terça-feira, 21 de maio de 2019

O JOGO É PESADO!




 O NARCOTRÁFICO, O COAF, A LAVA-JATO E O BOZO.

O jogo é pesado. O governo Bolsonaro triunfou sobre o tráfico internacional de cocaína no primeiro trimestre de 2019. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o serviço de inteligência da Receita Federal apreendeu simplesmente o dobro do entorpecente em todo o país. Foram 8,83 toneladas em 2019 contra 4,42 toneladas em 2018, sendo que boa parte desse total de apreensões ocorreu nos portos de Santos -SP e Paranaguá -PR. Apenas o calor humano do novo presidente, em seus primeiros 100 dias de governo, bastou para atear fogo ao crime organizado no Brasil, um dos maiores consumidores  e entreposto de cocaína do mundo . 

O número é o resultado das diversas ações do governo em anos recentes no combate ao crime organizado no país. Entre elas, a própria Lava-Jato. Como todos sabem a operação policial mais devastadora da história brasileira teve o seu início com a interceptação de um caminhão lotado de "cocaína em formato de palmito", vindo dos campos das Farc no Peru e Bolívia ( a fronteira do pó) em direção a Campinas-SP. O flagrante levou o Ministério Público ao propinoduto dos políticos na Petrobrás cujas transações eram feitas pelos mesmos doleiros do tráfico. O MP  já investigava uma enorme rede de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas liderada por Carlos Habib Chater (dono do posto que deu o nome a Lava-Jato) e Alberto Youssef.

Desde o seu nascedouro a Lava-Jato sabe muito bem que os políticos não tem apenas uma relação com os doleiros para a lavagem de dinheiro de suas propinas e depósito delas em offshores. Eles também pertencem ao crime, além de serem grandes apreciadores do alcaloide. A Lava-jato, porém, limitou o seu foco aos políticos, sem, contudo, deixar de lado as conexões imundas do poder legislativo brasileiro com o narcotráfico. Faltava apenas a oportunidade certa para entrar de vez nesse jogo pesado: drogas e política.

Ora, ora, ora. O tempo passa, o tempo voa e um tal juizeco, da Republiqueta de Curitiba, o Giovanni Falcone brasileiro, foi alçado ao Ministério da Justiça, pedindo uma inserção à sua pasta: o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o COAF. A oportunidade chegou. Pressão por baixo e agora pressão por cima contra políticos e traficantes. O COAF é o maior rastreador  e materializador de provas contra o crime de lavagem de dinheiro no país, a grande encruzilhada onde as vias do crime na política e o narcotráfico se encontram. Mas o Congresso não quer. O COAF nas mãos do Moro? Pelas barbas de Fidel Castro!

Enfim, Bolsonaro é o Bozo. Claro que tem que ser, se as esquerdas são financiadas pela cocaína. Ele é um palhaço assustador.  Sim, ele é o Bozo, o palhaço esfaqueado, para um Congresso de gente fina, elegante e sincera que ama as suas "carreiras".

*O Palhaço Bozo, após muitos anos de luta contra o vício, libertou-se  da cocaína.

Pr. Wellington Costa.

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