segunda-feira, 10 de abril de 2023

LUGARES DA BÍBLIA...PETRA

 

 
Lugares da Bíblia - Petra

 
Descoberta oficialmente pela civilização ocidental em 1812, em uma expedição do explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt, Petra, na atual Jordânia, é mundialmente conhecida por ser uma cidade literalmente escavada em penhascos, abrigados do calor do deserto por estarem em uma fenda que possibilitava a habitação. Acredita-se que Petra é a bíblica Selá (ambas as palavras, respectivamente do grego e do hebraico primitivo, significam “pedra”), citada em livros como 2 Reis (14:7) e Isaías (16:1). A visitação turística aumentou bastante após a cidade servir de cenário para o filme “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989), com Harrison Ford e Sean Connery.
Capital dos antigos Nabateus, Petra se localiza em um longo vale abrigado do deserto por rochas areníticas. A cidade só era acessível por um estreito cânion com paredes de até 200 metros de altura, que a manteve escondida do mundo exterior por mais de 600 anos, tida até mesmo como uma localidade lendária. Burckhardt e seus expedicionários descobriram cerca de 800 cavernas escavadas diretamente na rocha, com ecléticos elementos arquitetônicos nabateus, egípcios e mesopotâmicos, além de algumas referências romanas.
Rezava a lenda que o exército do faraó que perseguia os hebreus chefiados por Moisés no Êxodo carregava consigo um tesouro, como era de costume à época. Mas o valioso fardo era pesado e continha o avanço das tropas. O faraó teria ordenado, então, que os bens preciosos fossem depositados em uma fenda intransponível. O exército egípcio teria achado o templo principal de Petra entre as rochas e ali depositado o tesouro, sinalizando-o com uma escultura acima do portal principal, recheada de ouro puro. A lenda fez com que, nos séculos 19 e 20, beduínos atraídos pela história dessem tiros com suas carabinas na citada escultura para ver se havia ouro em seu interior. A peça até hoje tem as marcas das balas. Por causa da lenda, o prédio principal é chamado de Tesouro do Faraó, ou simplesmente O Tesouro. Algumas das torres dos templos chegam à altura de um edifício moderno de 20 andares.
Os povos beduínos acreditam que Aarão, irmão de Moisés, foi enterrado em uma das tumbas de Petra. Acreditam até mesmo que o vale foi aberto pelo próprio Moisés quando ele tocou uma rocha com seu cajado, fazendo dela brotar água (não à toa, a região também é conhecida como o Vale de Moisés, nas Montanhas Edomitas, ao sul do Mar Morto). Os antigos petrenses desenvolveram um longo aqueduto que acompanha as paredes do cânion que dá acesso à cidade por cerca de 2 quilômetros, à altura da cintura de um adulto. Sempre à sombra, a água de nascentes chegava fresca à cidade, armazenada em uma cisterna central com um tamanho comparável ao de uma atual piscina olímpica, sempre abastecida. Estudiosos afirmam que a população local era de cerca de 20 mil pessoas.
A cidade ficava à beira da rota comercial dos nabateus, que transportavam seda e especiarias do Egito, Índia Síria e outras regiões, incorporando aos poucos, por isso, elementos internacionais à cidade no concernente à tecnologia, arte e arquitetura. Acreditava-se que o idioma predominante era o aramaico, mas arqueólogos descobriram, em 2002, documentos escritos em grego e até mesmo em latim.
Patrimônio da Humanidade
Petra foi atingida por um forte terremoto no ano 363 e parte dela foi destruída. Depois disso, foi abandonada por seu povo, temente de novos tremores, e nunca mais foi reconstruída. Outra especulação dos estudiosos é a de que os abalos também impossibilitaram a chegada da água ao local. Parte das bem elaboradas esculturas de edificações e estátuas também foram destruídas pela ação do tempo (como os fortes ventos e tempestades de areia que ainda “comem” a pedra, com forte erosão).
Devolvida aos mapas por Burckhardt, Petra deixou de ser lenda e voltou à realidade. Em 1985, foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio da Humanidade, sendo uma das mais espetaculares cidades da Antiguidade ainda remanescentes. Em 2004, o governo da Jordânia contratou uma prestigiada empresa inglesa de engenharia para construir uma moderna rodovia para levar estudiosos e turistas à cidade, que fica a cerca de 260 quilômetros da capital do país, Amã. Em 2007, Petra foi eleita uma das novas Sete Maravilhas do Mundo.
O filme de Steven Spielberg e George Lucas  impulsionou bastante o turismo, o que o governo jordaniano não achou nada ruim. Tanto na ficção como na realidade, nem mesmo os exploradores Indiana Jones e Johann Burckhardt tiveram a exata ideia do valor do tesouro cultural que devolveram ao mundo.
Considerada uma das propriedades mais preciosas da humanidade, Petra é mencionada duas vezes na Bíblia.
As tradições locais bíblicas e orais afirmam que Moisés atravessou a Jordânia desde o Mar Vermelho, no sul, até o norte, no Monte Nebo, enquanto vagava pela Terra Santa. Na verdade, toda a Jordânia está repleta de referências antigas a Moisés e seu irmão, Aarão. Tomemos, por exemplo, o nome da cidade mais próxima da antiga Petra – Wadi Musa, o “Vale de Moisés”.  
Wadi Musa é o centro administrativo do Departamento de Petra e, segundo a tradição, o local do enterro do irmão de Moisés. Sua tumba, afirmam os guias locais, pode ser encontrada nas proximidades, em um penhasco ao redor do Monte Hor chamado Jabal Harun.
A cidade também fica a poucos quilômetros do local que a tradição identificou como o poço de Moisés – o local onde Moisés extraiu água da rocha. Desta mesma fonte os nabateus drenavam água, através de um aqueduto de barro que ainda existe, em todo o caminho para Petra.
Petra é uma das Sete Maravilhas do Mundo.
Patrimônio da humanidade.
O que a UNESCO declarou sobre Petra (ou seja, que é “uma das propriedades culturais mais preciosas do patrimônio cultural da humanidade”) não é um exagero de forma alguma.
Originalmente conhecida por seus habitantes como Raqmu, Petra é uma das maravilhas arqueológicas mais famosas do mundo antigo e lar de beduínos que viveram em cavernas esculpidas no arenito. Na verdade, sabe-se que Petra tem sido habitada quase ininterruptamente desde o ano 7000 a.C..
Petra está localizada perto da montanha de Jabal Al-Madbah, a montanha do altar. Esta montanha foi identificada (um tanto controversamente) por alguns estudiosos da Bíblia (ou seja, Ditlef Nielsen e Arthur Samuel Peake) como o Monte Sinai bíblico. Embora essas afirmações tenham sido rejeitadas pelos estudos bíblicos contemporâneos, a própria Petra é, de fato, mencionada na Bíblia duas vezes. Na verdade, as Escrituras explicam que a cidade ficava na terra dos edomitas, descendentes de Esaú, filho de Isaac.
Localizada a cerca de 250 km ao sul da capital da Jordânia, Amã, Petra fica a meio caminho entre o Golfo de Aqaba e o Mar Morto, a uma altitude entre 800 e 1396 metro acima do nível do mar. É acessível apenas a pé ou a cavalo, depois de passar por um longo e sinuoso desfiladeiro de arenito – o lendário Siq.
Ambos os nomes, Petra e Selá, significam “rocha”, obviamente referindo-se ao fato de que a maior parte desta cidade surpreendente é esculpida em penhascos de arenito.
Petra caiu nas mãos dos romanos, que anexaram Nabataea e a renomearam como Arabia Petraea, dando-lhe o nome pelo qual a cidade é conhecida hoje.
Jeffrey Bruno | JTB | Aleteia
Descobertas arqueológicas
Arqueólogos descobriram evidências da presença nabateia em Petra que datam do século II a.C. A essa altura, Petra já era a capital adequada do Reino Nabateano e um dos centros comerciais mais importantes nas rotas regionais de comércio de incenso. Objetos e fragmentos desenterrados provam que Petra já recebeu comerciantes de lugares tão distantes quanto o Afeganistão.
Foi esta atividade comercial que rendeu aos nabateus o tipo de receita que lhes permitiu transformar Petra, no século I, na magnífica cidade que ainda é. Foi então que a famosa estrutura Al-Khazneh, que se acredita ser o mausoléu do rei nabateu Aretas IV, foi construída.
Embora o reino nabateu tenha se tornado um estado do Império Romano no século I a.C., foi apenas em 106 d.C. que perdeu sua independência. Petra caiu nas mãos dos romanos, que anexaram Nabataea e a renomearam como Arabia Petraea, dando-lhe o nome pelo qual a cidade é conhecida hoje, Petra.
Com o surgimento das rotas comerciais marítimas, sua importância diminuiu, embora na era bizantina várias igrejas cristãs tenham sido construídas. A maioria dos seus vestígios ainda pode ser visitada, e até mesmo alguns castelos da época dos cruzados ainda estão de pé nas falésias vizinhas. De fato, foi em uma dessas igrejas, a famosa Igreja Bizantina de Petra, construída no século II, onde mais de 150 papiros foram encontrados. Embora a própria igreja tenha sido consumida por um incêndio no século VII, suas ruínas ainda são impressionantes...
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Deus tem seus segredos...Decifrá-los é tarefado homem

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REFLEXÃO...02

  https://youtu.be/QajuIU2BdAg?si=AwAGj7sJilYRXAlc //Cinderela...   https://youtu.be/CIJxJyj7X8M?si=iNTXZ3PHKo4ddx5l //Obras da Carne