AINDA ESCRAVOS
O tempo passa... Dias, meses, anos... Séculos... O ser humano caminha sem visão... Cambaleia, cai tentando erguer-se Mas, volta a cair... Faz parte da índole doente que teima em se arrastar... Levante-se alma dolente, preguiçosa, Indigente que não impõe um grito de guerra, quero, preciso levantar. A escravidão independe da cor, do tipo físico ou se é doutor... A alma doente arrasta-se, dobra a cerviz, tem visão embaçada, voz sufocada pede uns trocados, recebe O desdém daquele que desconhece A dor da mutilação... Ainda escravos... Do estudo, do patriotismo camuflado, da falta de respeito à família, por desconhecer o Criador tão presente em tudo que nos cerca... Somos politeístas. Tudo nos será dado através de mandingas artificiais, provendo o aqui e agora, sem atentar para o fim da estação... Escravos brancos e amarelos, pardos ou negros, índios do norte ou do sul, as algemas podem ser de ouro ou brilhantes, talvez grafeno, Safiras, ametistas, ou um contrato milionário que o prende e liberta daquele objetivo que você desviou... Pode ser também um companheiro (a) que nos leva a descer quando o caminho aponta para subir... Escravidão nos impede de ver o caminho que já vive o estio... Olhamos e nada vemos... Buracos, lama, excesso ou falta d'água, retas ou curvas, desvios... Esta escravidão é interior... Doe ou já está insensível. É um câncer silencioso ou uma metástase dolorosa que devorou sem gemido, mas, matou o que viu O que também não deu pra ver ... São os escravos das modernidades Com brilho artificial. Os políticos, Artistas, escritores programadores, Apresentadores, redatores, professores, internautas, Médicos advogados, juízes, crianças e adultos, presidentes, ministros, A contaminação alastrou-se... Algemas invisíveis ou visíveis alertam um povo alucinado que busca o Ter... Falta construir uma estrada de prata para termos direito a redenção... Que sempre acenou...
Dionê Leony Machado |
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