Algumas Mulheres que fizeram história... Resumo.
Laura Aidar São muitas as grandes mulheres que marcaram a história da humanidade. São pessoas importantes que atuaram como cientistas, escritoras, revolucionárias, médicas, astronautas e tantas outras funções. Mesmo com as dificuldades e falta de reconhecimento que enfrentaram - e ainda enfrentam - algumas se destacam. 1. Rosa Luxembugo (1871-1919) Rosa Luxemburgo é um dos ícones femininos na história do Ocidente. Nascida na Polônia e naturalizada alemã, Rosa foi uma revolucionária marxista que ajudou a construir o Partido Comunista na Alemanha. Em 1917 apoiou a Revolução Soviética, mas entrou em conflito com ideias de Lênin e por isso foi presa, sendo solta no ano seguinte. Assim, intensificou a militância pelas liberdades democráticas, sendo capturada e assassinada pela extrema-direita. Rosa morreu em 1919 deixando um grande legado através de obras literárias. Para saber mais, acesse Biografia de Rosa Luxemburgo. 2. Rosa Parks (1913-2005) Uma mulher muito importante para as conquistas do povo negro nos EUA foi Rosa Parks. Rosa nasceu em 1913 no Alabama, ao sul do país, região onde a segregação racial foi intensa. Em 1955 marcou a história como ativista quando se recusou a ceder seu lugar a uma pessoa branca em um ônibus. Na época, as leis de segregação eram rígidas e os ônibus tinham assentos reservados a passageiros brancos. Devido a sua atitude, a ativista foi presa. Isso gerou indignação na população negra e impulsionou grandes protestos que resultaram na anulação das leis de segregação racial. Veja também: Biografia de Rosa Parks. 3. Anne Frank (1929-1945) Quando se fala em mulheres fortes na Segunda Guerra Mundial, geralmente Anne Frank é lembrada. A judia foi uma das milhares de vítimas do nazismo e morreu aos 15 anos em Bergen-Belsen, um campo de concentração na Alemanha. Sua história ficou conhecida pois a garota manteve um diário desde os 13 anos. Nele contava seu dia-a-dia, relatando sentimentos e a convivência com oito pessoas em um esconderijo. Das pessoas escondidas, a única que sobreviveu foi seu pai, Otto Frank. Ele encontrou os escritos da filha e publicou o livro O diário de Anne Frank em 1947, um dos mais verdadeiros e emocionantes testemunhos do período. Leia também a Biografia de Anne Frank. 4. Angela Davis (1944-) Angela Davis é uma militante negra norte-americana de grande reconhecimento e influência nos EUA e no resto do mundo, inclusive no Brasil. Sua luta ganhou destaque nos anos 70 ao participar do coletivo Panteras Negras (Black Panters) e do Partido Comunista dos EUA. Angela teve papel importante em 1971 ao ser presa injustamente, o que motivou um movimento por sua libertação, o Free Angela, que contou com o apoio de artistas e da sociedade civil. Atualmente Angela é professora e continua na luta contra a opressão, o racismo, o machismo e a violência institucional do sistema capitalista. 5. Sofia Ionescu-Ogrezeanu (1920-2008) Uma das mulheres que marcaram a história da medicina é a romena Sofia Ionescu-Ogrezeanu. Em 1939 Sofia entrou na faculdade de medicina e no primeiro ano se dedicou à oftalmologia. Porém, após atender prisioneiros soviéticos em um hospital no nordeste da Romênia, passou a realizar cirurgias. Assim, em 1944 realiza sua primeira cirurgia cerebral e mais tarde aprofunda os estudos, tornando-se a primeira mulher neurologista. Sofia era muito dedicada à profissão e contribuiu grandemente para avanços nos estudos e pesquisas na área da neurociência. 6. Sofonisba Anguissola (1532-1625) A primeira mulher a ser reconhecida como artista plástica internacionalmente foi a italiana renascentista Sofonisba Anguissola. Sofonisba aprendeu pintura como parte de sua educação, tendo como mestre o pintor Bernardino Campi. A artista conseguiu fama e teve o reconhecimento de ninguém menos que Michelangelo. Em 1569 foi convidada a integrar a corte da Espanha como dama de companhia e professora de pintura da rainha Isabel de Valois. 7. Valentina Tereshkova (1937-) Valentina Tereshkova foi a uma astronauta russa que em 1963 foi a primeira mulher a viajar para o espaço. Conquistou reconhecimento após sua missão e ingressou na carreira política. Curiosamente, mesmo com o passar dos anos, Valentina ainda é a única mulher a ter realizado uma viagem espacial sozinha. 8. Bertha Von Suttner (1843-1914) A austro-húngara Bertha Von Suttner foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 1905. Inclusive, ela foi uma das responsáveis pela criação do prêmio, pois ajudou o amigo Alfred Nobel na idealização da homenagem, ocorrida pela primeira vez em 1901. Bertha dedicou sua vida à escrita e a pacificação. Seu romance Abaixo às armas, de 1889, se tornou conhecido como um manifesto antimilitarista, pois expõe a violência das guerras sob o ponto de vista de uma mulher. 9. Malala Yousafzai (1997-) A paquistanesa Malala Yousafzai é uma das mulheres que vem chamando a atenção de boa parte do mundo para os direitos das crianças, principalmente, das crianças do sexo feminino. Ela defendeu que as meninas pudessem frequentar escolas em seu país. Por isso, Malala foi perseguida e sofreu um atentado em 2012, quando voltava da escola em um ônibus. Depois de meses em tratamento, Malala se recuperou e fundou a Malala Fund, fundação que arrecada verba para destinar à educação de meninas em todo o mundo. Em 2014, aos 17 anos, foi homenageada com o Prêmio Nobel da Paz, sendo a mais jovem mulher a receber a honraria. Leia mais sobre sua trajetória em: Biografia de Malala. Sua morte ocorreu em 1992 em circunstâncias duvidosas, sendo considerado suicídio. Entretanto, especula-se que foi assassinato. 11. Marie Curie (1867-1934) Uma grande mulher na ciência foi Marie Curie. Nascida na Polônia na segunda metade do século XIX, Marie se dedicou à química e descobriu elementos da tabela periódica como o rádio e o polônio. Seus estudos contribuíram para a criação de avanços na medicina como o raio-x. Foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física, em 1903. Em 1911 recebe também o Prêmio Nobel de Química. 12. Maria da Penha (1945-) Maria da Penha é uma brasileira nascida no Ceará que teve a vida marcada pela violência doméstica, o que a impulsionou na luta contra o feminicídio e violência a contra a mulher. Seu marido, o professor universitário Marco Antonio Heredia Viveros, tentou executá-la duas vezes em 1983. Uma das tentativas a deixou paraplégica e a partir de então, ela começou uma luta pela condenação do marido. O caso ganhou repercussão e uma lei com seu nome foi sancionada no Brasil em 2006, a Lei Maria da Penha, importante instrumento de combate à violência doméstica. 13. Frida Kahlo (1907-1954) A pintora mexicana Frida Kahlo é um ícone feminino da história da arte. Teve uma produção intensa, pintando autorretratos e cenas surrealistas com forte identidade latino-americana. Atualmente, a artista é reconhecida também como um emblema feminista. Isso porque mesmo não se identificando como tal, teve uma postura marcada contra o sistema patriarcal e impôs suas ideias de forma criativa e decidida. Para saber mais detalhes da artista, leia Biografia de Frida Kahlo e Frases de Frida Kahlo para conhecer a biografia da artista mexicana. 15. Bertha Lutz (1894-1976) Figura de destaque no movimento feminista brasileiro, Bertha Lutz foi uma das mulheres grandes na história do país. Ela lutou pela conquista do voto feminino no Brasil e pela libertação das mulheres. Além disso, foi cientista e dedicou parte da vida à política. 16. Dorothy Mae Stang (1931-2005) A religiosa Dorothy Stang, também conhecida como Irmã Dorothy, foi uma missionária católica que nasceu nos EUA. Na década de 70 se fixou na região amazônica do Brasil junto a trabalhadores rurais do local. Passou a realizar ações em projetos de reflorestamento e defesa da floresta e das pessoas. Assim, tornou-se ativista em movimentos sociais, minimizando conflitos de terras. Foi assassinada no Pará em 2005, aos 73 anos, deixando um legado de luta e justiça. 17. Harriet Tubman (1822-1913) Harriet Tubman foi uma mulher forte que fez da sua vida uma luta contra a escravidão nos EUA. Nascida escravizada, ela conseguiu escapar do cativeiro e ainda contribuiu para libertar em torno de 300 negros. Harriet viveu até os 90 anos e no fim da vida se dedicou a causa do voto feminino. Sua história de vida impressionante e sua potência a transformaram em um emblema na luta abolicionista nos EUA e também no mundo todo. 18. Tia Ciata (1854-1924) Hilária Batista de Almeida era o nome de batismo de Tia Ciata, uma mulher brasileira que entrou para a história do país como uma das maiores influências para o surgimento do samba carioca. Cozinheira, Ciata era também mãe de santo e recebia diversos músicos em sua casa para compor e tocar samba. Isso em uma época que as manifestações culturais do povo negro eram proibidas. Assim, Tia Ciata é vista como um ícone de resistência negra no Brasil. 19. Amelia Earhart (1897-1939) Uma grande mulher na aviação foi a norte-americana Amelia Earhart. Ela foi a primeira a sobrevoar sozinha o Oceano Atlântico. Por conta disso foi condecorada com o "The Distinguished Flying Cross, um prêmio destinado a pessoas das forças armadas que realizam atos de coragem. Amalia foi uma figura atuante para que outras mulheres pudessem também pilotar, pois contribuiu em organizações que tinham esse objetivo. Em 1937, ao tentar dar a volta ao mundo de avião, Amalia desapareceu. Assim, foi dada como morta oficialmente em 1939. 20. Joana D'arc (1412-1431) Joana Darc foi uma personalidade importante na França devido aos seus feitos na Guerra dos Cem Anos. Em sua curta vida, a camponesa liderou exércitos e alcançou vitórias, pois tinha a intenção de libertar seu país da Inglaterra. Joana Darc dizia ouvir vozes que a orientavam. A moça foi condenada pela Inquisição e executada como bruxa. Porém, no início do século XX foi canonizada como santa pela Igreja Católica. Leia também a Biografia de Joana D'arc 21. Maud Stevens Wagner (1877-1961) A primeira mulher tatuadora nos EUA foi Maud Stevens Wagner. Atuante no circo como acrobata e contorcionista, Maud viajava o país com circos itinerantes. Conheceu o tatuador Gus Wagner e com ele aprendeu a arte do desenho sobre a pele. Os dois se casaram e tiveram uma filha, Lotteva, que se tornou também tatuadora. 22. Nise da Silveira (1905-1999) Uma das personalidades brasileiras mais relevantes na psiquiatria foi a médica Nise da Silveira. Ela desenvolveu métodos de trabalho com os pacientes que incluíam o processo artístico e um tratamento mais humano e eficaz, revolucionando a maneira como a saúde mental é encarada no país. Isso porque, na época, era costume usar recursos invasivos e violentos como eletrochoque, lobotomia (retirada de parte do cérebro) e grande quantidade de remédios. 23. Simone de Beauvoir (1908-1986) Simone de Beauvoir foi uma intelectual e escritora francesa que teve enorme influência no século XX na filosofia, sociologia e pensamento feminista Simone deixou obras literárias essenciais para a construção de uma nova maneira de enxergar o que é ser mulher. Uma frase famosa da autora é: Não se nasce mulher, torna-se. Conheça mais sobre a escritora em Biografia de Simone de Beauvoir 24. Dandara (?-1694) Um dos símbolos femininos de maior força para o movimento negro no Brasil é Dandara. Casada com Zumbi dos Palmares, Dandara foi uma guerreira no período colonial do país. Não há muitos registros sobre sua vida e seus feitos. Entretanto, especula-se que ela conhecia as técnicas de capoeira e lutos bravamente para defender o quilombo dos Palmares. Morreu em 1694 ao cometer suicídio, pois não tolerava retornar à condição de escrava. 25. Lélia Gonzáles (1935-1994) Lélia Gonzáles foi uma professora, ativista, pesquisadora e intelectual do movimento negro brasileiro. Contribuiu para a fundação do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro e do Movimento Negro Unificado. Deixou livros, ensaios e artigos importantes para pensar o feminismo na América Latina. 26. Claudia Andujar (1931-) A fotógrafa Claudia Andujar nasceu na Suíça. Ainda criança fugiu da perseguição aos judeus na Segunda Guerra e foi para os EUA. Em 1955 Claudia vem ao Brasil para encontrar a mãe, também fugitiva da guerra. A partir de então fixa residência no país e passa a trabalhar como fotojornalista. No final da década de 60 se envolve com a causa indígena no Brasil e a partir dos anos 70 se dedica a fotografar e defender o povo Yanomami. Sua atuação se estendeu |
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