quinta-feira, 25 de junho de 2015

A VIDA





A VIDA




Pergunto ao autor da vida,
Por que fui escolhido?
Milhões foram descartados,
Óvulos não foram germinados.
Nasci.
Sem manual,
Sem etiqueta,
Sem recibo,
Sem direito à troca.
Nem com o tempo de duração.
Tantas perguntas, questionamentos,
Sem respostas.
Todos dão opinião,
Dizem sim ou não,
Mas não assumem,
Quando tudo que foi idealizado,
Não é alcançado.
Você será culpado,
Sem ser perguntado, ou estimulado,
Criticado,  cede ao seu refugio, local ou mental,
Pois não correspondeu ao desejado.
Coitado, não é tão inteligente,
Não escolheu  como os demais,
Teríamos que ser bitolados,
E as consequências, só nós recebemos,
E os escárnios continuam.
Fugir do padrão,  é aceitar as criticas,
Seguir, é viver sem oxigênio natural,
Mas entubado.
Até extinguir o desejo, e desse mundo correr,
Vegetais arrancados, murcharão,
Ou voltarão para o chão.  Esmagados, como adubo.
Sem vida. Mesmo comidos, terão o mesmo destino.Morrer.

A todas as pessoas, que não fizeram o que gostariam de fazer, mas aceitaram  a colocação de antolhos, rédeas,
E chicotes invisíveis, mas sofridos.
Numa caminhada difícil,  numa estrada esburacada,
E assaltantes sem máscaras,  sorrindo, e fingindo serem amigos,
O que você conseguiu nesta curta existência, somar,
Poupar, mesmo contra a uma  corrupção generalizada,
De valores morais, intelectuais, sentimentais, e financeiros
Numa guerra surda e falsa, prosseguimos.
Independente da religião. Há  Judas em todas.
Não um, mas a maioria.
Dedicado em especial a pessoas que moram em meu coração. E a quem escreveu.
Junho de 2015.
Dionê.

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