FAMÍLIA
Toda faceira, de robe florido.
Brilhantina no cabelo,
Quina petróleo cheirava,
Que nem um jasmim.
Brincos, sempre de aliança, grossa na
mão esquerda.
Dirigia-se a para
administrar a cozinheira.
Lá, começava o café.
Cheirava. Pão com manteiga torrado. Ovos.
Ou queijo.
Tapioca crua. Como gostava de
Café. Duas xícaras uma com leite
Outra sem leite. Também antes dormir.
Dava as
orientações e ia olhar
Os
trabalhos do rapaz que asseava a casa. Preferia rapaz!
Eu também. São mais sérios!
E trabalhadores.
Tinha um chinelo para a manhã
E outro, depois do banho.
Novamente toda cheirosa
Meu pai dizia a minha mãe:
Ninguém puxou a D. Doga
Estilosa com o simples.
Era do seu interior. Não ofuscava
Ninguém. Simples. Liberal.
Depois do jantar, saia ao passeio.
Com sua cadeira, e proseava com.
As vizinhas.
Ritual diário.
Sempre arrumada.
Sempre pontual.
Todos gostavam dela.
Só Visitava por doenças ou rezar
O Santo Antônio. Eu colada.
Parceira.
Um sorriso de criança
Simpática. Sem cabelos brancos.
Dentes bonitos Pernas torneadas.
Descendente talvez de índios.
Criou 06 filhos Sabia fazer
tudo numa casa. Pouca saia. A Fratelli Vita levava engradado de
refrigerantes só chegava ao aniversário dela.
Ou Semana santa gostosa,
São João. Era mestra!
Nossa avó lembrada e exemplo
Para todos.
Sr. Cirilo cortava o cabelo dela e da tia Dagmar.
Unhas pintadas das mãos.
Primas escreverão outros detalhes sobre nossa
família.
Dionê Leony Machado
|
Sem comentários:
Enviar um comentário