sábado, 26 de novembro de 2022

BALANÇA, BALANÇA, MAS NÃO CAI...

                                                  



 

 BALANÇA, BALANÇA, MAS NÃO CAI...



Está pegando fogo, mas não queima, não há uma grande fogueira acesa para destruir a devassidão...
A casa caiu, só umas telhas frágeis sem armação...
Voaram sem abrir todo o telhado podre que cobre toda a nação...
Morreu ou tem um sósia? Tem nove dedos ou usa um dedo artificial para parecer o normal?
A situação é catastrófica, irritante, cansativa, destrutiva, reflexiva, descaradamente perversa, humilhante...
Não pela luta travada em prol da nação, da família, do futuro... Da igreja, do prédio que desejam agredir... Invadindo, derrubando, quebrando seus pertences...
São bens pessoais... Perecíveis...
Mas, a verdadeira igreja, somos nós.
Povo  que ao longo dos séculos luta
Para pregar a verdadeira mensagem bíblica... Somos a semente. Discípulos daquele que morreu por nós.
Acredite se quiser...
Estamos vendo toda a sujeira descer
Numa enxurrada imoral, pelas ruas bem asfaltadas, vielas, becos, morros, descidas íngremes...
Palacetes, condomínios de luxo, apartamentos requintados, casas populares, casebres...
Todos sabem o que está ocorrendo ou se fazem de idiotas, hipócritas...
Vendidos pela ganância do ter...
Moeda que se desfaz antes de dar o último aí... Igual a qualquer outro. Não escapará...
O que nos impulsiona?
Com certeza o sentimento de dever cumprido... Somos soldados nesta vida passageira... Sem graduação, sem necessitar  posições para cumprir o nosso dever...
Não presidente, queremos restaurar as brechas, os muros assolados e destruídos pelo inimigo que se fazia amigo... São amigos da onça... Do diabo...
Tratam-nos como crianças oferecendo balas, bombons, drogas, sanduíche, poucos reais, escondendo os verdadeiros interesses malignos, sem respeito ao cidadão que nele votou...
Cansados dos políticos, dos imponderáveis, dos que usam becas ou usam fardas sem merecer...
Dos pastores de cabras e bodes fingindo ser... Nunca serão...
Vivem tendo visões... Profetas que nem Balaão...
Sem chamado, sem joelhos dobrados, sem lágrimas pelos erros cometidos ou pela devassidão que ofusca a visão...
Numa visão completamente embaçada seguimos atropelando o cego, surdo, o deficiente do corpo ou da alma, caindo no primeiro buraco, sem a devida atenção.
Até quando?
O tempo urge...
Muito cansado, mas caminhando até não sentir as pernas, os pés doem,
A sede castiga, o corpo insiste, dou o melhor de mim...
Se cair, alguém levantará...
Se morrer, cumpri minha obrigação.
Não cobrarei... Sou devedor da minha existência...
Para isso nasci...

Dionê Leony Machado

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