Por José
Antônio Nunes Rabelo
Já
ouvimos de tudo por parte de quem levanta bandeira a favor da prática do
aborto. A defesa mais comum é a de que a mulher é dona do seu corpo, tendo o
direito de decidir se continua ou não a gravidez. A sociedade é acusada de
hipócrita e retrógrada ao se posicionar contrária a essa terrível violação da
vida.
Em uma
propriedade particular, os direitos são sagrados a seu proprietário. Porém, a
partir do momento em que essa propriedade é alugada, os direitos de uso e fruto
passam a ser de seu inquilino até sua desocupação.
Dizem que
nos primeiros dias de gestação ainda não há formação de vida no ventre materno.
Não é o que diz a própria vida.
Depois de
plantar a sua lavoura de milho, passados alguns dias, o agricultor percebe que
muitos pés não nasceram. A essas, chama de chocha e diz que não vingaram. O
nascimento das que vingaram só foi possível porque nelas havia vida em seu
estado latente ao aguardo de uma oportunidade para nascer e cumprir a sua função.
O mesmo
acontece com o espermatozoide que, depois de travar uma longa batalha em busca
da vida em um mergulho desesperador com outros da mesma espécie e da mesma
jornada, consegue romper a barreira uterina e do óvulo – formando o ovo que
vira feto – indo se alojar no ventre materno. Nele, busca descanso, proteção e
carinho, deixando os demais para trás, como as sementes chochas e sem vida que
não vingam.
Ao ligar
a TV, ou acessar as redes sociais, podemos nos deparar com notícias deste tipo:
mulher grávida é atingida por bala perdida, ou ainda, criança de dois anos
morre atingida por bala perdida dentro de casa, no colo da avó. Esse tipo de
notícia abala a nossa alma e nos leva a uma profunda dor moral.
Nesses
dois casos houve aborto da vida. A diferença entre os casos citados e o aborto
provocado é que o aborto provocado é feito pela própria mãe, que sabe quem está
abortando.
A mãe que
queira praticar o aborto deveria, antes, fazer a seguinte pergunta: quem está
aí? Sim! Pode ser que a mente a ser formada em seu ventre seja dotada de grande
capacidade e dons tanto no campo da ciência, filosofia e política, para o
desenvolvimento de seu país e do mundo, ou ainda um problemático que lhe dará
muito trabalho e grandes preocupações à sociedade. Não importa qual seja a sua
condição: física, moral e intelectual. O direito de nascer e cumpri a sua
função lhe é outorgado pela própria constituição humana.
Salomão,
rei dos Hebreus, considerado o homem mais sábio do mundo, escreveu no livro dos
Provérbios no Cap.16 vs 4 a seguinte mensagem: O Senhor fez todas as coisas
para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.
Quem é
favorável a essa terrível violação da vida, O ABORTO, é um vingador da sua
própria existência que não se permite amar e ser amado.
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