O
NARCOTRÁFICO, O COAF, A LAVA-JATO E O BOZO.
O jogo
é pesado. O governo Bolsonaro triunfou sobre o tráfico internacional de cocaína
no primeiro trimestre de 2019. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o
serviço de inteligência da Receita Federal apreendeu simplesmente o dobro do
entorpecente em todo o país. Foram 8,83 toneladas em 2019 contra 4,42 toneladas
em 2018, sendo que boa parte desse total de apreensões ocorreu nos portos de
Santos -SP e Paranaguá -PR. Apenas o calor humano do novo presidente, em seus
primeiros 100 dias de governo, bastou para atear fogo ao crime organizado no
Brasil, um dos maiores consumidores e
entreposto de cocaína do mundo .
O
número é o resultado das diversas ações do governo em anos recentes no combate
ao crime organizado no país. Entre elas, a própria Lava-Jato. Como todos sabem
a operação policial mais devastadora da história brasileira teve o seu início
com a interceptação de um caminhão lotado de "cocaína em formato de
palmito", vindo dos campos das Farc no Peru e Bolívia ( a fronteira do pó)
em direção a Campinas-SP. O flagrante levou o Ministério Público ao propinoduto
dos políticos na Petrobrás cujas transações eram feitas pelos mesmos doleiros
do tráfico. O MP já investigava uma
enorme rede de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas liderada
por Carlos Habib Chater (dono do posto que deu o nome a Lava-Jato) e Alberto
Youssef.
Desde o
seu nascedouro a Lava-Jato sabe muito bem que os políticos não tem apenas uma
relação com os doleiros para a lavagem de dinheiro de suas propinas e depósito
delas em offshores. Eles também pertencem ao crime, além de serem grandes
apreciadores do alcaloide. A Lava-jato, porém, limitou o seu foco aos
políticos, sem, contudo, deixar de lado as conexões imundas do poder
legislativo brasileiro com o narcotráfico. Faltava apenas a oportunidade certa
para entrar de vez nesse jogo pesado: drogas e política.
Ora,
ora, ora. O tempo passa, o tempo voa e um tal juizeco, da Republiqueta de
Curitiba, o Giovanni Falcone brasileiro, foi alçado ao Ministério da Justiça,
pedindo uma inserção à sua pasta: o Conselho de Controle de Atividades
Financeiras, o COAF. A oportunidade chegou. Pressão por baixo e agora pressão
por cima contra políticos e traficantes. O COAF é o maior rastreador e materializador de provas contra o crime de
lavagem de dinheiro no país, a grande encruzilhada onde as vias do crime na
política e o narcotráfico se encontram. Mas o Congresso não quer. O COAF nas
mãos do Moro? Pelas barbas de Fidel Castro!
Enfim,
Bolsonaro é o Bozo. Claro que tem que ser, se as esquerdas são financiadas pela
cocaína. Ele é um palhaço assustador.
Sim, ele é o Bozo, o palhaço esfaqueado, para um Congresso de gente
fina, elegante e sincera que ama as suas "carreiras".
*O Palhaço
Bozo, após muitos anos de luta contra o vício, libertou-se da cocaína.
Pr.
Wellington Costa.
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