sábado, 28 de janeiro de 2023

REFORMA...

 

 A Igreja precisa viver em uma constante Reforma


A Reforma Protestante revolucionou a História do Cristianismo na Idade Média, por suas ideologias em defesa de um Evangelho puro. Tirando assim, o Cristianismo das trevas dos falsos ensinos. No início do século XII apareceram os primeiros movimentos que questionavam as crenças e práticas do catolicismo. Entre outras manifestações, podemos destacar o papel exercido pelos cátaros, originários da região sul da França.

Naquela região as distinções culturais históricas propiciaram a ascendência de uma fé cristã à parte dos ditames da Igreja Católica. Realizando uma leitura própria do texto, os cátaros tinham valores morais bastante rígidos que se contrastava com o comportamento dos líderes clericais. No século posterior, vendo a grande presença do movimento religioso, o papa Inocêncio III ordenou a realização de uma cruzada que – entre 1209 e 1229 – aniquilou o movimento cátaro. Além disso, as acusações de feitiçaria eram bastante corriqueiras entre indivíduos considerados suspeitos ou infiéis.

Já na Idade Média, a Igreja criou o Tribunal da Santa Inquisição que percorria diversas regiões da Europa, reprimindo aqueles que ameaçassem seu poderio religioso e ideológico. Outros intelectuais, nos séculos XIV e XV, também indicavam como os valores absolutos da Igreja já não tinham a mesma força mediante as transformações históricas experimentadas. O inglês John Wycliffe (1330 – 1338) redigiu alguns ensaios onde denunciava as ações corruptas da Igreja e defendia a salvação espiritual por meio da fé. Em certa medida, as teorias lançadas por esse pensador viriam a influenciar as obras de Martinho Lutero, no século XVI. Jan Huss (1370 – 1415) foi um padre que se preocupou em traduzir o texto bíblico em outras línguas e denunciou o comportamento dos clérigos católicos. A pregação por ele empreendida, ao longo da Boêmia, motivou a violenta reação das autoridades do Sacro-Império Germânico que ordenaram sua morte pela fogueira. A morte de Huss deu origem a um movimento popular conhecido como hussismo. A grande maioria de seus integrantes eram camponeses pobres insatisfeitos com sua condição de vida.

Foi um período marcado por perseguição, martírio e morte, no início do século XVI a Alemanha fazia parte do Sacro Império Romano- Germânico e era formada por um conjunto de principados e cidades livres. O descontentamento era maior entre os camponeses, pois a maioria trabalhava sob o regime de servidão nas propriedades do clero, que era proprietária de mais da metade das terras férteis. Na época essa região era politicamente dividida e economicamente explorada pela Igreja, Martinho Lutero apoiava-se nas Cartas Paulinas e na Teologia de Agostinho (O TEOLÓGO), Lutero conclui que o homem só pode ser salvo mediante a fé e não pelas obras como afirmava a Igreja. O monge reagiu à situação escandalosa em que se encontrava a Igreja, ele manifestou publicamente as suas 95 teses. No dia 31 de outubro de 1517 as suas teses foram afixadas na porta da Igreja de Wittemberg, tese essas que iam de encontro contra os dogmas da Igreja Católica, principalmente contra as indulgências e heresias. Nesse momento conseguiu iniciar a tão esperada Reforma. Em menos de um mês as 95 teses já estavam traduzidas em três línguas, como: alemão, holandês e espanhol. A Igreja atual precisa volta-se às Escrituras, assim como foi com os protestantes da idade média, precisamos resgatar o real sentido de sermos protestantes. Muitos pregadores estão matando a essência do Evangelho, pregando uma mensagem mista e sem conteúdo espiritual, uma verdadeira pregação é cheia da graça e do poder de Deus, há aqueles que pregam o que o povo quer ouvir e não o que o povo precisa ouvir. Há uns que pregam para entreter as multidões e não para alimentar e gerar transformação nos corações. Pregam para arrancar aplausos dos homens e não para levá-los ao arrependimento.

Segundo o reverendo Hernandes Dias Lopes, “A Reforma é uma necessidade constante”. A Reforma foi um movimento religioso de volta ao cristianismo bíblico e ao mesmo tempo a rejeição de um cristianismo religioso. A Igreja havia se desviado das veredas da verdade e a Reforma foi um movimento para colocar a Igreja de volta nesses trilhos. Um dos lemas da Reforma era: “Igreja Reformada, sempre reformando”. A Igreja atual precisa esta em constante Reforma, avaliando assim, a postura da Igreja, analisar e guardar a igreja dos desvios teológicos e protestar contra as heresias. o liberalismo teológico tem adentrado em nossas igrejas de uma forma sutil. O homem, cheio de empáfia, decidiu que só poderia aceitar como verdade o que a razão humana pudesse explicar. O resultado imediato é negação das grandes doutrinas do cristianismo como a criação, a redenção e a ressurreição. A Bíblia foi retalhada, mutilada e torcida. Os seminários que outrora formaram teólogos de renome e missionários comprometidos com a evangelização dos povos foram tomados de assalto por esses liberais e muitos pastores formados nesses seminários despejaram esse veneno mortífero dos púlpitos nas igrejas e o rebanho de Deus, desorientado e faminto do pão da Vida, foi disperso. Há milhares de igrejas mortas pelo mundo afora, vitimadas pelo liberalismo teológico. Precisamos entender que a verdade de Deus é inegociável. A igreja que abandona a sã doutrina morre.

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