SOCORRO
Sufocada, amordaçada, Luto para me livrar dos açoites Que sofro há anos, sem me queixar... Sempre dou mais do que recebo... Liberal Em todos os estados, também fora daqui... Gritam, mentem, roubam, Destroem o que recebi... Por que tanta raiva? Descontam através da corrupção A ambição mora aqui... Metem às mãos arrancam No meu peito guardo o grito contido Que vive dentro de mim... Há muito espaço para correr A amplidão impede descobrir o ladrão que mora aqui... Estando ao lado já conhece Os muros e estradas para chegar Até mim... Levam do norte ou do sul, seguem o leste e o oeste acabará por destruir... Mas, o pai que é bondoso encheu de fartura esta terra, deu o que muitos não veem... Mas, o ladrão é guloso, incansável, vem e leva insatisfeito manda a ordem para os cúmplices que moram aqui. Sou uma terra que parece um oásis tudo que planta, multiplica e dá... Não é o Sangri Lá, é verdadeira, palpável, com dimensão Continental... Deixou Cabral encantado não só com as farturas, mas com o povo Inocente dando o que não deveriam... Olhos invejosos trouxeram outros, e mais outros, Levando muito daqui... Piratas se multiplicaram... De fora deram crias Nasceram aqui... Sem amor a pátria ganha aqui e levam para lá... Sem declarar e sem embelezar o que Deus criou... Destroem... Não me conhece, vou me apresentar: Sou o Brasil que desconhecem, A pátria que os acolhe... Tratam-me como prostituta Enfeitada, glamorosa, festiva, Elegante, usam e abusam. Sem pagar... Um dia poderão não me encontrar... Yes, queremos bananas, O grafeno e tudo mais, Ficará...
Dionê Leony Machado |
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