sexta-feira, 6 de novembro de 2015

DESAMOR










Nascemos nus,
Dependendo dos pais biológicos,
Ou não.
Nem sempre iremos conhecer
Os verdadeiros, e suas mirabolantes
Histórias, falsas ou não.
Desamor, remorso, dor, imprudência.
Agiram como animais, sem pensar,
Num ser tão valioso. Você.
Paixão,  bebida,  loucura, etc.
Seremos as vítimas dessa insensatez.
Acolhidos ou não,  morremos.
Nada temos, sobrevivemos,
Pelo sentimento de algum estranho,
Carente, amoroso,
Dividindo o pouco ou muito,
Para nos abrigar,
Sobreviventes caminhamos,
Não somos de ninguém,
Estamos alforriados,
Livres,  não temos nada.
Só a liberdade, para lutar e galgar,
O que os demais, nada fizeram,
Para possuir.
Lutas sociais, financeiras,  étnicas, estudantis, etc.
Como chegar lá?
A vida exige posse, posição, exibição,
Padrão, não compaixão.
Nasceu no momento errado, no local,
No ano, país, genitores incapazes
De gerar um ser humano,
Somos  culpados?
Livres das posses, leves, caminhamos,
O Pai não  nos deixará  sozinho,
Prosseguirá ao lado apontando,
O caminho a seguir.
Não estamos sós,  mesmo sem posse.
Quem lhe rejeita hoje, amanhã poderá,
Precisar.
A maior posse é você.
Novembro      2015 
Dionê.  

                                                

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