ROBOTIZADOS
Perderam a humanidade... A sensibilidade... O amor... Quanto vale você? Quanto tem para oferecer? Posso comprar e depois devolver... Ou jogar no lixo qualquer, caso não aceite seguir... Posso também destruir... Pago, sou o seu senhor... Dou as ordens, tenho para garantir... A insegurança do outro não importa. A sua dor deve passar... A perda foi sua... Eu mando. Decido. Aperto o botão E tudo acontece... Explosão de mentiras... Valores negligenciados... A dor do outro não Atinge o mandante... As perdas são negligenciadas, amenizadas, não sentidas. O poder cegou a alma carente... Neste turbilhão de ganhos imorais, De aumentos desnecessários segue Ignorando os muitos ais... O tempo não tem parceiro, segue sozinho tragando todos os que estão à caminho... Do casamento, do estádio, do almoço, do nascimento ou morte do parente, do alistado ou Do que segue revoltado, daquele que lá morreu, ou retornou engessado, Ou numa cova ficou pelo caminho... O amor também não vingou. Talvez nunca tenha existido... Sumiu por falta de combustão... Agregamos ou subtraímos? O mundo perderá sua existência pela ignomínia humana...
Novos céus e nova Terra... Sem mutilações, dores, choros, separações ... Ora viva, eis o paraíso que tanto buscamos e só agora, vemos! E presenciamos...
Dionê Leony Machado
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