A VELHICE
Os anos passam muito céleres,
Os albores da mocidade
Vão-se, aos poucos, se esvaindo,
Impregnando-se de saudade.
Os sonhos são realizados,
Ou, mesmo em parte, desfeitos,
Ideias levadas à prática,
E muitos planos refeitos.
No belo decurso da vida,
Dão-se variados encontros
Mas somados uns após outros,
Veem-se também desencontros.
A existência é marcada
Por altos e baixos na vida,
Visto que a “trancos e barrancos”,
Vai-se completando a corrida.
E todo o passado se vai,
Levando no bojo as vitórias,
Mas os desenganos também
Formam lembranças e memórias.
A interdição compulsória
Pela idade do caminhante,
Barra o seu livre desempenho
Em dar mais um passo adiante.
A velhice espera de nós
A contagem de muitos fatos
Em que estivermos envolvidos,
E o tempo gasto em tais atos.
Quando o corpo pedir descanso,
Restará a sabedoria,
E o conhecimento também,
Na contagem de cada dia.
Rev. Péricles Evangelista Matos
Sec. Presb. de Apoio à Pessoa Idosa
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