domingo, 28 de abril de 2019
FLORBELA ESPANCA!
Florbela Espanca: os
melhores poemas e as melhores frases
Fique a
saber mais sobre a língua portuguesa, conhecendo alguns pensamentos de Florbela
Espanca, escritora e poetisa portuguesa.
Por
-
Abril 12,
2019
Florbela Espanca: os melhores
poemas e as melhores frases
Florbela Espanca: os
melhores poemas e as melhores frases
Fique a
saber mais sobre a língua portuguesa, conhecendo alguns pensamentos de Florbela
Espanca, escritora e poetisa portuguesa.
Breve biografia (1894- 1930)
Florbela
Espanca, nome literário de Flor Bela Lobo, nasceu em Vila Viçosa, a 8 de
dezembro de 1894. Era filha de Antónia da Conceição Lobo e de João Maria
Espanca.
Florbela Espanca: os melhores
poemas e as melhores frases
Aos 8
anos começou a escrever os primeiros versos e em 1906 redigiu o seu primeiro
conto. Estudou no Liceu Nacional de Évora, até 1912. Em 1914, passou a dar
aulas numa escola que abriu em conjunto com o seu primeiro marido, Alberto
Moutinho.
Em 1916,
regressou a Évora, onde se tornou colaboradora do jornal “Notícias de Évora”.
Foi nessa altura que começou a conhecer e a conviver com outros poetas e
participou num grupo de escritoras. Em 1917, completou o curso de Letras e
ingressou no curso de Direito da Universidade de Lisboa.
Florbela Espanca: os melhores
poemas e as melhores frases
Os seus
sonetos e contos têm uma carga emocional forte, onde o sofrimento, a solidão e
o desencanto estão presentes, lado a lado com um enorme desejo de ser feliz.
A sua
escrita espelha muita da sua vida tumultuada, inquieta e sofrida, sobretudo em
termos pessoais e familiares, marcada pela rejeição do pai, pelos casamentos
falhados, um aborto espontâneo e a morte abrupta do seu irmão Apeles.
Florbela
Espanca suicidou-se com barbitúricos, no dia do seu aniversário, a 08 de
dezembro de 1930, em Matosinhos.
Florbela e o irmão Apeles Espanca
(1904)
- A sua vida e obra já foi retratada em filmes e mini-séries como Florbela Espanca (1978) e Perdidamente Florbela (2012).
Sonetos de Florbela Espanca
Florbela Espanca: os melhores
poemas e as melhores frases
Amar
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui… além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
_
Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
_
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
_
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…
_
Florbela Espanca
Florbela Espanca: os melhores
poemas e as melhores frases
Ser poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
_
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
_
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim…
É condensar o mundo num só grito!
_
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
_
Florbela Espanca
Florbela Espanca: os melhores
poemas e as melhores frases
Eu
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada … a dolorida …
_
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…
_
Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
_
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
_
Florbela Espanca
Florbela Espanca: os melhores
poemas e as melhores frases
Citações
“Ama-se quem se ama e não quem se quer amar.”
“A vida é apenas isto: um encadeamento de acasos
bons e maus, encadeamento sem lógica, nem razão (….)”
“O silêncio é às vezes o que faz mais mal quando a
gente sofre.”
“A amizade é o maior sentimento que não morre.”
“De tudo o que nós fazemos de sincero e bem
intencionado alguma coisa fica.”
“Pena é não haver um manicómio para corações, que
para cabeças há muitos.”
“Não costumo acreditar muito nos sonhos… porque de
todos se acorda.”
“Apesar de tudo, a loucura não é assim uma coisa
tão feia como muita gente julga. Há tantas loucas felizes!”
“Neste mundo só temos certa a dor e nada mais;”
“A única coisa que consola os tristes é a tristeza
– a alegria irrita-os.”
_
sexta-feira, 26 de abril de 2019
quinta-feira, 25 de abril de 2019
PÁSSARO CATIVO!
O PÁSSARO CATIVO
Armas, num galho de árvore, o alçapão.
E, em breve, uma avezinha descuidada, batendo as asas cai na escravidão.
Dá-lhe então, por esplêndida morada, a gaiola dourada.
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo.
Por que é que, tendo tudo, há de ficar o passarinho
mudo arrepiado e triste, sem cantar?
É que, criança, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam, sem que os homens os possam entender.
Se os pássaros falassem,
talvez os teus ouvidos escutassem este cativo pássaro dizer:
"Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro na mata livre em que a voar me viste.
Tenho água fresca num recanto escuro.
Da selva em que nasci; da mata entre os verdores,
tenho frutos e flores, sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola de haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde, construído de folhas secas, plácido, e escondido.
Entre os galhos das árvores amigas...
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde, entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me, covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade!
Não me roubes a minha liberdade...
QUERO VOAR! VOAR!..."
Estas coisas o pássaro diria, se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria, vendo tanta aflição.
E a tua mão, tremendo, lhe abriria a porta da prisão...
Armas, num galho de árvore, o alçapão.
E, em breve, uma avezinha descuidada, batendo as asas cai na escravidão.
Dá-lhe então, por esplêndida morada, a gaiola dourada.
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo.
Por que é que, tendo tudo, há de ficar o passarinho
mudo arrepiado e triste, sem cantar?
É que, criança, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam, sem que os homens os possam entender.
Se os pássaros falassem,
talvez os teus ouvidos escutassem este cativo pássaro dizer:
"Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro na mata livre em que a voar me viste.
Tenho água fresca num recanto escuro.
Da selva em que nasci; da mata entre os verdores,
tenho frutos e flores, sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola de haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde, construído de folhas secas, plácido, e escondido.
Entre os galhos das árvores amigas...
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde, entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me, covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade!
Não me roubes a minha liberdade...
QUERO VOAR! VOAR!..."
Estas coisas o pássaro diria, se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria, vendo tanta aflição.
E a tua mão, tremendo, lhe abriria a porta da prisão...
DADAI (Tia Dagmar)
Significado do Nome Dagmar. Dagmar: Significa "glória do
dia", ou "criada do dia", "camareira do dia". É um
nome de origem obscura, que pode ter vindo da união do elemento sueco dag, que significa
"dia" com o germânico mar que quer dizer "glória",
significando "glória do dia".
Creio que Deus na sua infinita misericórdia libertou-a...
Definitivamente!
Sem gaiola, foi ao seu encontro... Aos pés do seu Deus! Querida, nós lhe
amamos!
Da sua sobrinha, Dionê Leony Machado.
quarta-feira, 24 de abril de 2019
FAMÍLIA
FAMÍLIA
Toda faceira, de robe florido.
Brilhantina no cabelo,
Quina petróleo cheirava,
Que nem um jasmim.
Brincos, sempre de aliança, grossa na
mão esquerda.
Dirigia-se a para
administrar a cozinheira.
Lá, começava o café.
Cheirava. Pão com manteiga torrado. Ovos.
Ou queijo.
Tapioca crua. Como gostava de
Café. Duas xícaras uma com leite
Outra sem leite. Também antes dormir.
Dava as
orientações e ia olhar
Os
trabalhos do rapaz que asseava a casa. Preferia rapaz!
Eu também. São mais sérios!
E trabalhadores.
Tinha um chinelo para a manhã
E outro, depois do banho.
Novamente toda cheirosa
Meu pai dizia a minha mãe:
Ninguém puxou a D. Doga
Estilosa com o simples.
Era do seu interior. Não ofuscava
Ninguém. Simples. Liberal.
Depois do jantar, saia ao passeio.
Com sua cadeira, e proseava com.
As vizinhas.
Ritual diário.
Sempre arrumada.
Sempre pontual.
Todos gostavam dela.
Só Visitava por doenças ou rezar
O Santo Antônio. Eu colada.
Parceira.
Um sorriso de criança
Simpática. Sem cabelos brancos.
Dentes bonitos Pernas torneadas.
Descendente talvez de índios.
Criou 06 filhos Sabia fazer
tudo numa casa. Pouca saia. A Fratelli Vita levava engradado de
refrigerantes só chegava ao aniversário dela.
Ou Semana santa gostosa,
São João. Era mestra!
Nossa avó lembrada e exemplo
Para todos.
Sr. Cirilo cortava o cabelo dela e da tia Dagmar.
Unhas pintadas das mãos.
Primas escreverão outros detalhes sobre nossa
família.
Dionê Leony Machado
|
Subscrever:
Mensagens (Atom)
-
LINKS:02 https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/31879/a-crise-entre-os-poderes-denuncia-a-viol...
-
ESTUDO: https://youtu.be/wmDs8QIZ9jc //Pr.Paulo Jr, // Amizades // https://youtu.be/aIha3Ef-WAg //Pr.Paulo Jr. // Orgulho // https://youtu...