“O cidadão é o primeiro
responsável pelo bem público
Os serviços públicos dependem de um envolvimento direto dos cidadãos para
serem mais bem realizados, efetivos e com economia de recursos. O primeiro
responsável pelo bem público é o cidadão, que apenas cede uma parte do seu
poder ao Estado. As pessoas têm que acompanhar os parlamentares. E opinar,
discutir, levar sua opinião. Esses são papéis importantes da cidadania. Também
deve participar diretamente da produção de bens e serviços públicos, desde
ajudar a manter uma praça próxima a sua casa e informar órgãos competentes
sobre erros ou defeitos. Outra forma de engajamento é por organizações da
sociedade civil. Ajudar em uma creche, um abrigo, um grupo que limpa praias, ou
qualquer outra coisa. Por meio de associações, os cidadãos podem se organizar e
serem parceiros dos políticos. A cidadania tem que se aproximar da política e
vice-versa, para que ambos produzam juntos.Da onde vem o desinteresse pela política?
E como
começar a se engajar?
É preciso
criar canais para que essa aproximação aconteça. Os conselhos de políticas
públicas são boas oportunidades de como o cidadão participar, dá até para
definir a alocação de recursos. Também têm as audiências e conferências
públicas, que são organizadas pelo estado e por movimentos com propostas ou
interesses para aquele momento do país. Esses espaços são trazidos pela
Constituição. Mas existem espaços mais autônomos. Alguns lugares usam a
e-participação, pela internet, como um fórum de discussão ou até encaminhamento
de serviços. Ainda há os espaços criados pela sociedade, como plataformas
online para identificar problemas comuns e procurar soluções.
Qual é a
importância de se organizar?
O cidadão
sozinho até consegue fazer bastante coisa, mas com outras pessoas amplia a
possibilidade de fazer a diferença. Você pode encontrar algo que se identifica
e quer dedicar um tempo para promover ações. Quando mais associada, mais
saudável a sociedade. Praticar política e cidadania, que são praticamente
sinônimos, gera bem estar. A pessoa se sente integrada à sua comunidade, reconhece
mais o outro. Quando ela começa a participar nesse tipo de associação, tende
até a ser mais ativa no trabalho ou estudo. Tende também a ser mais sensível e
aberta ao diálogo. São espaços de formação pessoal, profissional e cívica.
Paula Chies Schommer, professora do departamento
administração pública da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
Fonte Google
Sem comentários:
Enviar um comentário