Eis abaixo o texto completo:
“É com profunda admiração, alegria e um imenso orgulho que
recebo a notícia da candidatura do meu irmão, Flávio Bolsonaro”.
Há momentos na história em que a coragem deixa de ser uma
virtude abstrata e se torna uma necessidade urgente e este é um desses momentos.
Enfrentar o atual regime de exceção exige uma força de espírito que poucos têm.
Meu irmão poderia, com toda justiça, escolher o caminho mais simples: viver sua
vida em paz, longe dos ataques, das injustiças e dos perigos de enfrentar
aqueles que esmagam cidadãos comuns e inocentes em nosso país.
Mas ele não o fez.
E não o fez porque aprendeu, com o exemplo vivo do nosso
pai, que a dignidade cobra um preço e que fugir da responsabilidade é negar
aquilo que somos chamados a fazer. Ele aceitou esse desafio gigantesco mesmo
sabendo o tamanho das dores que isso traria. E talvez resida aí um dos grandes
paradoxos cristãos: o poder deve ser entregue justamente a quem não o deseja; a
liderança pertence àqueles que entendem que liderar é sacrificar-se, não privilegiar-se.
Todos sabemos que o povo desejava nosso pai como candidato.
Essa era a vontade popular. Mas a tirania que avança sobre nossa nação arrancou
essa escolha das mãos da população. Julgaram que assim nos calariam. Julgaram
que nos quebrariam. Que desistiríamos.
Mas não entenderam com quem estavam lidando.
Meu irmão erguerá a bandeira dos ideais do nosso pai. Ele
será o rosto da esperança em meio ao medo; da liberdade em meio à opressão.
Representará todos aqueles que se recusam a se ajoelhar diante da tirania.
E não escondo a verdade: estamos à beira do precipício. Os
inimigos da liberdade estão a um passo de consolidar o regime que desejam. Este
é o instante decisivo — o momento em que a história exige de nós postura, união
e coragem. Por isso, faço um apelo a todos que amam a liberdade e os valores
que moldaram nossa civilização: deixemos nossas diferenças para trás. Não é
hora de disputas menores. É hora de proteger aquilo que nenhum povo pode
perder.
Nenhum interesse pessoal pode se sobrepor ao destino de uma
nação.
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