz brilhante no
meio de um grande e caótico mar de trevas. As trevas ameaçavam avançar sobre a
chama e extingui-la para sempre. Nunca me esquecerei desta sensação: uma
sensação que não era de medo, senão das mais profunda e grave preocupação; da
vasta importância da música que eu estava ouvindo, da mais profunda gratidão
pela oportunidade de experimentá-la, e de que ela devia ser, a todo custo,
preservada para a humanidade do futuro.
Durante
séculos, as experiências místicas tem sido tema de debates entre os filósofos,
mas, até o dia de hoje, ainda não se chegou a um consenso geral a cerca da
realidade de tais experiências. São elas menos reais, igualmente reais ou mais
reais do que a nossa experiência habitual da vida cotidiana? Julgue cada qual
por si mesmo. Entretanto, é interessante saber que experiências visionárias e
místicas têm proporcionado a inspiração inicial de muitas das maiores invenções
do mundo e de grandes progressos científicos; até as dos gigantes do espírito
humano, como Albert Einstein e Nikola Tesla.
Cumpre
observar que, segundo relatos de tais experiências, feitos por outros, a não
ser que tenhamos a estatura de um Ramakrishna ou de um São João da Cruz, elas
ocorrem às pessoas quando estas menos as esperam – e depois se vão, sendo
aparentemente impossível recapturá-las ou chamá-las de volta. Inconstantes e
loucas como se tivessem mentes próprias; pois nossas mesmas imperfeições nos
impedem de incorporar tais experiências numa base permanente ou, como o diriam
os místicos: A visão da realidade transcendente é permanente e eterna, e nós e
que insistimos em ser inconstantes e loucos em nossa relação com o Supremo.
Olhando
agora para trás, vejo que a minha experiência daquela noite foi um dos
principais pontos de partida que finalmente resultou no desenvolvimento deste
livro. Só mais tarde descobri quão estreitamente se achava a ocorrência daquela
noite ligada à concepção que tinha os antigos da música e do seu poder inato.
“Sinto-me
obrigado a deixar transbordar de todos os lados as ondas de harmonia
provenientes do foco da inspiração. Procuro acompanhá-las e delas me apodero
apaixonadamente; de novo me escapam e desaparecem entre a multidão de
distrações que me cercam. Daí a pouco, torno a apreender com ardor a
inspiração; arrebatado, vou multiplicando todas as modulações, e venho por fim
a me apropriar do primeiro pensamento musical. Tenho necessidade de viver só
comigo mesmo. Sinto que Deus e os anjos estão mais próximos de mim, na minha
arte, do que os outros. Entro em comunhão com eles, e sem temor. A música é o
único acesso espiritual nas esferas superiores da inteligência.”
(Beethoven).Obrigatório citar o site e os autores: “
Retirado
de www.consciencial.org – Dalton Campos Roque”.
Category: Sound Healing
Por Pierre Stocker
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