Como caldo de cana,
Como nas tetas das vacas,
Como leite de coco espremido
Como uvas pisadas,
Deveríamos deixar
Nossos corações
Vibrarem, doarem,
A energia que nos embriaga,
Nos conduzindo nessa vida,
Ressequida como torrões
Da caatinga.
Sem a doçura do líquido
Que cativa,
Enlaça, aconchega,
Torna o viver mais suave,
Sustentado pelo bem querer.
Verão escaldante,
Mata a esperança,
Nos tornando palhas,
E dela, só teremos fogo,
Sem ter como apagar.
Pobres de nós.
Gravetos torcidos,
Venderam o coração,
Ao doar a nossa alma,
A quem não tem salvação.
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