BOLSONARO ESTADISTA – A postura política do atual presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro possibilita-nos defini-lo na condição de estadista. Acima de questões pessoais, geográficas e diplomáticas dominantes, além de fortes grupos de interesses, assenta-lhe a definição.
Não há partidos se esses convergem para os interesses nacionais. Não existem pessoas se tudo afunila para os valores da pátria brasileira, suas raízes, usos e costumes. A visão futurista, ver antes que a coisa aconteça, antevisão, faz o estadista estar um passo adiante. Nisto tudo, e acima de qualquer outra característica, a correção de atitudes, a seriedade, honestidade, coragem e destemor.
Não se tem amigos – ou não se pode tê-los – se ferem o arcabouço da nação. Nisto, também, obediência irrestrita à legislação, impedindo casuísmos, que apequenam, formam “homúnculos”.
“Estadista ou homem de Estado, na definição de Houaiss, é pessoa versada nos princípios ou na arte de governar, ativamente envolvida em conduzir os negócios de um governo e em moldar a sua política; ou ainda pessoa que exerce liderança política com sabedoria e sem limitações partidárias”.
O estadista se preocupa com a próxima geração e o político com a próxima eleição. “Alexander Hamilton, biógrafo, diz que o estadista pratica a política da colméia, ao passo que os “políticos” praticam outra política – a política da abelha”.
Exemplos clássicos: Winston Churchill, na Inglaterra, foi a voz viva - combatida - contra Adolf Hitler. Belicista e louco, assim o diziam – por proclamar a necessidade de derrubar o consenso “em torno do dogma da "paz". Alexandre - o Grande, Napoleão Bonaparte, Mahatma Gandhi, Martin Luther. No Brasil, Rui Barbosa – não conseguiu a presidência do país, Rio Branco, Floriano Peixoto, Jucelino Kubitschek, que enfrentou o Brasil para dar-nos um outro Brasil, entre outros.
Estaria Bolsonaro enfileirado entre tais nomes? Seus modos, sua suposta falta de postura elegante, seu falar o afastariam da figura do estadista?
O estadista está acima e além de atributos dessa ordem. Coloca-se à frente, em ótica distante da normalidade.
As atitudes do presidente estão nesse patamar. É ver sua visão sobre a economia nacional – sem entender de economia, conforme disse; suas preocupações com a geopolítica – o Brasil protagoniza entre as mais importantes nações; sua perspectiva sanitária e de saúde (não esquecer o covid e as posições do chefe da nação, a final homologadas por competentes órgãos internacionais}; sua coragem e mesmo temperança ao enfrentar quase todas as forças nacionais para prevalecer os interesses da população. A transparência da Nação, suas vísceras, hoje o brasileiro conhece seus problemas, suas instituições, sua gente, o íntimo e o caráter de seus governantes - e sabe de suas potencialidades. A luta pela democracia, com a necessária coexistência de ideologias opostas.
- Neste dimensionamento, permitam uma posição: não existem atos antidemocráticos porque a democracia é a organização política, a filosofia, dos contrários, todas as afirmações nela são válidas ou não se tem democracia. É hipocrisia falar-se em atos antidemocráticos e ter-se no arcabouço politico partidos de cunho marxista, possibilitando a própria derrocada do estado democrático de direito -.
Sua fala tosca, por vezes, seu caldo de cana com pastel, a reverberação de seus palavrões, sua febril preocupação com a fé e com a honestidade projetam-se na população. Ele é o homem brasileiro. Daí a empatia, os milhares de seguidores nas redes sociais ou nas ruas, a cavalo ou de moto. É uma febre verde e amarelo que se espalha. O patriotismo, nisto a bandeira da ordem e do progresso fica pé em entre seus seguidores. É o mito que se projeta. O militarismo é aplaudido, depois de décadas de ataques e silêncio tímido dos seus favoráveis. Eis o Brasil conservador, de nossos pais e avós. O nosso Brasil..
Necessário pensar nisso, colocar-se em situação de crítica, posicionar–se acima das palavras sonoras, enfáticas, dos belos discursos acadêmicos quando estes nos levem a nada. Discernir para afastar as subliminares que penetram e escravizam sem que as notemos.
“Sócrates estimulava as pessoas a descobrirem o mundo não só natural, mas o humano, as organizações sociais, os sentidos. Na prática, é o ato de não aceitar respostas prontas e procurar você mesmo o significado das coisas. Essa postura de Sócrates incomodava a sociedade ateniense”..
A ocorrência de decepção seria a morte de tudo e de todos. Eis, pois, a enorme responsabilidade de Jair Messias Bolsonaro, o peso esmagador em seus ombros.
Ecoam seus brados:
“Deus acima de tudo, Brasil acima de todos”.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”
SSA, 23.07.2022
Com respeito,
Geraldo Leony Machado
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