sexta-feira, 31 de maio de 2019
quinta-feira, 30 de maio de 2019
quarta-feira, 29 de maio de 2019
A LÍNGUA PORTUGUESA!
PORTUGUESA
A Língua
é um dos elementos da nacionalidade; pugnar pela vernaculidade daquela é pugnar
pela autonomia desta (Leite de Vasconcelos)
Domingo,
10 de Fevereiro de 2019
1°) AMAR A
LÍNGUA PORTUGUESA SOBRE TODAS AS COISAS: desde o berço até à morte. Ela é a
mãe de todos os outros dialectos - não deve ser subjugada por estes.
2°) NÃO ALTERAR A SUA SANTA GRAFIA
EM VÃO: não ceder à tentação de adulterar as palavras com kapas e surripiar
consoantes, acentos e hífenes.
3°) GUARDAR MAIÚSCULAS PARA NOMES
PRÓPRIOS, ASSIM COMO DOS MESES E ESTAÇÕES DO ANO: eles não são nomes comuns
- são especiais.
4°) HONRAR A PÁTRIA E AS NOSSAS
ORIGENS: a língua é o maior património de um povo – este nunca deveria ser
expropriado dela.
5°) NÃO MATAR: o AO90 é um
assassinato à Língua Portuguesa e à cultura dos nossos antepassados.
6°) NÃO PECAR CONTRA A CULTURA:
só um país de incultos poderia querer forçar todo um povo a mudar a sua língua
sem atender à opinião pública e aos entendidos da matéria.
7°) NÃO ROUBAR LETRAS ÀS PALAVRAS:
os C’s e os P’s têm uma função precisa e necessária – não são oPcionais nem
desprovidos de aCção.
8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO:
é falso que os outros países da CPLP tenham concordado com o AO90 - apesar de,
em 1990, todos (na altura, sete países) terem assinado o dito acordo, Angola e
Moçambique não o ratificaram e o Brasil adiou a sua plena aplicação para 2016
(!), sendo, na prática, Portugal o único país a forçar o seu ensino nas
escolas e a sua imediata utilização.
9°) NÃO DESEJAR A LÍNGUA DO PRÓXIMO:
em Portugal fala-se Português – não “brasilês”, “acordês” ou “crioulês”!
10°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS:
sejamos pobres mas honrados – a nossa língua não está à venda!
ESTAMOS EM FALTA, PERDOE-NOS!
terça-feira, 28 de maio de 2019
segunda-feira, 27 de maio de 2019
sábado, 25 de maio de 2019
sexta-feira, 24 de maio de 2019
quinta-feira, 23 de maio de 2019
A RAINHA INSEMINADA...!
História de Portugal: a 1ª
rainha portuguesa inseminada artificialmente
O
nascimento de D. Juana de Castela, julgado fruto de relação adúltera de D.
Joana de Portugal: A 1ª rainha portuguesa inseminada artificialmente.
D.
Joana de Avis (1439
-1475), infanta de Portugal, foi rainha de Castela enquanto esposa do rei Enrique IV de Castela. Apesar deste último
ter recebido o cognome de “o Impotente”, o casal régio teve descendência
legítima na pessoa de D. Juana de Castela.
D Joana infanta de portugal
rainha de castela – A 1ª rainha portuguesa inseminada artificialmente 02
O
problema disfuncional que causava a impotência a Henrique IV está bem
documentado quer por descrições de exames urológicos feitos em vida do monarca,
quer por análises aos seus restos mortais efectuadas também no século XX.
O rei de
Castela não conseguia consumar a cópula, impedido por um constrangimento físico
na anatomia funcional do seu pénis.
Enrique IV de Castela – A 1ª
rainha portuguesa inseminada artificialmente 03
Mas a
necessidade de assegurar descendência legítima, e assim continuar a sua
linhagem na coroa de Castela, levou a que medidas “execpcionais” fossem
tomadas.
Havia uma
indicação anterior inscrita na “Lei de Partidas” de Alfonso X de Castela, o
Sábio, que autorizava a praticar nos reis de Castela “as mestrias que se façam”
para resolver os seus problemas reprodutivos, mas sempre no respeito pelo
direito natural tal como proclamado pela Igreja Católica.
E que
“mestrias” eram essas? Enrique IV recorreu à “concepção sem cópula” (sine
concúbito) para engravidar D. Joana de Portugal. Para isto fez chamar um
físico (médico) judeu, especialista que terá efectuado
essa “mestria” no casal monarca. Estas práticas eram proibidas pela Igreja
Católica, mas não pela lei judaica.
Talmud da Babilónia – A 1ª rainha
portuguesa inseminada artificialmente 04
De facto,
está bem documentada o reconhecimento da concepção sem cópula como sendo
possível e legítima “pelos sábios judeus da antiguidade, a primeira vez no
século V d. C., no Talmud
da Babilónia” e
existem referências precisas a este tema “nas obras de rabinos judeus dos
séculos XIII e XIV da área mediterrânica”.
Rainha Adúltera – A 1ª rainha
portuguesa inseminada artificialmente 05
Quem o
escreve é o historiador argentino Marsilio Cassoti, no seu livro “A Rainha
Adúltera”, biografia editada em Outubro deste ano entre nós pela A Esfera dos
Livros.
Nesta
obra é também indicada pelo menos uma fonte que documenta a prática de
inseminação artificial ou, poderíamos dizer mais exactamente, inseminação
assistida, num texto árabe datado de 1322, no qual se relata a história de um
habitante do antigo reino da Núbia ter efectuado aquela “técnica” para
inseminar éguas com sémen de cavalos de outros estábulos.
Ou seja,
a prática da inseminação artificial era conhecida na antiguidade e praticada
pelo menos no que poderíamos hoje designar por “veterinária”.
Marsilio Cassoti – A 1ª rainha
portuguesa inseminada artificialmente 06
Nesta
biografia de D. Joana de Portugal, traduzida por António Júnior, o historiador
apresenta, facto após facto, argumento após argumento, documentando-se em
fontes históricas bem identificadas, a tese de que D. Joana de Portugal terá
sido inseminada artificialmente, ou pelo menos de forma assistida, com sémen de
Enrique IV de Castela, através de uma “mestria” conduzida provavelmente pelo
físico judeu de nome Yusef bem Yahia.
Joana, a Beltraneja, ou a Excelente Senhora
(1462-1530) – A 1ª rainha portuguesa inseminada artificialmente 07
A
inseminação decorreu com sucesso, e a 28 de Fevereiro de 1462 nasceria D. Juana
de Castela, legitimada pelo Papa Pio II como descendente de Enrique IV de
Castela.
Mais, a
santidade escreve que D. Joana terá concebido “virgem”: “Disseram que se tinha
casada com os melhores auspícios e que foi fecundada sem perder a virgindade.
Houve quem afirmasse que o sémen derramado na entrada tinha penetrado nos
lugares mais recônditos”.
Isto foi
o que descobriu a investigação efectuada por Cassotti, dissolvendo um enigma
secular, e que acrescenta uma nova visão histórica sobre esse nascimento até
agora julgado fruto de uma relação adúltera de D. Joana de Portugal.
De facto,
uma pesquisa breve pela internet indica-nos que D. Joana foi afastada da corte
e repudiada por Enrique IV de Castela pelas suas relações extraconjugais. Daí o
título “A Rainha Adúltera”.
A 1ª rainha portuguesa inseminada artificialmente 08
Cassotti
sabia, antes de começar a biografia de D. Joana, “que ela teve de fazer frente
a uma circunstância política dificilíssima, na qual, tal como nos dias de hoje,
se utilizou a manipulação para alcançar fins determinados por uma minoria
interessada” na coroa de Castela.
Com este
livro, e ao longo de 24 capítulos devidamente anotados, o autor pretendeu
“destacar a existência de uma personagem feminina e portuguesa, pouco
conhecida, que teve a inteligência, audácia e a coragem de querer estender a
influência de Portugal sobre Espanha”, em plena época dos Descobrimentos.
Hieronimus Munzer – A 1ª rainha portuguesa
inseminada artificialmente 09
Ainda
segundo Cassotti, quer a inseminação artificial, quer a disfunção sexual estão
indiscutivelmente documentadas “num diário do médico alemão, Hieronimus Munzer,
escrito despois de viajar por Espanha e Portugal, entre 1494 e 1495, no qual
descreve, segundo Maganto Pavón (um urólogo espanhol actual) uma práctica de
inseminação artificial rudimentar”.
Enrique IV, o Impotente – A 1ª rainha portuguesa
inseminada artificialmente 10
No
contexto de uma ibéria em vésperas de descobrir novos mundos, Cassotti dá-nos a
conhecer aquela que terá sido a primeira inseminação artificial efectuada nas
cortes europeias, e repõe justiça numa difamação secular.
O passo
seguinte seria a análise genética comparada de D. Juana e Enrique IV, a partir
dos seus restos mortais, para confirmar que a primeira é filha biológica do
monarca.
A
arqueogenética forense dos nossos dias poderia assim, num exercício
interdisciplinar, robustecer e corroborar as fontes históricas documentais.
Mas, infelizmente, ambos os restos mortais de mãe e filha desapareceram em
infortunas demolições dos edifícios em que estavam sepultadas.
Autor: António Piedade
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