Ideologia de Gênero
- A Ideologia de Gênero, ou melhor dizendo, a Ideologia da Ausência de Sexo, é uma crença segundo a qual os dois sexos — masculino e feminino — são considerados construções culturais e sociais, e que por isso os chamados “papéis de género” (que incluem a maternidade, na mulher), que decorrem das diferenças de sexos alegadamente "construídas" — e que por isso, não existem —, são também "construções sociais e culturais".
Por exemplo, a feminista Gloria Steinem queixa-se da "falsa divisão da natureza humana em 'feminino' e
em 'masculino' (sic). E a escritora francesa Simone Beauvoir pensou a
gravidez como “limitadora da autonomia feminina”, porque, alegadamente, “a gravidez cria laços
biológicos entre a mulher e as crianças, e por isso, cria um papel de género”.
A Ideologia de Género defende a ideia segundo a
qual não existe apenas a mulher e o homem, mas que existem também “outros
géneros”; e que qualquer pessoa pode escolher um desses “outros géneros”, ou
mesmo alguns desses “outros géneros” em simultâneo.
Segundo a socióloga alemã Gabriele Kuby,
“A Ideologia de Género é a mais radical rebelião
contra Deus que é possível: o ser humano não aceita que é criado homem e
mulher, e por isso diz: 'Eu decido! Esta é a minha liberdade!' — contra
a experiência, contra a Natureza, contra a Razão, contra a ciência! É a
perversão final do individualismo: rouba ao ser humano o que lhe resta da sua
identidade, ou seja, o de ser homem ou mulher, depois de se ter perdido a fé, a
família e a nação.
É uma ideologia diabólica: embora toda a gente
tenha uma noção intuitiva de que se trata de uma mentira, a Ideologia de Género
pode capturar o senso-comum e tornar-se em uma ideologia dominante do nosso
tempo.”
Em Dezembro de 2012, o Papa Bento XVI referiu, num
discurso à cúria romana, que o uso do termo “género” pressupõe uma “nova
filosofia da sexualidade”:
“De acordo com esta filosofia, o sexo já não é considerado
um elemento dado pela Natureza e que o ser humano deve aceitar e estabelecer um
sentido pessoal para a sua vida. Em vez disso, o sexo é considerado pela
Ideologia de Género como um papel social escolhido pelo indivíduo, enquanto que
no passado, o sexo era escolhido para nós pela sociedade. A profunda falsidade
desta teoria e a tentativa de uma revolução antropológica que ela contém, são
óbvias.
As pessoas [que promovem a Ideologia de Género]
colocam em causa a ideia segundo a qual têm uma natureza que lhes é dada pela
identidade corporal que serve como um elemento definidor do ser humano. Elas
negam a sua natureza e decidem que não é algo que lhes foi previamente dado,
mas antes que é algo que elas próprias podem construir.
De acordo a ideia bíblica da criação, a essência da
criatura humana é a de ter sido criada homem e mulher. Esta dualidade é um
aspecto essencial do que é o ser humano, como definido por Deus. Esta
dualidade, entendida como algo previamente dado, é o que está a ser agora
colocado em causa.
(…)
Quando a liberdade para sermos criativos se
transforma em uma liberdade para nos criarmos a nós próprios, então é o próprio
Criador que é necessariamente negado e, em última análise, o ser humano é
despojado da sua dignidade enquanto criatura de Deus que tem a Sua imagem no
âmago do seu ser.
(…)
(…)
A Ideologia de Gênero é uma moda muito negativa
para a Humanidade, embora se disfarce com bons sentimentos e em nome de um
alegado progresso, alegados direitos, ou em um alegado humanismo. Por isso, a
Igreja Católica reafirma o seu assentimento em relação à dignidade e à beleza
do casamento como uma expressão da aliança fiel e generosa entre uma mulher e
um homem, e recusa e refuta as filosofias de gênero
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