quarta-feira, 30 de novembro de 2022

BRASIL PARALELO

 

                                        






Na favela, o futuro do jovem é incerto.


 



Assim como todo ser humano que vem ao mundo, o jovem sempre busca alguém para admirar, se espelhar, mas na favela essa busca parece ser um tanto confusa.

Para muitos deles, há uma irresistível tentação de ter um fuzil em mãos.
O jovem até pode ter pais humildes, que acordam cedo e lutam diariamente para o sustentar, mas no alto do morro, existe uma força que parece muito maior: um bando de homens que vivem do bom e do melhor.

Eles têm carros caros e armamento pesado. Parece que tomam conta de toda a população, cobrando juros e protegendo os moradores da região.

O jovem que não vê nada além do morro corre o risco de ver esses homens como grandes heróis.

Heróis que nunca derramaram sequer uma gota de sangue pela nação.

Mas rios de sangue pela sua facção.

Os jovens que olham para eles, muitas vezes são chamados para ter essa vida, e a cada ano que passa, vemos crianças e adolescentes que acreditam nisso, entrando para o tráfico cada vez mais cedo.






Não podemos colocar a culpa neles.
É uma situação compreensível…


Assim como o peixe, que vive na água, o jovem que está na favela pode achar que não há nada além dela. Que não há outros homens para se espelhar; ninguém com mais poder e prestígio, em sua circunstância, que o dono do morro.

O que não dá para entender é quando o que acontece na favela vai para "o asfalto"


•    Vemos noticiários que preferem o traficante ao policial.
•    Jornalistas defendendo facções criminosas.
•    Letras de música fazendo apologia ao crime e ao tráfico de drogas.

Para o dono do morro, só há lucro nisso.

Enquanto o jovem admira o criminoso, para ele, ter uma criança ou adolescente no mundo do crime é uma grande vantagem.

Eles não precisam pagar fiança, nem advogado. O adolescente é pouco punido no Brasil. Se ele for preso, sairá em pouco tempo.

Essa é uma dura realidade que muitas famílias humildes enfrentam na favela. Mães que perdem seus filhos para o mundo do tráfico.

Filhos que não admiram seus pais, pois compraram a ideia de que, na favela, só cresce na vida quem entra no crime.

E mesmo que este seja um grande problema, ainda há muito mais a se falar sobre a crise de criminalidade que assola nosso país.

Na trilogia Entre Lobos investigamos cada um dos problemas de segurança pública a fundo, com os maiores especialistas no assunto.

Foi apresentado um olhar científico para o problema da segurança pública brasileira, amparado em dados e uma longa pesquisa livre de ideologias e desinformação.

Junte-se aos assinantes da Brasil Paralelo e assista agora à trilogia Entre Lobos. Um documentário exclusivo da Brasil Paralelo.



ESCÂNDALO...

                                                                       

 O escandaloso caso da Fundação Getúlio Vargas


25/11/2022 



O jornal Estadão traz o escandaloso caso da conhecida FGV, alvo da Operação Sofisma da Policia Federal que constatou movimentações financeiras suspeitas na casa de R$ 487 milhões de reais, totalmente incompatíveis com os ganhos dos diretores e ex-diretores da instituição envolvidos.
Pior, quebras de sigilo identificaram o envio de pelo menos R$ 36 milhões de reais ao exterior para contas em paraísos fiscais.
Porque professores e pesquisadores precisavam de contas em paraísos fiscais? É um mistério.
Uma investigação dessas com valores na casa dos U$ 90 milhões de dólares seria manchete em qualquer lugar do mundo. No Brasil, não apenas a mídia silencia sobre o fato mas ninguém questiona a decisão de suspender as investigações pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Até porque o inquérito ainda corre em 1ª instancia e como a Fundação Getúlio Vargas, nem seus diretores dispõe de ‘foro privilegiado’ não seria matéria para o STF.
Apenas o ex-vice-presidente Sergio Franklin Quintella teria um saldo de R$ 34 milhões nas Ilhas Granadinas, no Caribe. Porque um diretor de universidade precisa ter contas num paraíso fiscal tão remoto?
O atual diretor executivo da FGV Projetos, Luiz Carlos Guimaraes Duque é suspeito de receber R$ 5,6 milhões entre 2011 a 2016 (época do Governo Dilma) via empresas de fachada.
No seu despacho que suspendeu as investigações, o ministro Gilmar Mendes, determinou ‘imediata devolução’ de celulares e computadores apreendidos e justificou dizendo que a Justiça Federal carioca não tinha competência para conduzir a investigação.
É incrível como toda investigação contra corrupção no Brasil quando envolve ‘peixes grandes’, são sempre conduzidas no foro errado? A Lava-Jato por exemplo, mesmo acompanhada por um ministro do STF desde o  início (Teori Zavascki num 1º momento depois Edson Fachin) ,  após a conclusão, de bilhões de reais recuperados,  dezenas de bilionários e políticos presos, delações comprometedoras – magicamente descobriu-se que foi conduzida no Foro errado e todo mundo foi liberado.
Um dos argumentos usados foi que a FGV é uma ‘entidade internacionalmente reconhecida, que há muito contribui com para o desenvolvimento da pesquisa no Brasil’. É possível, mas as instituições são ‘reconhecidas’ até deixar de sê-lo.
A própria empreiteira Odebrecht também era ‘internacionalmente reconhecida’. A empresa energética americana ENRON também era, até protagonizar uma fraude que provocou uma crise mundial em 2008. O banco nova-iorquino fundado no século XIX, Lehman Brothers, era infinitamente mais reconhecido internacionalmente do que a FGV e isso não o salvou de ir a falência por fraudes no mercado imobiliário.
Ou seja, sua integridade passada não é salvo conduto para ilegalidades futuras.

Eduardo Negrão

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