SENTIMENTO
NÃO REVELADO
Quando algo duro cruel,
Nos acontece, Todos compartilham, O silêncio. É como houvéssemos Feito um acordo, de dor Não partilhada. Ninguém fala, mas sente, Dói, mas não grita, Sofresse dia a dia a vida toda. Sumiu como uma nuvem, fumaça Que parou planta pisada, enterrada, Não mais brotou, Sua voz, seu cheiro, sua alegria, sua verdade,
Acumulada sem diploma,
Pelas idas e vindas, Vivenciadas, como um furacão, Todos participavam, querendo ou não. Brincadeiras, fantasiado, Sorria, gritava, para esconder, As alegrias ou frustrações. Distinguiu-se dos demais, Enxergava como águia, Partiu como um pombo, Atingido por badogue maldito, Que não merece perdão. Da terra saiu, para ela retornou, Numa estrada, sem o respeito, De quem o feriu e matou. A dor sufocou... Cinco numa atitude silenciosa, Sofreram calados, Sem jamais demonstrar suas dores, Em sonhos todos o viam, Chegando mais uma vez, Mas os dias, meses, anos passaram, A porta não abriu, ninguém assobiava, As lembranças não chegaram Só o silêncio sofrido, Enchia o espaço vazio, Que ele deixou. Há um nome gravado, Aqui é morada perpétua, Daquele que só viajou, Ninguém tem a chave, Pois ele levou. Geraldo Dias Machado, Meu pai, nosso pai, marido de uma só Mulher-Dinorah para ele, Dina.
Outubro, 2017.
D.Machado
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VICE CAMPEÃO BRASILEIRO 1945. |
SÃO SALVADOR |
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