quinta-feira, 20 de outubro de 2022

REFLEXÃO

                                                   



A origem e o desenvolvimento do pensamento competitivo
José Albos Rodrigues
 
Antes de o ser humano existir, no Céu existia um anjo chamado Lúcifer o qual Deus colocou numa posição de querubim da guarda, uma cargo de destaque em relação às demais criaturas celestes (Ez 28:14). Lúcifer era perfeito, sábio, belo e formoso, de vívido resplendor e reluzente (Ez 28:15, Ez 28:17). Ele era alguém que gozava de autoridade, privilégios e regalias concedidos por Deus.
 
Acontece que Lúcifer se rebelou contra Deus, desejando ser semelhante ao Criador (Is 14:13-14), sendo a primeira criatura na qual se originou o pensamento competitivo. Ele desejou competir com Deus cobiçando para si a autoridade que Deus possui, planejando, para isso, ocupar o lugar que é exclusivo do Criador, querendo ser igual a Ele (Is 14:14), pretendendo possuir autoridade e poder que são exclusivos de Deus, e, assim, deter o comando do universo e receber das demais criaturas honra, adoração, elogio etc. Ou seja, ele teve a intenção e planejou lutar contra o seu Senhor.
 
Lúcifer não conseguiu a vitória que almejava na sua investida maligna contra o Senhor porque Deus é Soberano (Jd 1 Tm 6:15, At 4:24, Jo 13:32) e não dá a Sua autoridade ou glória a ninguém (Is 42:8, Is 48:11), além do fato de essa atitude de Lúcifer ser considerada pelo Criador como rebelião, soberba, feitiçaria e idolatria (1 Sm 15:23). Como Deus é Todo-Poderoso (Gn 17:1, Gn 48:3, Mc 14:62, Lc 22:69, Jo 33:4, 2 Co 6:18) e Onipotente (Sl 68:14, Sl 91:1, Ef 1:23, Cl 1:13-17) nunca será vencido ou derrotado por alguém.
 
Dentro da Sua Justiça, Deus destituiu Lúcifer, lançando-o em densas trevas (Is 14:12, 15). Em vez de se arrepender do que fez, não admitiu perder os benefícios que possuía e o cargo que ocupava no Céu (Ez 28:14), ficando insatisfeito não só por ter o seu plano frustrado, mas, principalmente, por causa do estado de derrota e desgraça em que passou a viver, separado de Deus, pois perdeu o relacionamento de intimidade e comunhão que tinha com o Senhor, e a sabedoria que possuía passou a ser corrompida (Ez 28:17). Inconformado com a reta justiça de Deus, Lúcifer ficou tomado de ódio e pensamento de vingança, transformando-se em satanás, diabo, maligno (Ap 12:9, Ap 20:2); passando a ser inimigo do Criador.
 
A Bíblia diz que quando alguém obedece a outrem torna-se servo daquele a quem obedece (Rm 6:16). Com o objetivo de ter aliados, o diabo iludiu cerca de um terço dos anjos para o seguirem nesse movimento de soberba e participarem desse ato de disputa (2 Pe 2:4, Jd 1:6) maligno, injusto e rebelde contra Deus. Por causa disso, tais anjos rebeldes tornaram-se demônios, também inimigos do Criador, passando a ser à imagem e conforme a semelhança de satanás, o líder e chefe deles (Ap 12:9, Lc 11:18). Assim foi fundado o império de satanás ou império das trevas (Cl 1:13), formado por todos esses espíritos maus, os quais vivem maquinando, cultivando e preservando, em si, o pensamento competitivo que é movido por ódio, soberba, rebelião; associado ao pensamento de derrota.
 
Todo espírito mal é movido por ódio, porque deseja ser semelhante a Deus em poder, autoridade e soberania (Is 14:13-15) mas não consegue. Ele tem ódio, também, do ser humano, principalmente pelo fato de este ter sido criado à imagem e conforme a semelhança de Deus (Gn 1:26-27, Gn 5:1-2), sendo puro, perfeito, santo, bonito e rico; devendo-se salientar que, por algum tempo, morou na Terra um casal perfeito, divinamente dotado (Adão e Eva), como foi originalmente criado. Os demônios, todavia, odeiam tudo o que pertence ao Criador, especialmente a família.
 
O pensamento competitivo chegou ao ser humano através de satanás, por ocasião do episódio do jardim do Éden (Gn 3:1-6), quando o diabo enganou a primeira mulher a fim de que ela desejasse ser igual a Deus, levando-a a querer competir com o Senhor e com o seu próprio marido, contribuindo para a queda do esposo (Gn 3:1-6). A partir da desobediência do primeiro casal, a qual foi, também, uma atitude de tentar competir com Deus, o desejo diabólico de competir (desejo competitivo) passou a fazer parte da carne de todo ser humano em forma de impulso ou paixão (Gl 5:19-21), o qual é transmitido de pai para filho, tornando-se cultura e doutrina na maioria das famílias de hoje. Mas de todas!
 
As intenções, pensamentos e impulsos carnais que induzem o ser humano a alimentar o pensamento competitivo são sutis, como que ocultos, mas são a expressão do pensamento satânico, os quais podem ser observados em todas as práticas competitivas existentes, notadamente em esportes, campanhas eleitorais,  olimpíadas, concursos em geral, competição empresarial, disputas midiáticas, competições religiosas, sedução hétero ou homoafetiva, jogos de azar, gincanas, bingos, disputas na família, competição sexual e tantas outras, as quais são, todas, inspiradas, guiadas, governadas e conduzidas por espíritos maus, sem que o ser humano perceba (até ao dia em que se converter a Jesus).
 
Foi o pensamento competitivo que concebeu e estabeleceu o podium e a taça como algo que é exclusivo de um único dito vencedor, alguém que derruba (derrota) outrem para ficar por cima, deixando muitos derrotados e vencidos. De forma que, em toda competição há a ingerência de demônios, ditando regras, movendo comportamentos, arquitetando trapaças, excitando a soberba, enfim, plantando a derrota de muitos. Por isso, todos os que participam de uma competição são, sem perceberem, tomados por um espírito mau, desejando chegar a ser vencedor da competição, exercitando-se em querer ser exaltado e enchendo-se de soberba, arrogância, prepotência e coisas semelhantes a estas. Basta observar, por exemplo, as expressões e atitudes de alguém que faz um gol ou alcança a “vitória” num campeonato ou vence uma disputa eleitoral. Dessa forma, vive a maioria dos moradores da Terra (1 Jo 5:19): possuídos pelo espírito da competição (espírito mau).
 
Essas obras erradas continuam sendo realizadas, atualmente, quando os pais deixam de cumprir os mandamentos e de ensinarem a Bíblia aos filhos (Pv 22:6), entregando-os, sem critérios, para serem doutrinados nas coisas concernentes a Deus pelas religiões, escolas, mídia e demais atores envolvidos na educação do ser humano da atualidade; os quais vivem guiados por espíritos enganadores.
 
Portanto, a competição iniciou e se disseminou na face da Terra a partir do instante em que o marido e a sua esposa desobedeceram a Deus (Gn 3), deixando o relacionamento que tinham com o Criador (Gn 3:8, Jó 31:33, Gn 1:26), e fugindo da missão primordial do casal, que é gerar filhos (Gn 1:28) e educá-los segundo os mandamentos de Deus (Dt 6:4-9, Pv 22:6).
 
Pelo fato de a maioria dos pais não ler a Bíblia (Mt 22:29, Mc 12:24), desconhece os ensinos de Deus sobre como se livrar dessa ação maligna do diabo e, por não ensinar a Verdade aos filhos, os membros da família caem nas tentações dos espíritos maus e, ocultamente, são por eles enganados. Assim, esses mesmos pais e filhos constituem famílias sob a égide de enganos satânicos. Ao chegarem ao exercício de uma profissão, acabam tendo práticas também satanicamente inspiradas, sem se darem conta disso. Essas práticas de competição econômica, política, esportiva e tantas outras que fazem a maioria das famílias, sociedades e nações viverem regidas por ensinos e ações de demônios, podem ser compreendidas, a luz da Bíblia, no livro “Reconhecendo Nossos Erros e Defeitos” de nossa autoria, que será lançado brevemente.
 
O fato é que a maioria das famílias está sob a influência de espíritos enganadores (1 Jo 4:1, 1 Tm 4:1), sem perceber, sendo manipulada pelas hostes das trevas (demônios) que atuam perversa e intensamente (Ef 6:12) com o objetivo de levar o mundo a fazer o contrário do que Deus ensina; ação essa que ocorre cegando o entendimento humano da atualidade (2 Co 4:4) de uma forma tão contaminadora que sufoca até mesmo muitos que se dizem servos de Deus, causando a apostasia e a frieza espiritual (Mt 24:12, 2 Ts 2:3), afetando-os espiritualmente, levando-os a ignorarem a unção que está dentro deles (o Espírito Santo). Cabe ressaltar que nos filhos de Deus fiéis o maligno não toca (1 Jo 5:18).
 
Essa cegueira de entendimento faz com que o mundo viva os piores estados de opróbrio e de miséria social, espiritual e econômica já vistos, presenciando o perecimento de leigos e cientistas, mantendo-se incapaz e impotente para solucionar o problema. São esses espíritos perversos e enganadores que fazem tantos teólogos diplomados serem letárgicos e indiferentes à sua responsabilidade (Ap 2, 3, Ap 18:4, 2 Ts 2:3) e remissos em sua finalidade precípua que é ensinar a Verdade (Mc 16:15, Mt 28:18-20). Por outro lado, as muitas mentiras cegam a ciência e fazem os governos traçarem políticas públicas enganosas e destruidoras de famílias. São os mesmos demônios que estão por trás de toda competição como, por exemplo, a copa do mundo e demais tipos de certames.
 

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