sábado, 21 de novembro de 2020

CEGUEIRA...02

 

Neste texto encontramos:
- Jesus é informado sobre a atitude dos fariseus em relação ao  ex-cego. v. 35a.
- Jesus pergunta ao ex-cego se cria no Filho do Homem. v. 35b. 
- Ex-cego manifesta desejo de conhecer a pessoa citada por Jesus para que nela creia. v. 36.
- Messias se revela ao ex-cego. v. 37; Lucas 4. 21; João 4. 25 – 26.
- Ex-cego reconhece messianidade de Jesus e O adora. v. 38.
- Missão de Jesus no mundo: a) abrir os olhos dos espiritualmente cegos e trazê-los a um novo relacionamento com Deus e às realidades espirituais; b) revelar a cegueira espiritual daqueles que pela religiosidade vazia se achavam espiritualmente videntes. v. 39; Lucas 5. 31 – 32.
- Fariseus questionam o Senhor Jesus ao se sentirem atingidos pela segunda parte de Sua fala.  v. 40.
- Jesus diz aos fariseus que se achavam espiritualmente videntes: seriam culpados por seus pecados deliberados. A cegueira espiritual deles era evidente: incredulidade, resistência à verdade, egoísmo, soberba, hipocrisia, vaidade e tentativas homicidas contra o Filho do Homem e Filho de Deus. v. 41; Mateus 23. 
VISÃO GERAL
Chegou ao conhecimento de Jesus o testemunho veemente do ex-cego que em pouco tempo esvaziou os fracos argumentos dos soberbos e legalistas fariseus. Soube também que ele havia sido humilhado pelos religiosos durante a exposição da verdade sobre sua cura. No diálogo eles se autocondenaram  pela deliberada incredulidade que mantiveram do começo ao fim. Não somente rejeitaram as palavras, mas se recusaram a crer no que viam. A Lei que exigia o depoimento de, pelo menos, duas testemunhas fora contemplada.    
A cura instantânea do ex-cego e o fato de o interrogarem por várias vezes e exigirem a presença dos pais a fim de confirmarem sua filiação e estado anterior, concorreram para que o juízo divino sobre a incredulidade deles fosse mais severo.  
Deus não se deixa escarnecer, mas age por amor ao Seu Nome no combate à iniquidade, isto é, a decisão deliberada para pecar. Em Sua presença nada fica impune principalmente aqueles que ofendem de forma consciente e determinada o Seu caráter. Ele é responsável pelo que ouve e vê.
Deus trabalha com medidas. Uma vez alcançada a medida máxima de Sua paciência e misericórdia, libera a justiça na forma de juízo contra os rebeldes.  Gênesis 15. 16; Gálatas 6. 7 – 8. 
Há coerência e equilíbrio no caráter divino para que a criatura fique inescusável (sem justificativa) no julgamento. Hebreus 12. 28 – 29. 
Ao se encontrar, mais uma vez, com aquele que havia sido cego, Jesus decidiu se revelar a ele para que nenhuma dúvida houvesse sobre Sua origem e missão. No caso, Jesus tomou a decisão de contemplá-lo com a bênção para depois se apresentar como Senhor e Salvador.  
FOCALIZANDO A VISÃO
Após a batalha espiritual enfrentada no diálogo com os fariseus, o novo vidente foi mais uma vez encontrado pelo Senhor Jesus. 
O diálogo entre Abençoador e abençoado ocorreu nos seguintes termos:  
- “Você crê no Filho do Homem?”.
- “Quem é ele, Senhor, para que eu nele creia?”.
- “Você já o tem visto. É aquele que está falando com você”.
- “Senhor, eu creio”. E o adorou.
Que diferença há quando alguém ouve as palavras de Jesus e nelas crê de imediato! É semelhante a um terreno que foi preparado para receber a semente e a acolhe para que germine, se desenvolva e frutifique.         
O ex-cego provou sua fé em Jesus pelo testemunho dado no confronto com os fariseus. Através dele procurou trazê-los, sem sucesso, ao bom senso. 
Jesus sabia que o ex-cego tinha um coração disposto a obedecer. Cumpriu plenamente as ordens dadas. No tanque de Siloé foi recompensado com a visão. Agora era necessário levá-lo a crer e a acolher o Messias para que pudesse anunciá-Lo a quem desejasse ouvi-lo. 
As perguntas feitas publicamente por Jesus ao ex-cego tinham o objetivo de levá-lo a manifestar sua fé e encorajar outros a fazerem o mesmo.
Os fariseus já sabiam o suficiente para crer, mas infelizmente deixaram de ouvir Jesus para ouvirem a si mesmos. Tinham medo de perder seus privilégios religiosos ou se sentirem desprezados por seus pares caso viessem a declarar Sua fé em Jesus como fez o ex-cego. João 5. 44.
 Assim que Jesus se revelou ao ex-cego como sendo seu Abençoador, Senhor e Salvador, a reação do abençoado foi imediata: creu, ajoelhou-se e adorou a Jesus.
O novo vidente estava convencido de que somente alguém enviado por Deus poderia realizar tão grande milagre em sua vida. Além disso, havia declarado aos fariseus que seu Abençoador era alguém que reverenciava, honrava a Deus e fazia Sua vontade.
Verdadeiramente Jesus tinha vindo de Deus para realizar no poder divino o que Lhe agradava. Essas palavras estavam de acordo com os discursos de Jesus. Entre o Abençoador e o abençoado havia plena sintonia até antes de um conhecimento mais profundo.
Se os religiosos judeus não acolheram as palavras de Jesus, Deus disponibilizou a esses homens as palavras do novo vidente. 
Após o testemunho público de fé daquele homem, o Senhor Jesus declarou a quem desejasse ouvi-Lo que tinha vindo ao mundo para julgamento, isto é: dar visão espiritual das realidades divinas àqueles que se reconheciam espiritualmente cegos e perdidos na escuridão e manter na cegueira espiritual aqueles que se consideravam espiritualmente sadios, mas estavam perdidos caso conservassem sua rebeldia à mensagem do Evangelho. Quem não se deixa iluminar pela Luz do mundo, Jesus Cristo, permanece na escuridão do mundo sem Deus.
Alguns fariseus ao ouvirem a segunda parte das palavras de Jesus se sentiram provocados e disseram: “Acaso nós também somos cegos?”. Esses homens tinham consciência do seu pecado de incredulidade e resistência à verdade anunciada por Jesus.  A pergunta feita a Jesus mostrou claramente o que havia no interior deles. Jesus disse a eles que se reconhecessem cegos espiritualmente ou necessitados de um médico que lhes curasse a enfermidade espiritual também seriam salvos.  Agora, o fato de se considerarem videntes ou pessoas com sanidade espiritual a ponto de rejeitarem o presente de Deus, Jesus Cristo, nada mais lhes restaria senão a condenação eterna.
 Bastam apenas poucas palavras para conduzir à vida eterna quem crê em Jesus Cristo, Senhor e Salvador.  
O incrédulo exige inúmeras explicações e faz muitas perguntas sobre detalhes irrelevantes para a salvação. Quanto mais sabe mais rejeita a verdade que ouve. Receberão de Deus no dia da inevitável prestação de contas a recompensa de sua rebeldia e incredulidade. O anunciador das boas novas de salvação deve falar o necessário para que o pecador creia no básico conforme lemos em João 3. 16 e 1 João 5. 12. O que vem a seguir é o convencimento do Espírito Santo. É na simplicidade da exposição do Evangelho que está o segredo do seu anúncio. 
ENQUADRANDO-SE NA VISÃO
- A manifestação da fé no Filho do Homem e Filho de Deus traz em si o compromisso eterno de seguí-Lo.  


- Jesus revelou de forma objetiva, e apenas uma vez, Sua messianidade ao ex-cego que Nele creu. Os religiosos ouviram diversas vezes essa mesma declaração e decidiram não acatá-la.
- A vida com Deus no presente e no porvir está vinculada ao acolhimento do Messias e a realização de Sua vontade.

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