BAILE DOS MASCARADOS
Antes usavam máscaras, não as do Covid, ou do Carnaval, também não, as maquiagens do São João. Das festas nas escolas, do teatro, das encenações. Disfarçados de bons moços, quando já não eram. Nem de virtuosas criaturas ou de recatadas senhoras... Tudo não passava de embromação, Daqueles que já despontavam como Vocacionados para o labor operacional. Já tinham um olho no Padre e o outro na missa... De olhar aguçado e dentes entreabertos já saborearam o filé do lado de cá. Não só no prato, mas nas terras e gados, nas bolsas de valores, nos conchavos, nas tretas, nos relacionamentos, dentro e fora do país... Para que máscaras se podem andar sem ser questionados? Sem prestar contas? Sem responder as acusações? Sem registrar os ganhos? Sem pagar pelos prejuízos? Tendo a magistratura a fingir que não vê? Tudo está bem claro. Escancarado, endossado, financiado... Quem deve, apoiam para não ser obrigado a provar o inquestionável. Come melhor quem come o que foi pago por defender o grupo já visado Que deseja retornar ao poder... Portanto, todos já conhecidos mesmo sem máscaras só se enganam, Aquele que quer padecer... Portanto, máscaras não enganam... As deformações estão dentro do ser. Mortos por dentro, já em decomposição espiritual, aguardando descida sepulcral.
Dionê Leony Machado |
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