sábado, 30 de setembro de 2023

REFLEXÃO ...03

 

 

https://portalnovonorte.com.br/noticia/52163/escandalo-na-saude-governo-lula-compra-r-87-mi-em-medicamentos-sem-licitacao-e-nao-recebe-produtos

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Olha que legal este texto!!! 🥰

 

Antigamente se ensinava e cobrava:

Tabuada,

Caligrafia,

Redação.

 

Havia aulas de

Educação Física,

Moral e Cívica,

Práticas Agrícolas,

Práticas Industriais.

 

Leiam o relato de uma

Professora de Matemática...

 

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80.

Dei à balconista

R$ 20,00

e peguei na minha bolsa

80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas.

A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.

Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.

 

Por que estou contando isso? Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

 

1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por

R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?

 

2. Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por

R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou

R$ 80,00. Qual é o lucro?

 

3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por

R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?

 

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por

R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:

( )R$ 20,00

( )R$ 40,00

( )R$ 60,00

( )R$ 80,00

( )R$ 100,00

 

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por

R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00. Está certo?

( )SIM

( ) NÃO

 

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por

R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00

( )R$ 40,00

( )R$ 60,00

( )R$ 80,00

( )R$ 100,00

 

7. Em 2015....:

Um lenhador vende um carro de lenha por

R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.

(Ou marque qualquer coisa, já que não posso te reprovar mesmo)

( )R$ 20,00

( )R$ 40,00

( )R$ 60,00

( )R$ 80,00

( )R$ 100,00

 

(...)

 

E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora "provocou traumas" na criança. 🤦🏻

 

Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que se 'pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?" 👏🏻👏🏻👏🏻

 

Passe adiante, se você acha viável. 🙏🏻 Precisamos começar JÁ! Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados,  dependentes químicos e cheios de cultura de homens/mulheres que não entendem nada da vida e pior, não sabem nem se são homens ou mulheres!💪🏼

 

REFLEXÃO 02

 

Vejam o que o Aposentado escreveu hoje no Jornal Diário de São Paulo SOBRE O INSS.

 

O Aposentado que vive com 1350,00 reias por mês, em Carta publicada no Jornal Diário de São Paulo.

 

Hoje, vendo pessoas morrendo em filas de Hospitais, bandidos matando por R$ 10,00 e pessoas andando feito zumbis nas ruas por causa das drogas, adolescentes que não sabem quanto é 6 x 8, meninas de 14 anos parindo filhos sem pais, toda a classe política desse país esfregando a bandalheira na nossa cara e desfilando uma incompetência absurda, o nosso país sendo ridicularizado por tantos escândalos...

 

Eu peço perdão ao Brasil pela porcaria que fiz...

 

Deveria ter ficado em casa quieto ao invés de ir às ruas. Lutei pra que? Pra ver corrupto no poder fazendo manobras pra se manter no poder e por quê agora estamos quietos?  Cade você nas ruas? Esqueçam cor de bandeiras. Vamos nos unir e lutar por um só motivo: nossos direitos.

SOMOS mais de trinta milhões de aposentados!

Não podemos admitir:

Policial R$ 3.660,00 para arriscar a vida;

Bombeiro R$ 3.960,00 para salvar vidas;

Professor R$ 2.200,00 para preparar para a vida;

Médico R$ 9.260,00 para manter a vida;

E o Deputado Federal?

💰R$ 26.700,00 (Salário)

R$ 94.300,00 (Verba de Gabinete)

R$ 53.400,00 (Auxílio Paletó)

R$ 5.000,00 (Combustível)

R$ 22.000,00 (Auxílio Moradia)

R$ 59.000,00 (Passagens Aéreas)

R$ 17.997,00 (Auxílio Saúde)

R$ 12.100,00 (Auxílio Educação)

R$ 16.400,00 (Auxílio Restaurante)

R$ 13.400,00 (Auxílio Cultural)

Auxílio Dentista

Auxílio Farmácia

E outros, para LASCAR as nossas vidas!

E o trabalhador R$ 937,00 para sustentar a família.

Será que o problema do Brasil são os trabalhadores? Os aposentados?

 

Publique!!!😡

 

Se você repassar para somente 2 amigos nas primeiras horas, em 28 horas toda a população brasileira vai tomar conhecimento deste ABSURDO.

 

REFLEXÃO... 01

 

https://m.facebook.com/VouComLeandro/videos/meu-deus-n%C3%A3o-%C3%A9-poss%C3%ADvel-como-podem-brincar-com-tanto-sofrimento-injustamente-cau/340059631833711/

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A ignorância com diploma universitário é pior do que a do homem simples. Especialmente naqueles alçados a cargos de poder.

 

Costuma vir acompanhada de arrogância, falta de autocrítica, além de conduta, sem base na realidade, de pretensa superioridade.

Quanto mal destila!

 

Em tempos de TransNacional Socialismo, de ativismo desenfreado, sem quaisquer limites ou controles efetivos, não existem mais na prática óbices como garantias constitucionais e legais.

 

Todas cedem ante “fórmulas mágicas”, expressões vazias de conteúdo real que prestam-se a “justificar” o injustificável, a pretexto de que a situação seria excepcional e daí a “necessidade” das medidas totalitárias e de absoluto desprezo por direitos humanos fundamentais.

 

https://gettr.com/post/p27idyr87c3

MARIA... 6a.Parte

 

MARIA //QUESTIONAMENTOS...

1 Seria a 4a. pessoa da trindade criadora?

2 Esposa do Espírito Santo?

Foi bígama?

3 Era descendente de Eva pecadora.

4 Virgindade pode ser restaurada num processo normal. Raríssimo... Mas, ocorre...

5 Ira ressuscitar ou já ressuscitou?

Foge ao princípio bíblico...

6 José fez voto de celibato?

7 No Magnificat diz: Meu Salvador. Reconhece a primazia do filho...

8 José uniu-se a Maria para que?  Noivo quer esposa e filhos.

Normal na sociedade judaica...

9 Simeão profetizou...Maria desconhecia o fim de Jesus.

10 Os irmãos de Jesus nada fez para atenuar a situação. Esconderam-se...?

11 Ninguém viu o arrebatamento de Maria. Não consta na Bíblia.

Existe o de Elias, o de Enoque...

O desaparecimento do corpo de Moisés. Etc... Apóstolos ainda vivos.

12 Os pais de Maria eram pessoas normais. Casados. Talvez, com outros filhos. Comum na época.

13 Os pais de Maria pessoas pecadoras como todos após o pecado  de Adão e Eva...

14 Deus trouxe através de Maria (Nova Eva) a redenção na pessoa de Jesus...

15 O verbo era Deus e se fez carne (Jesus) .

16 Esse Verbo é o próprio Jesus.

E o Evangelho de João não é o único livro que aponta para a existência eterna de Jesus.

No livro de Apocalipse ele é o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8) Antes da encarnação...

Para o profeta Isaías ele é o “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6)

Paulo diz na carta à igreja de Filipos que Jesus é Deus (logo, eterno) que se esvaziou e assumiu a forma de homem (Fp 2:5-11)

Em outra carta, aos romanos, Paulo escreve que “dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas” (Rm 11:36)

Na carta aos colossenses, Paulo diz que “nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra…” (Cl 1:16)

E o próprio Cristo alega a sua eternidade ao afirmar que “antes que Abraão existisse, EU SOU (nome usado por Deus ao se apresentar para Moisés)” (Jo 8:58)

A partir desses poucos versículos podemos ver como é consenso entre os autores Bíblicos que Jesus Cristo é Eterno, ele é Deus e, portanto nunca foi criado. ELE É!

17 Se Maria não fosse virgem haveria dúvidas para José esposo...

18 Arrebatamento de Maria não é registrado na Bíblia.

19 Nem ressuscitamento...

20 Maria e José já estavam casados pelos costumes judeus.

Assinado o Ketubah não podia desfazer. Dote pago ...

21Pela tradição judaica a mulher submetia-se ao homem  e tinha vários filhos. Era honrada.

 Os casamentos eram comuns com homens mais velhos e com condições de manter a família.

22 Desposada significa noiva. É um costume similar ao noivado, porém há diferenças essenciais, pois é um noivado em um nível muito mais sério. Desposada vem da palavra hebraica erusah (אֲרוּסָה), e um casal se tornava noivos, na cultura Judaica da época do nascimento de Jesus, cerca de um ano antes de se casar.

 

O noivo teria esse tempo para construir, ou comprar uma casa par sua noiva. Um casal não podia terminar o seu noivado por qualquer motivo. Para isso, teriam que se divorciar formalmente, e uma mulher que o noivo morresse, seria considerado como uma viúva.

 

NOIVADO DE MARIA E JOSE

 

A seguir, deparamo-nos outra vez com a narração de coisas maravilhosas, expostas agora por Mateus (Mt 1.18-25), que usou de uma simplicidade inimitável.

Quando, depois da Anunciação, Maria deixou Nazaré para visitar sua prima, ela não era mais do que noiva de José. O noivado havia sido firmado conforme os costumes da época.

 

Reunidos na casa dos pais de Maria e rodeados de convidados escolhidos entre os amigos e vizinhos de ambas as famílias, que deveriam servir de testemunhas, os noivos haviam trocado promessas. "Eis que tu és minha prometida", havia dito José a Maria, deslizando em sua mão uma moeda que servia de sinal de validação do compromisso entre os dois. E Maria, por sua vez, havia dito a Ele: "Eis que tu és meu prometido".

 

Com frequência, fazia-se também o compromisso por escrito. Costumava-se estipular por sinal ou dote uma quantia em dinheiro, que ficaria em propriedade da noiva, caso o noivo se recusasse depois a cumprir sua promessa. Essa moeda de que já temos falado, entre os ricos era moeda de ouro, mas entre os de menos recursos financeiros era uma moeda de cobre, que também consideravam como garantia suficiente.

Outra soma, designada em hebraico com o nome de mohar (preço de compra), era estipulada antecipadamente entre o jovem e o seu futuro sogro, conforme o uso oriental (que ainda é considerado entre os árabes), para aquisição da noiva e compensação dos serviços que ela prestava em sua família. Mas o mohar não constituía dívida até o momento do casamento, e este só costumava ser celebrado alguns meses mais tarde, e às vezes após passar um ano inteiro depois da cerimônia de noivado.

 

Para melhor entendermos a narrativa bíblica, importa acrescentar que, segundo a legislação judaica, os noivados uniam os prometidos com um laço muito mais estreito do que o que conhecemos. O compromisso que surgia deste ato era quase tão estrito e obrigatório como o próprio casamento; de tal maneira que, para rompê-lo, necessitava-se ordinariamente de um julgamento oficial ao que se exigia para pronunciar o divórcio.

Antes das núpcias, aos noivos dava-se antecipadamente o nome de marido e mulher, como faz Mateus no relato que estamos estudando (Mt 1.19,20,24). E sua responsabilidade jurídica não era diferente da responsabilidade dos casados, pois uma jovem noiva que se deixasse seduzir por outro era condenada pela lei mosaica com tanta severidade como a esposa infiel [ou seja, era apedrejada até a morte] (Dt 22.23-27).

A COMPLEXA E ATRIBULADA SITUAÇÃO DE JOSÉ

Três meses transcorridos desde a encarnação do Verbo, a gravidez de Maria não tardou em tornar-se visível por sinais exteriores. Mateus, ao anunciar a seus leitores este fato, como se não pudesse tolerar nem por um momento se formasse na mente deles suspeita desfavorável com relação a Maria, lembra, solícito, que esta havia concebido do Espírito Santo, conforme a mensagem do anjo Gabriel. Mas José ignorava ainda tal mistério, e, assim que percebeu o estado de sua prometida, viu-se na mais perplexa e dolorosa situação.

Ele era verdadeiramente um homem justo, conforme observou o escritor sagrado, ou seja, era rigoroso observador da lei divina, que era continuamente sua norma de conduta. Mas será que um justo poderia tomar por esposa uma jovem que, segundo as aparências, parecia ter cometido um ato de grande culpa? Teria ele direito de introduzir na família de Davi, da qual era representante, um filho ilegítimo?

 

O evangelista Mateus nos permite lançar um discreto e compassivo olhar sobre as angústias íntimas de José, sobre o terrível conflito que se achava na alma reta e delicada dele antes de resolver tomar uma atitude definitiva.

 

Que vaivém de amargas reflexões e de projetos deve ter conturbado a vida de José naqueles dias! Ele conhecia as virtudes de Maria, a pureza de sua alma e de sua vida, mas os fatos pareciam falar abertamente contra ela. E se Maria tivesse sido vítima de um ultraje, de uma violência, por que não tinha lhe contado antes?

UMA DECISÃO DE HONRA QUE DIGNIFICOU A MEMÓRIA DO NOIVO DE MARIA

Após ter refletido demoradamente sobre aquele seríssimo caso, depois de ter ponderado os pós e os contras, sem queixar-se nem partir para violentas reprovações, José tomou a decisão que honraria o seu espírito de justiça e salvaria sua dignidade. Dois modos havia para ele romper o relacionamento com sua noiva: um rigoroso, o outro, mais suave.

José poderia apresentá-la perante os tribunais para obter a ruptura legal de sua união e um documento oficial que o isentasse de qualquer culpa; mas para isto teria sido preciso divulgar a falta daquela a quem ele amava e estimava, cobrindo-a de vergonha perante toda a cidade. Ou poderia repudiá-la sem nenhum procedimento oficial, rompendo secretamente com ela (Mt 5.31-32; 19.3,7,9; Mc 10.2,4,11-12; Lc 16.18).

 

Quanto tempo teria durado todo aquele conflito, toda aquela perplexidade na alma de José? Não é fácil sabê-lo. Mas eis que a Providência divina desatou o nó trágico que ela mesma mesma havia formado. Um anjo (provavelmente o próprio Gabriel) apareceu em sonho ao noivo de Maria e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt 1.20,21).

PALAVRAS QUE TRANQUILIZARAM O CORAÇÃO DE JOSÉ

Aquelas poucas palavras continham tudo o que era necessário para tranquilizar o coração de José. Ao citar o título de Filho de Davi, menção à casa de José, o ser celestial informava a José que sua mensagem não só lhe interessava pessoalmente, mas também ao destino de sua ilustre família.

Maria não o havia traído. José deveria, pois, retirar do seu pensamento todo temor, toda inquietude com relação ao seu pacto, e o mais rápido possível aceitá-la como esposa.

A linguagem do anjo tinha grandíssima semelhança com aquela que ele havia empregado para anunciar a Maria sua gravidez sobrenatural: O Espírito Santo era quem geraria em seu ventre virginal a criança que dela haveria de nascer e que, na sua condição de Messias, haveria de libertar os judeus de seus pecados.

Os judeus muito tempo atrás haviam sido designados como o povo especial. (Deus enviaria primeiro o Messias em favor de Israel, como vemos em Mateus 10.5-6; 15.24; João 4.22; Romanos 1.16.) Reconciliando os israelitas com Deus, o Messias manifestaria plenamente o significado do seu formoso nome, uma vez que Jesus significa Salvador.

 

De novo, temos aqui a ideia messiânica em toda a sua pureza. Várias passagens das antigas profecias haviam insistido sobre este fato: que uma das principais funções de Cristo consistiria em apagar os pegados de Israel e que em Seu reinado a justiça e a santidade divinas resplandeceriam com brilho maravilhoso (Is 9.7; 11.1-5; 53.4-6;5.4; Jr 31.31,32; Ez 36.22-26; Dn 9.13; Mq 7.18; Sf 3.13).

CUMPRIMENTO DAS PALAVRAS DO SENHOR

Às confortadoras palavras do anjo, Mateus adicionou uma dessas reflexões a que ele é tão inclinado e que encerram, por assim dizer, a filosofia da história de Jesus, para fazer as pessoas verem as estreitas relações que existem entre essa história e as profecias do Antigo Testamento: Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL.. (Mt 1.23,24). Após a explicação angelical, José já poderia ficar tranquilo e casar-se com sua noiva; ela não tinha mancha alguma, e o filho que dela ia nascer era a própria Santidade em pessoa.

Modelo admirável de obediência e de fé, em circunstâncias sumamente delicadas e difíceis, José se submeteu à orientação divina sem a menor vacilação. Combinou com Maria para apressarem a celebração do casamento. No dia fixado, ao anoitecer, ele foi, acompanhado de seus amigos, buscá-la na casa de seus pais, a fim de conduzi-la, em meio a grande cortejo, vestida com suas mais belas roupas, coroada de mirto e rodeada de suas melhores amigas, à sua própria morada, à luz de lâmpadas e tochas, ao som alegre de flautas e tamborins.

 

Conforme já dissemos, essa introdução solene da noiva no seu novo lar, do qual ela seria agora a rainha e o principal "ornamento", era a cerimônia principal e oficial do casamento entre os israelitas (Dt 20.7). Mas, como Maria e José eram pobres, tudo foi realizado com simplicidade e modéstia. Em contrapartida, o Deus que havia abençoado a união de Abraão e Sara, de Isaque e Rebeca, de Jacó com Lia e Raquel, foi invocado com sentimentos de ardentíssimo fervor por esses novos esposos, que levavam ao lar dos dois um tesouro de virtudes e méritos, pois a eles foi confiado o Verbo de Deus humanizado que em breve nasceria.

Por que o Senhor preferiu para a mãe do Messias uma jovem noiva, uma mulher já ligada com promessa de casamento? Um teólogo francês respondeu a esta pergunta com a seguinte proposição:

Jose  O Pai adotivo

Conforme o plano divino, o Verbo feito carne haveria de nascer de uma virgem. Mas este grande milagre não deveria estar exposto às discussões dos homens. Os justos o creriam por ser a palavra de Deus profetizada e por ter sido testemunhado por um discretíssimo confidente; entretanto, para os incrédulos, esse mistério permaneceria oculto. Deveria continuar também oculto para os demônios, conforme uma tradição antiga.

Além do mais, era preciso que a virgem escolhida por Deus tivesse neste mundo a ajuda do alguém que a sustentasse e cuidasse dela e do seu filho. Era conveniente que a jovem mãe tivesse ao seu lado um protetor durante os dias do nascimento do Messias, que haveriam de ser dias de prova, de pobreza e até de fuga para um país distante.

Era conveniente também que a criança encontrasse perto de seu berço alguém que em nome de Deus, único Pai do céu, representasse o papel de pai terrestre, cuidando dele, trabalhando para alimentá-lo e iniciando-o depois naquela vida laboriosa que durante longos anos ele haveria de levar. Era, pois, o casamento o véu sob o qual se cumpririam todos esses mistérios. Nesta união muito real, os dois esposos se deram verdadeiramente um ao outro, mas como se dariam jóias já consagradas a Deus, que são depositadas em mãos seguras, para serem guardadas com soberano respeito.

Mateus concluiu o seu relato daquele celestial enlace com uma reflexão que não surpreenderá nenhuma alma crente: José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS[Yeshua] (Mt 1.24,25).

Maria provavelmente teve outros filhos além de Jesus, dizem historiadores

Evangelhos mencionam quatro irmãos e ao menos duas irmãs de Cristo.

Interpretação de que eles seriam só primos prevaleceu no Ocidente.

A lista "Tiago, José, Judas e Simão" lhe diz alguma coisa? Uma dica: não são nomes de apóstolos. Na verdade, de acordo com o Evangelho de Marcos, estes seriam os irmãos de Jesus, que são citados ao lado de pelo menos duas irmãs de Cristo (cujos nomes não aparecem). Os católicos e ortodoxos normalmente interpretam o trecho como uma referência a primos ou parentes mais distantes do mestre de Nazaré, mas o mais provável é que essa visão seja incorreta.

É claro que, sem nenhum acesso a registros familiares contemporâneos ou evidências arqueológicas diretas, a conclusão só pode envolver probabilidades, e não certezas. "Se a busca do 'Jesus histórico' já é difícil, a pesquisa dos 'parentes históricos de Jesus' é quase impossível", escreve o padre e historiador americano John P. Meier no primeiro volume de "Um Judeu Marginal", série de livros (ainda não terminada) sobre Jesus como figura histórica.

 

Meier explica que, ao longo da tradição cristã, teólogos e comentaristas do texto bíblico se dividiram basicamente entre duas posições, batizadas com expressões em latim. A primeira é a chamada "virginitas ante partum" (virgindade antes do parto), segundo o qual Maria permaneceu virgem até o nascimento de Jesus, tendo filhos biológicos com seu marido José mais tarde. A segunda,  "virginitas post partum" (virgindade após o parto), postula que Maria não teve outros filhos e até que seu estado de virgem teria sido milagrosamente restaurado após o único parto.

Nazaré, e não Belém, é local mais provável do nascimento de Jesus

A "virginitas post partum" foi, durante muito tempo, a posição defendida por quase todos os cristãos, diz o historiador -- até pelos protestantes, que hoje não se apegam a esse dogma. "Um fato surpreendente, e que muitos católicos e protestantes hoje em dia desconhecem, é que as grandes figuras da Reforma, como Martinho Lutero e Calvino, defendiam a virgindade perpétua de Maria", escreve ele. Já especialistas católicos modernos, como o alemão Rudolf Pesch, defendem que Maria provavelmente teve outros filhos sem que isso tenha levado a reprimendas diretas do Vaticano.

Diante das menções claras aos "irmãos e irmãs de Jesus" nos Evangelhos (que inclusive se mostram contrários à pregação dele, chegando mesmo a considerá-lo louco), como a interpretação da "virginitas post partum" prevaleceu?

 

"Houve três formas de interpretar esses textos", afirma o americano Thomas Sheehan, estudioso do cristianismo primitivo e professor da Universidade Stanford. "Além de considerar essas pessoas como irmãos biológicos de Jesus, sabemos da posição de Epifânio, bispo do século IV para quem os irmãos eram de um casamento anterior de José. Mas a opinião que prevaleceu foi a de Jerônimo, que era um excelente filólogo [especialista no estudo comparativo de idiomas] e viveu na mesma época. Jerônimo dizia que a palavra grega 'adelphos', que nós traduzimos como 'irmão', era só uma versão de um termo aramaico que pode ter um significado mais amplo e que pode querer dizer, por exemplo, primo."

 

 Jerônimo tinha razão num ponto: quando o Antigo Testamento foi traduzido do hebraico para o grego, a palavra "adelphos" realmente foi usada para representar o termo genérico "irmão" (empregado para parentes mais distantes no original). De fato, o hebraico, bem como o aramaico (língua falada pelos judeus do tempo de Jesus na terra de Israel), não tem uma palavra para "primo". O problema é que há um único caso comprovado de que a palavra hebraica "irmão" tenha tido o significado real de "primo". Essa única ocorrência está no Primeiro Livro das Crônicas -- e mesmo assim o contexto deixa claro que as pessoas em questão não são irmãs, mas primas.

 

No entanto, o caso do Novo Testamento é diferente, argumenta Meier: não se trata de "grego de tradução", mas de textos originalmente escritos em grego, nos quais não havia motivo para usar um termo que poderia gerar confusão. O próprio Paulo, autor de várias cartas do Novo Testamento, chama Tiago, chefe da comunidade cristã de Jerusalém após a morte de Jesus, de "irmão do Senhor", ao escrever para fiéis de origem não-judaica (ou seja, que não sabiam hebraico ou aramaico). De quebra, a Carta aos Colossenses, atribuída a Paulo, usa até o termo grego "anepsios", que quer dizer "primo" de forma precisa.

 

Reforçando esse argumento, o escritor judeu Flávio Josefo, ao relatar em grego a morte de Tiago, também o chama de "irmão de Jesus". E o contexto dos Evangelhos reforça a impressão de que se tratam de irmãos de sangue, argumenta Meier. Os irmãos e a mãe de Jesus são sempre citados em conjunto. Quando Maria e os parentes de Jesus tentam interromper uma pregação, ele chega a pronunciar a polêmica frase "Qualquer um que fizer a vontade do meu Pai celestial é meu irmão, minha irmã e minha mãe". Para Meier, a frase perderia muito de sua força se o significado real dela se referisse a "meu primo, minha prima e minha mãe".

 

Para Geza Vermes, professor de estudos judaicos da Universidade de Oxford (Reino Unido), as próprias narrativas sobre o nascimento de Jesus dão apoio a tese de que Maria e José tiveram outros filhos mais tarde. No Evangelho de Mateus, afirma-se que José não "conheceu" (eufemismo para ter relações sexuais com alguém) sua mulher até que Jesus nascesse. Ainda de acordo com Vermes, em seu livro "Natividade", é importante notar o uso do verbo grego "synerchesthai", ou "coabitar", para falar da relação entre José e Maria. O verbo, quando empregado pelos autores do Novo Testamento, implica sempre relações sexuais entre homem e mulher, diz ele.

MARIA... 5a.Parte

 

Lutero e Calvino diante de Maria, mãe de Deus?

 

Martinho Lutero e João Calvino são, sem dúvida, os maiores expoentes da reforma protestante, gerando dois grandes movimentos e tradições: Luteranismo e Calvinismo. Ambas as teologias divergem e, ao mesmo tempo, convergem em muitos pontos. Minha atrevida missão, neste artigo, será a de trazer luzes ao protoevangelho, contido lá no capítulo 3, versículo 15 do primeiro livro da Bíblia Sagrada: Gênesis.

 

Para os católicos romanos, este texto é um dos textos chaves para o dogma de Maria e as doutrinas de Mariologia. As doutrinas da imaculada Conceição são antigas e perpassam de Éfeso (3º Concílio) ao Vaticano II, cada formando parte do que hoje é o todo da Mariologia católica romana. Mas, foi o Concílio de Trento, que a isentou do pecado original, imunizando-a de toda culpa e pecado, inclusive afirmando a liceidade do culto de sua imagem, isto bem em meio a reforma protestante (1545 a 1563), considerado uma resposta à reforma, chamado, por muitos, como Concílio da Contrarreforma.

 

Entretanto, foi a Bula “Ineffabilis Deus”, que proclamou o dogma mariano, como recordado pelo Papa João Paulo II, em sua homília do 150º aniversário da definição dogmática: “Repetimo-las hoje com alegria fervorosa, na solenidade da Imaculada Conceição, recordando o dia 8 de Dezembro de 1854, quando o Beato Pio IX proclamou este admirável dogma da fé católica, precisamente nesta Basílica do Vaticano[1]”. A Ineffabilis Dei unifica a tradição das doutrinas marianas[2], afirmando:

 

Por tal motivo, ao explicar as palavras com que, desde as origens do mundo, Deus anunciou os remédios preparados pela sua misericórdia para a regeneração dos homens, confundiu a audácia da serpente enganadora e reergueu admiravelmente as esperanças do gênero humano, dizendo: “Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela”, eles ensinaram que, com esta divina profecia, foi clara e abertamente indicado o misericordiosíssimo Redentor do gênero humano, isto é, o Filho Unigênito de Deus, Jesus Cristo; foi designada sua beatíssima Mãe, a Virgem Maria; e, ao mesmo tempo, foi nitidamente expressa a inimizade de um e de outra contra o demônio.

 

Em conseqüência disto, assim como Cristo, Mediador entre Deus e os homens, assumindo a natureza humana destruiu o decreto de condenação que havia contra nós, cravando-o triunfalmente na Cruz, assim também a Santíssima Virgem, unida com Ele por um liame estreitíssimo e indissolvível, foi, conjuntamente com Ele e por meio d’Ele, a eterna inimiga da venenosa serpente, e esmagou-lhe a cabeça com seu pé virginal.

 

O teólogo católico Pe. Réginald Garrigou-Lagrange ensina que “na promessa do Gênesis é afirmada uma vitória completa sobre o demônio: esta te esmagará a cabeça; e, portanto, sobre o pecado que põe a alma em um estado de servidão ao império do demônio. Portanto, como diz Pio IX, na bula Ineffabilis Deus, essa vitória sobre o demônio não seria completa se Maria não tivesse sido preservada do pecado original pelos méritos de seu Filho: De ipso (serpente) plenisime triumphans, illius caput immaculato pede (Maria) contrivit.[3]”

 

Pelo lado protestante, tanto Lutero quanto Calvino exploram e concluem o papel de Maria na caminhada da salvação da humanidade distanciando-se muito da tradição católica romana apontada nos parágrafos precedentes. O entendimento de cada reformador possui pontos específicos, contrariando a compreensão do senso comum a respeito das definições teológicas deixadas por cada um deles quanto a pauta Mariana, nos deixando a mercê de um problema precisamente apontado por Giovanni Miegge:

 

“Está amplamente admitido que a piedade mariana tem um longo desenvolvimento na história da Igreja e o interesse histórico das fases dêsse desenvolvimento é aceito. A posição tradicional de procurar achar nas Sagradas Escrituras a justificação de todos os aspectos do dogma mariano ainda que a custo de forçar-lhes o sentido, cedeu lugar a uma consideração mais objetiva. Em escritos populares destinados aos leigos pode ser achada a admissão que este ou aquele aspecto da doutrina mariana, tais como a sua imaculada conceição, sua assunção, sua participação na redenção dos homens, não são explicitamente ensinados no Novo Testamento […]”[4]

 

Importa-nos não cair neste ou naquele erro, a saber, forçar o sentido do dogma mariano ou contentar-se com uma consideração fria, objetiva, sobre o tema. Um passeio no protoevangelho de Gênesis é um bom caminho para iniciarmos. Em Gênesis 3:15 temos a primeira clara menção da vitória de Cristo sobre o pecado e sobre o inimigo, até por isto chamado de protoevangelho, À profecia que revela como a queda do homem teria seus efeitos superados pela obediência de Cristo. Diz Deus:

 

E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. Gen. 3.15 – BS – ACF

 

As palavras chave do texto que ficaram passíveis de interpretações diferentes entre Lutero e Calvino são: 1) semente da mulher e 2) descendência. Presente em suas interpretações divergentes também está, a questão do mérito pela vitória sobre o pecado. Lutero aponta, o que Calvino parece concordar, que a semente referida no protoevangelho é a própria pessoa do Deus encarnado, Cristo Jesus. Raymann e Sieves salientam “que ‘ferir a cabeça da serpente’ significa vencer o pecado, a morte, o inferno e o diabo, que são atribuições próprias (idiomata) da natureza divina. Mas essa interpretação não é unânime. Nas Bíblias latinas, a expressão ‘este te ferirá’, o pronome awh é traduzido pelo feminino ipsa, ‘ela ferirá’, sendo que o Texto Massorético apenas permite o masculino, ipse. Este erro insinua que Maria destruirá Satanás, desfazendo a eficácia da obra de Cristo. Certamente se comete grande pecado, diz Lutero, inventando um novo ensino fazendo com que o consolo e a Santa Palavra se tornem idolatria”[5],[6].

 

A percepção de Lutero é fruto de sua acepção à teologia agostiniana, a saber, que não existe mérito humano que decorra de sua vontade. Perceberemos que o reformador:

 

“[…] recebeu instrução de monge agostiniano – adotou e adaptou grande parte da doutrina da predestinação de Agostinho. Este aspecto da teologia de Lutero apareceu de forma mais saliente no debate com Erasmo sobre a liberdade ou escravidão da vontade humana (limitada). Lutero, a exemplo de Agostinho, afirmava que “não pode haver nenhum ‘livre-arbítrio’ no homem”. [7]

 

A sua inspiração hermenêutica fica ainda mais clara quando nos deparamos com a sua conclusão a respeito da mensagem de Gênesis 3:15 – no qual ele entende que a semente da mulher se refere exclusivamente a Cristo, e, de forma alguma a Maria, como exposto acima. No seu comentário sobre o Magnificat, Lutero consolida a centralidade de Cristo como suficiente e exclusiva para a remissão dos pecados, conforme bem lembra Jaroslav Pelikan:

 

“Ser “santo” significava ser “separado” e separado de tudo que era profano e pecaminoso (Lut. Magn. 49 [WA 7:575]) e a santidade de Deus significava que “só Deus é santo, mas o povo todo e qualquer coisa que o faça são completamente poluídos” (Lut. Jes. 6:2 [WA 31-II:48])”[8]

 

O estudo ao cântico de Maria é um dos grandes legados (dentre muitos outros) deixados por Martinho Lutero, em que ele comenta sobre a natureza de Maria. Consolidando sua ideia da primazia de Cristo no plano da redenção, Lutero observa que:

 

“Maria notou a grande obra de Deus nela, mas ela não se considerou maior do que a pessoa mais humilde da terra. […] teve apenas este pensamento: se outra jovem tivesse sido beneficiada por Deus, ela também desejaria alegrar-se e querer tudo de bom para essa jovem. Até desejaria julgar-se a única indigna dessa honra e todas as demais, dignas. Maria também teria se conformado se Deus lhe tivesse tirado esses benefícios e dado a uma outra jovem diante de seus olhos. Ela não se atribui absolutamente nada de tudo isso. Não foi mais do que um alegre albergue e uma serviçal anfitriã desse hóspede.”[9]

 

Esta percepção corrobora sua interpretação do protoevangelho de Gênesis, no qual o mérito pela obra da salvação vem apenas e tão somente de Cristo. Atribuir à Maria um caráter de coparticipação na salvação ou no própria Trindade não está de acordo com a Bíblia Sagrada, muito menos com as intenções da própria Maria:

 

“Todos aqueles que insistentemente atribuem a Maria tanto louvor e honra e lhe impõem tudo isso não estão longe de transformá-la em ídolo, como se ela desejasse ser honrada e se devesse esperar todo o bem dela.” [10]

 

Na mesma alçada, Lutero é intransigente com qualquer tentativa de dividir os méritos da salvação com outra pessoa que não seja Cristo. Sua ideia de que não há lugar para qualquer prêmio pelas boas obras que há de ser entregue a homens e mulheres – sendo a salvação dos pecadores a maior boa obra, o sumo bem, provindo de Jesus, apenas:

 

“O que dirão os defensores do “livre arbítrio” a respeito da palavra “gratuitamente”, em Romanos 3:24? Paulo diz que os crentes são “justificados gratuitamente, por sua graça”. Como interpretam “por sua graça”? Se a salvação é gratuita e oferecida pela graça divina, então não se pode conquistá-la ou merecê-la.”[11]

 

Com base na assimilação Paulina sobre o mérito exclusivo de Cristo, Lutero entende que a semente da mulher presente no capítulo 3 de Gênesis é Cristo, e somente Ele, por entender a salvação como um FAVOR. É o que caracteriza a concepção de monergismo divino, que moveu os debates de Lutero, além de corroborar seu discernimento a respeito de Gênesis:

 

“Era esse monergismo divino que estava em jogo para Lutero não só na controvérsia com Erasmo, mas também em suas disputas com o escolasticismo e em seus comentários bíblicos. O monergismo divino teve como seu resultado a exclusão de qualquer noção de mérito como fundamento para a relação do homem e, especificamente, a rejeição da “distinção fictícia entre mérito de congruência e mérito de condignidade” (Apol. Conf. Aug. 4.19 [Bek., p. 163]; Lut. Gal. [1535] 2:16 [WA 40-11:223]): o que o homem pecaminoso fez por si mesmo, até o ponto em que foi capaz, era definido como mérito de adaptação ou de congruência “meritum congrui” ou “meritum de congruo”); o que um homem justo, capacitado pela graça divina, fazia por si mesmo ou pelos outros era definido como mérito de dignidade ou condignidade (“meritum condigni” ou “meritum de condigno”)”.[12]

 

Qualquer entendimento que colocasse algum tipo de mérito sobre a salvação a uma terceira pessoa, era prontamente condenado por Lutero. A luta para a salvação é ganha por Cristo, destarte, o mérito desta vitória provém Dele. Não há que se colocar participantes periféricos, sendo a descendência da mulher um instrumento de Deus para que a Salvação fosse concretizada. Tal entendimento de Lutero encontra remissão nas passagens de Romanos 5:12 ao 19, 16:20, além de muitas outras como 1 Coríntios 15: 45 ao 49.

 

“A principal antítese da doutrina da justificação, para Lutero como para “o modo simples e paulino” de falar sobre o qual ele declarava fundamentar sua doutrina (Lut. Latom. [WA 8:107-8]), era aquela entre a salvação pela fé por meio da graça e a salvação pelas boas obras. No cenário da disputa sobre as indulgências, essa restrição contra as obras foi aplicada com especial severidade “às tradições humanas instituídas para aplacar a Deus, à graça pelo mérito e ao produzir a satisfação pelos pecados exigida por Deus”, todas as quais se “opunham ao Evangelho e à doutrina da fé” (Conf. Aug. 26.2-4 [Bek., p. 100-101]).”[13]

 

Em contrapartida à aversão de Lutero contra qualquer tentativa direta e indireta de acrescentar alguma figura na obra redentiva de Cristo, assim como na natureza das boas obras, Calvino carregava um entendimento diferente quanto a estrutura hermenêutica da passagem de Gênesis 3:15. Para Calvino, a semente da mulher é Cristo, entretanto, a Igreja (ou os cristãos) também faze(m) parte desta semente. Dá-se uma interpretação em sentido coletivo, levando em conta toda a descendência da mulher. Conforme prelecionam Enio Sieves e Acir Raymann, trazendo os momentos em que Calvino entende a passagem numa definição de caráter comunitário:

 

“[…] a vitória é prometida à raça humana por todos os séculos. Portanto, eu explico que a semente significa, geralmente, a posteridade da mulher. Mas, como a experiência ensina que nem todos os filhos de Adão, sem dúvida, surgiram como vencedores sobre o mal, nós devemos, necessariamente, ir ao cabeça, que encontramos naquele a quem a vitória pertence.”[14]

 

Tal compreensão calvinista é uma identificação sobre qual é a sua ideia a respeito do pensamento antropológico do homem, ao qual Calvino também atribui a vitória sobre o pecado à Igreja, tendo em vista a participação da descendência da mulher como instrumento para a chegada da vitória final sobre o pecado e o inimigo.

 

“Satanás tem, em todos os tempos, levado os filhos dos homens “cativos à sua vontade”, e, por esses dias, retém seu lamentável triunfo sobre eles, e por essa razão é chamado de “príncipe do mundo”, (Jo 12:31). Mas, por causa de alguém poderoso que desceu dos céus que irá subjuga-lo, do mesmo modo, toda a Igreja de Deus, sob a cabeça dela, gloriosamente exultará sobre ele, Por isso, a declaração de Paulo “O Senhor esmagará Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm. 16.20).”[15]

 

Para Calvino, Cristo é o cabeça da Igreja, e o cabeça da vitória contra o pecado – mas, o termo semente da mulher envolve também o exército, a saber, os salvos da Igreja, como participantes [não confundir com agraciados] da vitória.

 

“Para Lutero, essa obra pertence exclusivamente a Cristo, até porque os homens estão inclinados a fazer o mal, e não o bem. Já Calvino expressa uma participação humana em relação ao Corpo de Cristo; por isso, a Igreja participa da obra de derrotar Satanás e sua tirania.”[16]

 

Ou seja, apesar de seu pensamento clássico de que a vontade humana não é livre,[17] Calvino revela nas Institutas este pensamento inédito na interpretação de uma passagem bíblica basilar na doutrina salvífica da Tradição Cristã Reformada. Em seu legado das Institutas, também encontraremos palavras que reafirmam esta interpretação. Ele entende a respeito da natureza de Cristo e sua relação com Maria, da seguinte maneira:

 

“Devemos afastar para longe de nós o erro de Nestório, que, antes querendo dividir que distinguir a natureza, imaginou um Cristo dúplice, enquanto vemos que a Escritura por uma clara voz o conteste, tanto revestindo com o nome de Filho de Deus aquele que nasceu da Virgem [Lc 1:32], como chamando a própria Virgem de “mãe de nosso Senhor” [Lc 1:43]. Também devemos nos guardar da insânia de Êutiques, para não destruirmos ambas as naturezas querendo demonstrar a unidade da pessoa. Já citamos tantos testemunhos em que a divindade é distinta da humanidade e ainda restam tantos outros trechos espalhados, que eles podem calar mesmo a boca mais propensa a contendas.”[18]

 

Quanto a descendência, Calvino entende pela consanguinidade entre Maria e José, o que, segundo ele, explica a árvore genealógica presente nas Escrituras:

 

“Portanto, conclui-se validamente das palavras de Mateus que, tendo sido gerado de Maria, Cristo foi procriado da semente dela, tal como marca uma geração semelhante quando diz que Boaz foi gerado de Raab (Mt. 1:5). E não é verdade que Mateus tenha descrito a Virgem aqui como se um canal pelo qual Cristo teria fluído, mas diferencia o modo admirável de geração do vulgar, visto que, por ela, Cristo foi gerado de Abraão, Salomão de Davi, José de Jacó, é dito que Cristo foi gerado da mãe. Querendo provar que Cristo tinha sua origem em Davi, o Evangelista contextualiza as palavras de tal modo que apenas elas sejam suficientes: que fosse “gerado de Maria”. Donde se segue que assumisse por confesso que Maria era consanguínea de José.”[19]

 

Apesar de seu comentário tomar como base o livro de Mateus, ele serve como leitura complementar a sua compreensão sobre o protoevangelho de Gênesis, sobretudo, pela complementariedade presente nas Escrituras. Enquanto Lutero demarcava o plano de Salvação exclusivamente sobre Cristo, Calvino enfatizava o poderio de Cristo, mas elencava espécies de figurantes – cada interpretação, trouxe desdobramentos sobre a concepção mariana dos reformadores. Em Lutero percebemos sua marcante “Teologia da Cruz”, já em Calvino, sua exegese passa da cristológica para a eclesiológica, onde a Igreja de Cristo, o tendo como cabeça, triunfará sobre Satanás. De outra banda, ambos concordam que Maria não foi imaculada e não possuiu privilégio algum, a não ser, claro, ser a mãe terrena, do próprio Deus encarnado, Jesus Cristo.

VÍDEOS...+03




 

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PETISTA GASTANDO VERBA PÚBLICA



 

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LIBERDADE



 

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

MILAGRE BRASILEIRO...

 

Vejam o que o Aposentado escreveu hoje no Jornal Diário de São Paulo SOBRE O INSS.

 

O Aposentado que vive com 1350,00 reias por mês, em Carta publicada no Jornal Diário de São Paulo.

 

Hoje, vendo pessoas morrendo em filas de Hospitais, bandidos matando por R$ 10,00 e pessoas andando feito zumbis nas ruas por causa das drogas, adolescentes que não sabem quanto é 6 x 8, meninas de 14 anos parindo filhos sem pais, toda a classe política desse país esfregando a bandalheira na nossa cara e desfilando uma incompetência absurda, o nosso país sendo ridicularizado por tantos escândalos...

 

Eu peço perdão ao Brasil pela porcaria que fiz...

 

Deveria ter ficado em casa quieto ao invés de ir às ruas. Lutei pra que? Pra ver corrupto no poder fazendo manobras pra se manter no poder e por quê agora estamos quietos?  Cade você nas ruas? Esqueçam cor de bandeiras. Vamos nos unir e lutar por um só motivo: nossos direitos.

SOMOS mais de trinta milhões de aposentados!

Não podemos admitir:

Policial R$ 3.660,00 para arriscar a vida;

Bombeiro R$ 3.960,00 para salvar vidas;

Professor R$ 2.200,00 para preparar para a vida;

Médico R$ 9.260,00 para manter a vida;

E o Deputado Federal?

💰R$ 26.700,00 (Salário)

R$ 94.300,00 (Verba de Gabinete)

R$ 53.400,00 (Auxílio Paletó)

R$ 5.000,00 (Combustível)

R$ 22.000,00 (Auxílio Moradia)

R$ 59.000,00 (Passagens Aéreas)

R$ 17.997,00 (Auxílio Saúde)

R$ 12.100,00 (Auxílio Educação)

R$ 16.400,00 (Auxílio Restaurante)

R$ 13.400,00 (Auxílio Cultural)

Auxílio Dentista

Auxílio Farmácia

E outros, para LASCAR as nossas vidas!

E o trabalhador R$ 937,00 para sustentar a família.

Será que o problema do Brasil são os trabalhadores? Os aposentados?

 

Publique!!!😡

 

Se você repassar para somente 2 amigos nas primeiras horas, em 28 horas toda a população brasileira vai tomar conhecimento deste ABSURDO.

 

MARIA 4a.Parte

 

 4a. Parte-Maria, A mãe de Jesus.

A história de Maria é um lembrete permanente dos encargos e das bênçãos do discipulado.

 

Mary Kept All These Things, de Howard Lyon

 

Maria, mãe de Jesus, é uma das poucas mulheres mencionadas nas escrituras e a única cuja vida e cujo ministério foram profetizados séculos antes de seu nascimento (ver 1 Néfi 11:15, 18; Mosias 3:8; Alma 7:10).1 Os autores dos livros de Mateus, Marcos, Lucas e João, no Novo Testamento, fornecem somente vislumbres da vida e do ministério dela porque seu foco está devidamente concentrado no Salvador. Mas a igreja cristã primitiva deu a Maria o título de theotokos, a “portadora ou mãe de Deus”2, como lembrete de uma parte importante que ela também desempenha no plano do Pai.

 

O élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, escreveu: “Podemos falar muito bem dela, a quem o Senhor abençoou acima de todas as mulheres. Houve apenas um Cristo, e há apenas uma Maria. Ambos foram nobres e bons na [existência pré-mortal] e foram preordenados para o ministério que Ele e ela realizaram. Só podemos pensar que o Pai escolheria o mais grandioso espírito feminino para ser a mãe de Seu Filho, assim como escolheu o espírito masculino semelhante a Ele para ser o Salvador. (…) Devemos (…) respeitar Maria com a devida consideração que ela merece”.3

 

O relato de Lucas da história da Anunciação a Maria (ver Lucas 1:26–56) nos dá um vislumbre por meio do qual podemos apreciar melhor essa notável jovem. Por meio de suas interações com Gabriel e Isabel, vemos uma jovem tentando entender seu chamado especial de Deus. A magnitude desse chamado deve ter pesado muito sobre alguém tão jovem e, ainda assim, ela prontamente submeteu sua vontade à do Pai. Sua história nos lembra que Deus conhece todos os Seus filhos e que Ele chama homens e mulheres comuns para participar de maneiras extraordinárias para ajudar a edificar Seu reino. Ela se tornou a primeira discípula de Jesus e, portanto, ela é um modelo para todos os que escolhem segui-Lo.

 

Nazaré: O lar de Maria

Infelizmente, o Novo Testamento não fala nada sobre os pais de Maria, seu nascimento ou qualquer coisa sobre sua vida em Nazaré. Lucas descreve Nazaré como uma pólis, que se pode traduzir como cidade, mas não parece ter sido um lugar de importância. Fora do Novo Testamento, Nazaré não é mencionada em nenhum texto até o final do século 2 d.C.

 

Sabemos que Nazaré estava localizada numa colina na baixa Galileia com vista para o vale fértil de Jezreel, cerca de 100 quilômetros ao norte de Jerusalém. A arqueologia indica que a Nazaré do século 1 era mais um povoado do que uma cidade ou mesmo uma cidadezinha, com uma população de cerca de 400 a 500 pessoas.4 Com poucas exceções, grande parte da população em toda a Galileia lutava para sobreviver como trabalhadores de subsistência, cuidando de rebanhos, pescando e lavrando a terra para pôr a comida na mesa para a família e para pagar seus impostos. A aldeia não tinha fortificações. Não há nenhuma evidência de que ela possuía ruas pavimentadas ou arquitetura monumental nem que usava artigos de luxo como mármore, mosaicos ou afrescos nos edifícios ou que as casas tinham utensílios finos importados.5 As duas casas do século 1 que foram escavadas parecem ser habitações modestas de um andar, com dois quartos, um telhado de palha e um pequeno pátio.6 As práticas funerárias e alguns pedaços de vaso de pedra calcária indicam que os habitantes eram judeus, em vez de gentios.

 

Embora nenhuma dessas descobertas possa estar ligada diretamente a Maria ou sua família, elas nos dão uma ideia de como pode ter sido sua vida em Nazaré: uma camponesa vivendo em uma aldeia rural, longe do centro religioso de Jerusalém com seu templo, sua aristocracia sacerdotal e riqueza. Mesmo sendo jovem, ela deve ter trabalhado ao lado da mãe e das outras mulheres da aldeia, tecendo roupas, cozinhando, apanhando lenha, recolhendo água das cisternas da família ou dos poços da aldeia e trabalhando no campo — tudo para contribuir para a sobrevivência da família no dia a dia.

 

O chamado de Maria

A história de Maria no livro de Lucas começa com a aparição do anjo Gabriel, o mesmo anjo que aparecera anteriormente a Zacarias no templo (ver Lucas 1:11, 19, 26). Quando Gabriel aparece, Maria é uma jovem que estava noiva de José (ver Lucas 1:27). Embora não saibamos a idade de Maria na época, na antiguidade era possível que os contratos de casamento fossem arranjados antes mesmo da puberdade. A aparição e as declarações do anjo Gabriel de que Maria é “altamente favorecida”, que “o Senhor é contigo”, que ela é “bendita (…) entre as mulheres” e que, de acordo com a Tradução de Joseph Smith, em inglês, de Lucas 1:28, ela foi “escolhida” (ver também Alma 7:10) devem ter causado uma reação mista de confusão e até mesmo de medo em Maria. Podemos apenas imaginar que pensamentos devem ter passado pela sua mente naquele momento, que devem ter incluído perguntas como: “Por que Deus me considera ‘bendita entre as mulheres’?” “Por que ‘[achei] graça diante de Deus’ e o que isso significa?” “Por que Deus enviou o anjo Gabriel para mim e não para outras moças de Nazaré ou Jerusalém?” Sim, ela era da casa de Davi (ver Lucas 1:32; Romanos 1:3), mas isso não significava muito sob a ocupação romana. Afinal, era apenas uma jovem de uma família de camponeses, morando em uma pequena aldeia. Mais tarde, Natanael perguntaria: “Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?”(João 1:46.)

 

Gabriel não responde a nenhuma das perguntas que talvez tenham preenchido a mente e o coração de Maria. Em vez disso, continua com a mensagem: ela conceberá uma criança, mas não uma criança qualquer. Seu filho será chamado de “Filho do Altíssimo” e receberá “o trono de Davi, seu pai” (ver Lucas 1:32–33). Em outras palavras, Gabriel disse a Maria que seu filho seria tanto o Filho de Deus quanto o Messias prometido. Se Maria ficou confusa e com medo antes desse anúncio, podemos imaginar sua intensa emoção depois disso.

 

Vamos refletir sobre um princípio que essa parte da história de Maria ensina sobre o discipulado. O plano de Deus para Maria não foi algo que ela havia pedido. O anjo Gabriel apareceu a Zacarias porque ele e Isabel tinham orado pedindo o milagre de um filho, mas ele apareceu para Maria sob circunstâncias muito diferentes: não para realizar um pedido, mas para anunciar a vontade de Deus para ela. Com seu casamento iminente, é provável que Maria houvesse pensado na possibilidade de ter filhos no futuro. No entanto, embora houvesse uma onda de expectativa messiânica no judaísmo no século 1, teria Maria pensado que ela, uma camponesa de Nazaré, seria a mãe do Messias? É bem provável que não. A questão é que os chamados ao discipulado costumam exigir alterações em nossos planos de vida pessoal.

 

Lucas concentra seu registro nas declarações de Gabriel e depois nas de Isabel. Mas há três ocasiões em que Maria articula seus pensamentos e sentimentos.

 

 

O anjo Gabriel apareceu a Maria com a surpreendente mensagem de que ela era “bendita entre as mulheres” e que daria à luz o Filho de Deus.

 

Annunciation of Mary, de Joseph Brickey

 

Uma pergunta inspirada

A primeira é sua pergunta ao anjo Gabriel: “Como se fará isso, pois não conheço homem algum?” (Lucas 1:34.) Dadas as circunstâncias, a pergunta dela é razoável. Isso lembra os leitores da pergunta de Zacarias: “Como saberei isso? [Isto é, que Isabel teria um filho]” (versículo 18). Contudo, enquanto a pergunta dele expressa dúvida sobre a resposta de Gabriel a uma oração que o próprio Zacarias fez a Deus, a pergunta de Maria busca esclarecimentos sobre a vontade declarada de Deus para ela. As perguntas são inevitáveis quando os chamados de Deus desafiam os discípulos a elevar os padrões e sair de sua zona de conforto, e perguntas inspiradas levam à revelação.

 

A resposta de Gabriel à pergunta de Maria vem em três partes:

 

Em primeiro lugar, ele diz a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo” (versículo 35). O Espírito Santo é o poder pelo qual os discípulos em todas as épocas são magnificados em seus chamados. “Lembrem-se de que esta obra não é somente sua e minha”, ensinou o presidente Thomas S. Monson (1927–2018). “É a obra do Senhor e, quando estamos a serviço do Senhor, temos o direito de receber Sua ajuda. Lembre-se de que o Senhor qualifica aqueles a quem Ele chama.”7 Então, Gabriel dá informações específicas a Maria sobre sua situação: “E o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra8; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (versículo 35).

 

Em segundo lugar, Gabriel fala a Maria sobre Isabel, alguém que está passando por uma gravidez milagrosa semelhante, embora não idêntica (ver o versículo 36). A gravidez de Isabel é um sinal para Maria de que ela não está sozinha, de que há pelo menos outra pessoa que tem uma noção do que está acontecendo.

 

Em terceiro lugar, Gabriel declara de modo inequívoco: “Porque para Deus nada será impossível” (versículo 37). Deus fez o impossível quando Isabel concebeu.9 A declaração do anjo Gabriel é um lembrete aos discípulos de todas as épocas de que, quando aceitamos os chamados de Deus, os milagres podem acontecer.

 

A vontade de um discípulo

A segunda reação verbal de Maria na história sintetiza, a meu ver, o compromisso e a perspectiva de um discípulo: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1:38). “Serva” indica que Maria escolheu aceitar o chamado que Deus lhe deu. Essa declaração é a versão de Maria do que seu Filho dirá no Getsêmani: “Não se faça a minha vontade, senão a tua” (Lucas 22:42). Embora pareça claro que neste ponto da jornada ela não consegue entender tudo o que será exigido dela — Simeão mais tarde profetiza para ela que “uma espada [transpassaria] também a [sua] própria alma” (Lucas 2:35) — Maria escolhe, apesar de tudo, seguir em frente com fé.

 

“E o anjo ausentou-se dela” (Lucas 1:38). Quando Gabriel vai embora, Maria é deixada sozinha. Uma coisa é, como discípula, fazer aquela declaração na presença de um mensageiro divino, mas como ela agiria depois da partida do anjo? Como explicaria essa experiência a seus pais? E para José? O que vai lhe custar se eles ou os moradores de Nazaré não acreditarem nela? Sua vida em Nazaré, uma localidade tão pequena, poderia agora se tornar difícil para ela.

 

 

THE MEETING OF MARY AND ELIZABETH, de Carl Heinrich Bloch

 

Então, ela se lembra da segunda parte da resposta de Gabriel para sua pergunta e viaja para a casa de Isabel. Mais uma vez, as duas histórias iniciais de Lucas estão entrelaçadas. Assim que Maria cumprimenta Isabel, “a criança saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo, e exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito, o fruto do teu ventre” (Lucas 1:41–42). Sua saudação dirigida pelo Espírito reforçou o que Gabriel já havia declarado sobre o lugar abençoado de Maria entre as mulheres. Maria agora tinha uma segunda testemunha de seu chamado, mas só veio depois de tê-lo aceitado de bom grado.

 

O relato de Maria e Isabel é um lembrete de dois grandes aspectos na vida dos discípulos modernos. É um lembrete do grande valor simbiótico no coração da Sociedade de Socorro em todo o mundo: mulheres de diferentes idades e em diferentes estágios da vida se unindo para amparar e apoiar umas às outras em momentos de necessidade. É também um lembrete de que Deus não abandona aqueles a quem Ele chamou em seus momentos de necessidade, mas que Ele muitas vezes responde envolvendo-os nos braços de outras pessoas a quem Ele também chamou.

 

O Magnificat

A expressão final de Maria é conhecida como o Magnificat e é sua manifestação de alegria em resposta às declarações de Isabel. Ela expressa seus sentimentos sobre o que aconteceu em sua vida e reflete seu entendimento recente de seu lugar no plano de Deus. Sobretudo ela engrandece, louva e glorifica a seu Deus, em Quem se alegra como seu Salvador (ver Lucas 1:46–47). Ela vê em sua experiência a contínua misericórdia de Deus, tanto no fato de que Ele escolheu uma pessoa cheia de “humildade” como Maria (ver os versículos 48–50) como também no fato de que Ele a escolheu para desempenhar um papel central no cumprimento do convênio abraâmico (ver versículos 54–55).

 

“E Maria ficou com [Isabel] quase três meses, e depois voltou para sua casa” (versículo 56). Maria estava agora mais preparada para cumprir seu chamado divino.

 

O exemplo de Maria para nós

Entre os discípulos modernos e a história de Maria há um hiato de 2 mil anos, além de diferenças culturais. No entanto, sua história é um lembrete permanente dos encargos do discipulado. Deus espera que Seus seguidores aceitem os convites que Ele lhes oferece. O presidente Russell M. Nelson nos lembra de que “Deus sempre pediu a Seus filhos do convênio que fizessem coisas difíceis”.10 Maria não foi uma exceção e nós também não somos. Nosso desafio é ter fé para submeter nossa vontade à Dele, para aceitar Seus chamados com fé que Seu Espírito nos magnificará em Seu serviço. Bonnie H. Cordon, presidente geral das Moças, também nos lembra de que “podemos fazer coisas difíceis, mas podemos também fazê-las com alegria”.11

 

Como discípulos modernos, qual será nosso Magnificat? Como vamos expressar nossa alegria em nosso Deus? Como vamos expressar o esplendor de Sua misericórdia em nossa vida? Como encontraremos maneiras de celebrar nossa parte no cumprimento do convênio abraâmico em nossos dias? Essas são, talvez, apenas algumas das maneiras pelas quais podemos aprender com a história extraordinária do discipulado de Maria.

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