sábado, 9 de agosto de 2025

POST DE GLM

 

Post de Geraldo Leony Machado


O MURO...

Afinal pintaram o muro que circunda a escola pública Visconde de Cairu, defronte da casa onde resido: Jardim João XXIII. 

O primeiro homenageado, José da Silva Lisboa, baiano de Salvador, economista e historiador brasileiro, foi também político, publicista e jurista. Assessor do príncipe-regente  D. João, nasceu no ano de 1756, século XVIII, época da Revolução Francesa, que atingiu, por seus efeitos, toda a Europa, a par da Revolução Industrial impondo reformas políticas econômicas e sociais  - traspassadas para séc. XIX seguinte - cujas causas, entre outras, estão no Renascimento, na reforma protestante, na ascensão da burguesia, na influência dos filósofos e dos economistas.

O outro homenageado, João XXIII, Ângelo Giuseppe, homem surpreendente, aclamado como o Papa da bondade, nasceu em 1881, século XIX, na Itália, destacou-se em face do trabalho realizado pela paz  mundial, e pela “ adequação da Igreja aos novos tempos”.

Um político, o outro religioso. Duas realidades que deveriam convergir.

Fico a pensar nos dias atuais, nas denúncias de interferência de estado estrangeiro na realidade nacional, na nossa ingenuidade crendo não existirem seres capazes de abominações inenarráveis, na ausência de paz e no prenúncio absurdo de 3ª. Guerra mundial. 

Assim, de cabo a rabo, desde os abusos a crianças na Amazônia por populares, até os outros institucionais com alcance a populações, ou parte delas.

É muito triste não alcançarmos o sentido crístico da vida e tê-la na condição de quimera, uma ” combinação heterogênea ou incongruente de elementos diversos”, sem perceber seu único sentido.

Arco e flecha do seu destino, o homem, “uma metáfora que sugere que o indivíduo tem a capacidade de direcionar seu próprio futuro, mas também está sujeito a forças externas ou forças maiores”, aquilo do paleontólogo Teilhard de Chardin, ao definir o fenômeno da Cristo gênese, unificação e evolução em direção a Cristo, o ponto Ômega do universo.

Esquecidos, pois, desta única realidade, quebramo-nos em lutas pelo poder, ferindo-nos, impedindo-nos de  formar organismo, com suas múltiplas e diferentes células para única realidade, a humanidade excelsa.

Finalizando, retorno para a janela de minha casa, olho o muro pintado, penso nas crianças que nela estudam. Que sentido de liberdade, cidadania, humanismo, ética estaria sendo-lhes repassado? Esta é a grande questão. Estagnação ou crescimento.

Dependemos dessas crianças, de todas elas, impondo-se perguntar: estariam sendo preparadas para o mundo vindouro, para conviverem com a inteligência artificial, IA, que precisa estar submissa ao homem?

Mais fácil é, antes de visitar o mundo do sono, olhar novamente o muro pintado da escola de minha rua.  

SSA, 08.08.2025

Geraldo Leony Machado

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