O CLARO E O ESCURO -
As coisas pequenas falam-me de
uma beleza que não consigo explicar. Fazem-me ver as dimensões maiores. Às
vezes, penso na flor margarida, na diminuta pedra, na água que corre, sacia a
sede, causa tormentas e escorre para um mundo maior. Embriago-me com as gotas
de orvalho, com a neblina, com o Sol que faz adormecer. Mas, sinto-me bem com a
penumbra das tardes e dias chuvosos. Parece-me a gestação para a agonia do
parto das fêmeas. Indicam-me suaves sons para altos acordes beethoveneanos, em
surdez desconhecida diante de talento autoral absorvendo sons universais. Sim,
recordo Ludwig Van Beethoven, 250 anos de nascimento.
A penumbra da tarde traz o início de um novo mundo, mundo íntimo, num recomeço constante. Nesses momentos, foge-me o pensar alto, cedendo lugar ao sentimento para a pequena flor amarela - tantas são suas pétalas, suas várias direções, para os pássaros amontoados nos ninhos – tão diversos, mas insubstituíveis, para a mulher à espera – doce carícia que completa e se faz necessária, para o cão a ladrar, o vento suave, o adro da igreja.
Gosto da noite. Noite alta de silêncio, onde os fatos alcançam sentido exato ou superdimensionado: uns gritos, uma carreira, agigantam-se à noite. A dor, o riso, o choro tornam-se mais dor, mais riso, mais choro. Lembro-me do éter, em dimensão excelsa e noto, em todas as noites, a voz de quem julga fazendo valer.
Em verdade, as luzes transformam o colorido dos homens. A noite tira-lhes a face, desnuda-os, são as personas que surgem sem as máscaras do cotidiano. E ele, o homem, é claro e é escuro, luz e sombra, virtude e pecado. Satisfações e necessidades num entremeado exigindo superação.
O Sol parece em tudo refletir circunstância de realidade para eventuais efeitos, efeitos de vida clara e difusa. Tudo é exposto indicando recomeço e fertilidade. A luz expulsa as trevas da noite. Os caminhos se aclaram e o caminheiro encontra tino e norte. O túnel de sua vida abre-lhe perspectiva de encontro acima e além de circunstâncias quaisquer. Homem e mulher que diferentes se completam, se fazem únicos em abraço reconfortante e caminham.
A penumbra da tarde traz o início de um novo mundo, mundo íntimo, num recomeço constante. Nesses momentos, foge-me o pensar alto, cedendo lugar ao sentimento para a pequena flor amarela - tantas são suas pétalas, suas várias direções, para os pássaros amontoados nos ninhos – tão diversos, mas insubstituíveis, para a mulher à espera – doce carícia que completa e se faz necessária, para o cão a ladrar, o vento suave, o adro da igreja.
Gosto da noite. Noite alta de silêncio, onde os fatos alcançam sentido exato ou superdimensionado: uns gritos, uma carreira, agigantam-se à noite. A dor, o riso, o choro tornam-se mais dor, mais riso, mais choro. Lembro-me do éter, em dimensão excelsa e noto, em todas as noites, a voz de quem julga fazendo valer.
Em verdade, as luzes transformam o colorido dos homens. A noite tira-lhes a face, desnuda-os, são as personas que surgem sem as máscaras do cotidiano. E ele, o homem, é claro e é escuro, luz e sombra, virtude e pecado. Satisfações e necessidades num entremeado exigindo superação.
O Sol parece em tudo refletir circunstância de realidade para eventuais efeitos, efeitos de vida clara e difusa. Tudo é exposto indicando recomeço e fertilidade. A luz expulsa as trevas da noite. Os caminhos se aclaram e o caminheiro encontra tino e norte. O túnel de sua vida abre-lhe perspectiva de encontro acima e além de circunstâncias quaisquer. Homem e mulher que diferentes se completam, se fazem únicos em abraço reconfortante e caminham.
Geraldo Leony Machado
Republicação: Especulação e Análise.
Editoração CEPA – Anos 80 readaptação.
SSA 24.07.2019
Editoração CEPA – Anos 80 readaptação.
SSA 24.07.2019
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