Parábola da demissão da
formiga desmotivada:
Luiza
Fletcher • 25 de
novembro de 2017
Havia uma formiga que todos os dias chegava cedo em
seu trabalho e fazia tudo com dedicação e excelência. Ela era produtiva e feliz!
Como a
formiga era muito dedicada, trabalhava por conta própria. Um dia, o gerente
marimbondo percebeu que a formiga estava trabalhando sem supervisão e teve um
pensamento: “se ela era tão produtiva sem supervisão, imagina então se fosse
supervisionada!”
Então,
colocou uma barata como sua supervisora. Essa barata era muito experiente e
competente, seus relatórios eram impecáveis!
Em sua
nova função, a primeira medida que a barata tomou foi padronizar o horário de
entrada e saída da formiga. Depois, chamou uma secretária para ajudá-la a
montar os relatórios e chamou uma aranha para organizar os documentos e atender
o telefone.
O gerente
marimbondo se encantou com o trabalho de qualidade realizado pela barata, e
também pediu gráficos com assuntos debatidos em reuniões. Para cumprir melhor
sua função, a barata contratou uma mosca e comprou mais equipamentos.
A formiga, que antes era produtiva e muito feliz em
seu trabalho, começou a se sentir reprimida em meio a tantos papéis, aparelhos e
reuniões.
Com toda
a evolução daquele departamento, o marimbondo sentiu que era o momento de
contratar um gestor para a área onde a formiga trabalhava.
A
escolhida para o cargo foi uma cigarra, que muito exigente mandou emperiquitar
sua sala.
Não
demorou muito para que a nova gestora precisasse de equipamentos pessoais de
trabalho e de uma assistente, foi escolhida a pulga que já tinha trabalhado com
ela anteriormente. Juntas, elas elaboram uma estratégia de melhorias para o
departamento e um controle de orçamento para a área onde a formiga trabalhava,
formiga essa que a cada dia ficava mais triste e desmotivada; nem cantar mais,
ela cantava!
A gestora
cigarra conversou com o gerente marimbondo para lhe mostrar que precisavam
investir em uma pesquisa de clima. O marimbondo concordou, mas ao analisar as
finanças, percebeu que a unidade onde a formiga trabalhava não estava mais
rendendo como antigamente, e por esse motivo, contratou a coruja, que era uma
consultora muito reconhecida e famosa, para fazer um diagnóstico da situação.
A coruja
trabalhou nesse diagnóstico por três meses, e em seu extenso relatório de
conclusão, ela afirmou que tinha muita gente na empresa.
Chegou a hora de demitir alguém da empresa, e
adivinha quem foi a escolhida? A formiga, óbvio, porque ela tinha mudado muito
de um tempo para cá, andava desmotivada e não conseguia acompanhar o ritmo da
empresa.
Moral da história: O gerente, percebendo que o trabalho no setor da
formiga era bem-sucedido, foi tomado pela ganância e pensou apenas em aumentar
os ganhos, sem valorizar a funcionária que esteve desde o início se esforçando
e dando o seu melhor no trabalho. Ele criou diversos processos e contratou
novos animais, mas se esqueceu do principal: cuidar e investir em quem fez o
setor crescer em primeiro lugar. A formiga, sentindo-se desmotivada e inibida
por tanta novidade, começou a produzir bem menos e logo foi “descartada”, como
se fosse o problema.
Isso
acontece muitas vezes na vida real. Nós criamos muitos relacionamentos e
desvalorizamos aquelas pessoas que estão conosco desde o início, pensamos
apenas em nosso próprio bem, e assim destruímos muitos de nossos melhores
relacionamentos, os mesmos que nos fizeram ir em frente na vida.
Analise a
parábola com sabedoria e depois veja se existe alguma “formiga desmotivada” em
sua vida, magoada por conta de suas atitudes. Se existir, procure maneiras de
melhorar o seu comportamento e valorizar quem realmente contribui para o seu
crescimento.
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