domingo, 31 de março de 2024

CORRUPÇÃO...01

 

Safados

 

RAPAZ, os esquerdistas políticos vagabundos são realmente profissionais na arte de roubar e manipular, minha filha foi até a escola de minha neta assinar um comprovante de recebimento de um aparelho tablete escolar, até aí tudo bem ok sinal quê o governo está cuidando do ensino, porém como um bom baiano sempre desconfiado quê esmola demais o mendigo desconfia KKKkkkk pedir para analisar a caixa de embalagem do aparelho, e para ZERO surpresa minha o aparelho está datado de 10/09/2022 projeto de do então presidente da época para conter a pandemia assim como uma ajuda financeira para alimentação já quê os alunos estariam confinados em casa, pasmem senhores esses aparelhos tablets estão sendo distribuído agora em nome do governo atual e promessa de uma ajuda de custo financeiro quê nunca será cumprido já quê esse atual governo já bateu o recorde de todos os governos passado em rombo orçamentária, peço aqueles quê não acreditam vão até o Google pesquisar situação orçamentária e sobre distribuição de tablete escolares nas redes públicas, PELO MENOS TENTAR SAIR DA ESCURIDÃO 👀👀👀

OBS: Aconteceu hoje quarta feira 27/03/2024

REFLEXÃO...01

 

Alexandre Garcia: Fim de campanha

"É como uma segunda-feira após eleição, com o asfalto cheio de propaganda mentirosa deixada no chão", diz o jornalista

 

Durou seis anos. Foi um longo tempo. Mais que uma daquelas novelas inacabáveis, mas acabou. Interessante que acaba registrando na partitura da história o sinal musical, em italiano, Da Capo. Para assinalar que o final já estava lá no começo e, agora, basta repetir os acordes e a letra.

 

O então ministro da Justiça e Segurança Pública, a que se subordina a Polícia Federal (PF), hoje senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), lembra. Ele postou no X (antigo Twitter) que, em 2019, já aparecia o nome do mandante e o motivo. O governo na época quis terminar logo com a agonia e propôs que a PF assumisse o caso para concluir o inquérito. Mas a reação foi gigantesca. Acabar logo com essa campanha que tem a força dramática de um corpo de mulher assassinada? Perder a força dos ingredientes? Jamais. Não, deixem a Polícia Civil do Rio conduzir a novela, sob a batuta do delegado Rivaldo Barbosa. Nem o Felix Caignet, de O Direito de Nascer, faria melhor.

 

 

E durou seis anos, desde o assassinato, em março de 2018. Os Brazão já estavam citados, talvez até a espelhar um triste trocadilho como aumentativo de Brasil. Mas ficaram ocultos porque o alvo eram os Bolsonaro.

 

Noticiaram até que miliciano, assassino de Marielle, fora à casa dos Bolsonaro em um condomínio na Barra da Tijuca. Por 300 semanas se insinuava nas redes sociais ou na tevê e jornais que o sobrenome Bolsonaro bordejava o assassinato de Marielle como a faca de Adélio tangenciou os órgãos vitais do candidato naquele mesmo ano de 2018.

 

Mas não dá para comparar os dois casos. Um brigava pelo território da zona oeste do Rio, o outro queria o território inteiro do Brasil.

 

 

 

Era uma questão fundiária de Jacarepaguá e adjacências, mas a campanha a converteu em luta pela democracia, e até pelo LGTBQIA e o feminismo. A exploração do assassinato rendeu até um ministério para a irmã da vítima. Seu currículo: ser irmã da vítima.

 

Não podiam anunciar logo o que estava já evidente em 2019. Precisava render mais frutos. Havia outra eleição presidencial pela frente e era preciso manter os Bolsonaro como futuros indiciados pela morte de Marielle. Afinal, vivemos em tempos em que ninguém se pergunta o que está engolindo. Engolir sem perguntar fica mais fácil. E ninguém perguntava que interesse teriam os Bolsonaro na morte da vereadora.

 

 

As prisões não vão resolver muito. O conselheiro do Tribunal de Contas vai ganhar aposentadoria; o deputado vai ter um suplente sobrinho de bicheiro — nepotismo ao pé-da-letra. O delegado deve ter investido muito do que rendeu a Delegacia de Homicídios. E, quem sabe, todos acabarão soltos antes de qualquer senhorinha da Bíblia flagrada derrubando o governo por abolição violenta do Estado de Direito.

 

Agora a novela acabou. Terminou a campanha. É como uma segunda-feira após eleição, com o asfalto cheio de propaganda mentirosa deixada no chão. Pairando o desrespeito de usar um cadáver para tentar assassinar a reputação de viventes e de um sobrevivente. Aliás, o mistério que resta desvendar é de que gabinete da Câmara Federal partiu a autorização para o fantasma de Adélio entrar, enquanto ele enfiava a faca em Juiz de Fora.

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NOTÍCIAS ...01

 

https://m.kwai.com/old/photo/150001559447898/5252473174088448194?userId=150001559447898&photoId=5252473174088448194&cc=WHATS_APP&timestamp=1711740294935&language=pt-br&share_device_id=ANDROID_48dc4aca6902abf1&share_uid=150000276035981&share_id=ANDROID_48dc4aca6902abf1_1711740290108&sharePage=photo&share_item_type=photo&share_item_info=5252473174088448194&fid=150000276035981&et=1_a%2F4803935911154894387_ssl2301&text_style=0&shareEnter=1&kpn=KWAI&authorKwaiId=Noticiandopolitica&translateKey=bold_news_share_text_081001&shareBucket=br&pwa_source=share&shareCountry=BRA&shareBiz=photo&short_key=CgqY6qmV

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CURA DO CÂNCER

 

A indústria farmacêutica não é de agora que esses assassinos e predadores, ganham dinheiro não tratando as doenças como deveria e escondendo as suas curas. Agora tivemos uma prova cabal que elas ganham em cima das doenças quando usando a esquerda maldita fez vítimas pelo mundo inteiro, com a disseminação da COVID, e não deixando aa pessoas se tratarem e serem salvas com a ivermectina. Agora saber que a cura do câncer foi alcançada há 90 anos atrás e tantas pessoas morreram e poderiam ter sido curadas. Não somos explorados até a morte por políticos corruptos, temos uma indústria farmacêutica genocida que deixa morrer o cidadão para ganhar mais dinheiro. São  milhões se habitantes por toda a terra que morreram devido ao câncer que se pesquisa desse cientista e de muitos outros fossem colocadas na prática muitas vidas seriam salvas.

 

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sábado, 30 de março de 2024

CORRUPÇÃO...

 

Safados

 

RAPAZ, os esquerdistas políticos vagabundos são realmente profissionais na arte de roubar e manipular, minha filha foi até a escola de minha neta assinar um comprovante de recebimento de um aparelho tablete escolar, até aí tudo bem ok sinal quê o governo está cuidando do ensino, porém como um bom baiano sempre desconfiado quê esmola demais o mendigo desconfia KKKkkkk pedir para analisar a caixa de embalagem do aparelho, e para ZERO surpresa minha o aparelho está datado de 10/09/2022 projeto de do então presidente da época para conter a pandemia assim como uma ajuda financeira para alimentação já quê os alunos estariam confinados em casa, pasmem senhores esses aparelhos tablets estão sendo distribuído agora em nome do governo atual e promessa de uma ajuda de custo financeiro quê nunca será cumprido já quê esse atual governo já bateu o recorde de todos os governos passado em rombo orçamentária, peço aqueles quê não acreditam vão até o Google pesquisar situação orçamentária e sobre distribuição de tablete escolares nas redes públicas, PELO MENOS TENTAR SAIR DA ESCURIDÃO 👀👀👀

OBS: Aconteceu hoje quarta feira 27/03/2024

LINKS...01

 

 

https://www.tiktok.com/@rockradio96/video/7351125712264383750?_t=8l3YvB31BBe&_r=1

 

https://portalnovonorte.com.br/noticia/65317/deputados-expoem-palestra-sobre-ideologia-de-genero-em-escola

A verdadeira história do “milagre” da alfabetização de Paulo Freire

 

 

https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/a-verdadeira-historia-do-milagre-de-paulo-freire/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=discoverymateria&gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwqpSwBhClARIsADlZ_Tky3Z8unCPhNwxsKBCE-CxzRr-wqhDNufQtRslM2-NQgheaHYUBnrwaAtWCEALw_wcB

 

 

https://www.tiktok.com/@antiesquerdaretardada/photo/7351422203734314245?_d=secCgYIASAHKAESPgo8Bs5aXr68Htdw2pLQMJbrBTVJ74E0pjjHfSh1qr0UpgXAwp%2BRtRpYUyl376%2FKQCba0EJp4WOSCeXWLAvdGgA%3D&_r=1&aweme_type=150&pic_cnt=1&preview_pb=0&share_app_id=1233&share_item_id=7351422203734314245&share_link_id=21e54497-8c11-4ecb-879c-aee967dff505&sharer_language=en&social_share_type=0&source=h5_m&timestamp=1711648390&u_code=0&ug_btm=b2001&ugbiz_name=UNKNOWN&utm_campaign=client_share&utm_medium=android&utm_source=whatsapp

AEROPORTO BRASÍLIA

 

https://youtu.be/EDGuTIXuRIQ?si=qtshb90q6-2alwQQ

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AEROPORTO CLANDESTINO

EDIÇÃO 074 - REPORTAGENS

Adriano Machado/Crusoé

Bezerra Filho embarca em jato de empresário: horas antes a PF fez apreensões na casa e no gabinete do deputado

A pista pirata

Um aeroporto ilegal nos arredores de Brasília virou moda entre os poderosos que, a bordo de aviões particulares, buscam fugir dos holofotes, das cobranças dos eleitores e (por que não?) da fiscalização

 

Odeputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho tinha acabado de ser alvo de uma ação da Polícia Federal. Agentes vasculharam a casa e o gabinete do parlamentar pernambucano do DEM horas antes, em busca de provas para uma investigação em que ele é suspeito de receber propinas de empreiteiras. São quase cinco da tarde. Ele chega apressado para embarcar em jatinho particular que o espera em um hangar, a 35 quilômetros do Congresso Nacional. A pista de pouso é clandestina, e caiu no gosto dos poderosos que procuram escapar dos olhares curiosos, da burocracia e (por que não?) da rígida fiscalização do aeroporto internacional de Brasília, que fica até mais perto da região central da cidade.

 

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Fernando Bezerra Filho, o alvo da PF naquela quinta-feira, 19 de setembro, chegou ao terminal com a família, a bordo de uma picape preta, com vidros escuros. Dois homens carregaram quatro bolsas do veículo ate o avião. O Embraer Phenom 100 decolou menos de cinco minutos depois. O jato de 16 milhões de reais, com capacidade para sete pessoas, pertence a uma empresa do setor de energia — Bezerra Filho, é importante lembrar, foi ministro de Minas e Energia de maio de 2016 a abril de 2018. O dono do portentoso avião, Emival Ramos Caiado Filho, é primo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do mesmo DEM do deputado. A investigação de que Bezerra Filho é alvo com o pai, o senador Fernando Bezerra, filiado ao MDB e líder do governo Bolsonaro no Senado, envolve obras no Nordeste, como a transposição do Rio São Francisco. Os contratos suspeitos foram firmados quando Bezerra pai, conhecido por sua facilidade em se aproximar de todos os governos, era ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff. Pai e filho são suspeitos de receber 5,5 milhões em propinas.

 

Os agentes federais encarregados de cumprir a ordem de busca expedida pelo ministro Luís Roberto Barroso mal tinham deixado o Congresso quando Bezerra Filho se acomodava a bordo do jatinho que o levaria para longe de Brasília. Para quem quer discrição, o aeroporto clandestino é perfeito. Também por isso, virou moda. Políticos e empresários têm recorrido cada vez mais às facilidades do terminal pirata. Sem pagar taxas aeroportuárias ou se submeter ao olhar de fiscais da Receita ou mesmo a simples aparelhos de raios-x, tripulantes e passageiros levam e trazem o que querem. A única portaria, com um vigilante particular (e desarmado), serve só para anotar as placas dos carros que entram e saem. Nenhum deles é revistado. Apenas os carros mais simples, de operários que erguem hangares a toque de caixa, costumam ser parados para identificação dos ocupantes.

 

 

O petista Jaques Wagner, após descer do Learjet do senador Angelo Coronel

 

Quando pousa em Brasília, o Phenom 100 em nome da empresa do primo de Ronaldo Caiado estaciona em um hangar operado por um empresário que nada paga para ocupar e explorar o espaço. O mesmo hangar ainda abriga dois aviões de uma empresa agropecuária e o King Air do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB. A área pertence a uma estatal do governo local e foi invadida, anos atrás, por uma família de fazendeiros. Em agosto, o Superior Tribunal de Justiça mandou que o terreno fosse desocupado e devolvido ao poder público. Mas o terminal não só continua em pleno funcionamento como vem sendo ampliado, à vista dos políticos que por ali transitam.

 

Crusoé acompanhou a rotina do aeroporto nas últimas semanas. Na manhã de terça-feira, 10, por exemplo, flagrou o desembarque de toda a bancada baiana no Senado. Jaques Wagner, do PT, e Angelo Coronel e Otto Alencar, ambos do PSD, chegaram em um Learjet 45 avaliado em 12,5 milhões de reais. O avião está registrado em nome de uma empresa de Coronel, que, além de senador, é dono do Grupo Corel, conglomerado controlado por offshore sediada no Panamá. A carona já virou rotina. Nas tardes de quinta, os senadores baianos costumam embarcar no Learjet de volta a Salvador. Nas viagens entre as duas cidades, os três costumam ter ainda a companhia do deputado federal Elmar Nascimento, líder do DEM na Câmara, também baiano. O governador da Bahia, o petista Rui Costa, é outro que já desfrutou da comodidade. “São colegas do estado, além da amizade pessoal”, diz Coronel, que dá uma explicação curiosa para o uso do terminal pirata: afirma que sua aeronave só opera no local quando é necessário, a depender do tráfego aéreo e das condições climáticas. O combustível do jatinho do senador é você, leitor, quem ajuda a pagar. Só em setembro, Coronel usou 14,6 mil reais da cota parlamentar para abastecer o tanque da aeronave.

 

Google Maps

O aeroporto clandestino fica a 35 quilômetros da Praça dos Três Poderes

Carros executivos, muitos deles com placas oficiais (é o caso dos três que foram buscar os senadores baianos), fazem parte da paisagem do aeroporto, assim como o vaivém de assessores carregando malas e mochilas. Em média, 40 voos pousam ou decolam todos os dias por ali. Além dos políticos, a clientela é formada por empresários e fazendeiros da região de Brasília. O movimento de camionetes carregadas com caixas sem identificação — e sem passar por qualquer controle — é intenso em hangares que abrigam aeronaves de diversos tamanhos, registradas em nome de firmas muitas vezes desconhecidas.

Donos e funcionários de alguns desses hangares contaram a Crusoé ter como clientes fiéis o deputado federal Aécio Neves, do PSDB de Minas, o ex-ministro Gilberto Kassab, do PSD de São Paulo, e o também ex-ministro Edison Lobão, do MDB maranhense. Aécio e Kassab voam em jatos de amigos. Já a família Lobão tem dois aviões próprios, um Twin Commander com dez assentos e um Piper, com seis. Antes de ser preso, o ex-ministro e ex-deputado Geddel Vieira Lima, aquele do bunker de 51 milhões de reais descoberto pela Polícia Federal em Salvador, era frequentador assíduo do aeródromo ilegal. Hoje são os familiares dele que costumam passar por lá quando viajam de Salvador a Brasília para visitá-lo na Papuda — o presídio fica a menos de 10 minutos de carro da pista de pouso.

 

Encravado na zona rural de São Sebastião, uma das mais carentes cidades-satélites de Brasília, o aeroporto clandestino tem 119 hangares, a maioria erguida pelos primeiros usuários do terminal, em grande parte donos de ultraleves e pequenos aviões experimentais. Com a procura dos políticos, eles passaram a cobrar aluguéis. O aeródromo abriga cerca de 250 aeronaves, avaliadas em até 20 milhões de reais. A pista, pavimentada, tem 1,7 mil metros de comprimento e 23 metros de largura. A operação beira o amadorismo. Por vezes, homens em cima de motocicletas ou triciclos guiam as aeronaves até os hangares onde elas deverão estacionar. Para decolar a partir da pista pirata, os pilotos só precisam apresentar um plano de voo com antecedência de 45 minutos da decolagem. Para os pousos, o controle também é mínimo. A Força Aérea Brasileira diz não ter como cuidar do movimento no terminal justamente devido a sua situação irregular — alega que a legislação não permite intervenção em aeródromos, como são classificados os aeroportos particulares destinados a voos executivos.

 

 

Mecânicos consertam avião em área de manobra: aeródromo sem fiscalização

Se no Aeroporto Internacional de Brasília, administrado por uma concessionária, cobram-se tarifas que podem chegar a 30 mil reais por um pouso, por exemplo, sem contar os custos igualmente elevados para usar um dos 22 hangares privados do local, no Aeródromo Botelho, como é chamada a pista clandestina, a conta para os usuários frequentes é mensal e não passa de 5 mil reais. Aqueles que viajam a Brasília apenas eventualmente pagam de 200 a 400 reais pelo pernoite da aeronave. O preço inclui estadia para o piloto. Com a chegada dos clientes vips, alguns hangares se sofisticaram e agora contam com salas de espera com TV, ar-condicionado, sofás, banheiros e cozinha equipada.

Como muita coisa em Brasília, o aeroporto se expandiu à margem da lei e na base do jeitinho. A pista do aeródromo Botelho é homologada pela Anac, mas nem sequer poderia existir, pois ocupa uma área pública destinada apenas à produção agrícola. O Superior Tribunal de Justiça confirmou decisões do Tribunal de Justiça do Distrito Federal nesse sentido.

 

A história do imbróglio remonta aos anos 1980. Os donos de uma fazenda de gado arrendaram, em 1982, área vizinha da propriedade rural, à margem da uma rodovia distrital, para plantar grãos. Em 2006, a família construiu e registrou uma pista de pouso para uso próprio. Ela seria destinada apenas a pouso e decolagem de aviões agrícolas, na pulverização de lavouras. Logo surgiram interessados em usar a pista para as mais diversas finalidades. Os fazendeiros perceberam a oportunidade de fazer dinheiro e venderam lotes para a construção de hangares. Em 2013, já havia 65. Proprietária da área, a Agência de Desenvolvimento de Brasília, a Terracap, ajuizou, em 2014, uma ação de reintegração de posse da área. Em maio de 2016, a Justiça autorizou o órgão do governo do DF a retomar o imóvel. Mas a família queria indenização pelas obras feitas no terreno público. Advogados falavam em 45,1 milhões de reais pelo que consideravam benfeitorias — a pista e os hangares construídos onde antes havia apenas cerrado virgem — e mais 8,3 milhões de reais por danos morais. Perderam nas duas instâncias do tribunal local e, em maio último, o STJ encerrou o caso, negando o pedido.

 

O governo de Brasília anunciou a intenção de legalizar e fazer funcionar o aeroporto por meio de uma parceria público-privada. A ideia é entregar à iniciativa privada os 977 hectares do empreendimento. Oito empresas e consórcios apresentaram interesse no negócio. Há duas semanas, a Terracap assinou um contrato com a Infraero. Por enquanto, o Estado se faz presente no aeródromo apenas por meio de uma faixa com a logomarca da Terracap estendida em uma cerca de arame farpado.

 

Se depender do governador Ibaneis Rocha, feliz proprietário do turboélice King Air de 8,2 milhões de reais que pousa e decola dali, depois de regularizado, o aeroporto será batizado com o nome de Joaquim Domingos Roriz, em homenagem ao velho coronel local morto no ano passado, que ganhou fama pelo envolvimento em escândalos de corrupção e pelas políticas populistas que incluíam o incentivo às invasões de terras como aquelas da pista de pouso.

 

Em tempo: Crusoé perguntou ao gabinete do deputado Bezerra Filho por que ele estava utilizando o jato de um empresário. Não houve resposta. Nem dele nem do dono da aeronave, também procurado. Na quarta-feira, 25, surgiu mais uma novidade da operação da qual o parlamentar é alvo: na casa dele, a PF apreendeu 120 mil reais, sendo 55 mil reais em dinheiro vivo, divididos em envelopes bancários.

 

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sexta-feira, 29 de março de 2024

DEUS NÃO ESCOLHE RAÇA...

 

O Legado do Gênio Matemático Thomas Fuller, conhecido como a calculadora humana.

Thomas Fuller foi um gênio matemático. Infelizmente, foi também um homem escravizado, nascido na África Ocidental por volta de 1710, vendido como escravo na Virgínia aos 14 anos de idade. Durante sua vida, ele trabalhou em uma fazenda e nunca aprendeu a ler ou escrever em inglês. No entanto, em seus últimos anos, ele ganhou fama por sua habilidade impressionante de realizar cálculos complexos mentalmente. Claro que, diante disso, os proprietários de Fuller se recusaram a vendê-lo, apesar das ofertas tentadoras. Em verdade, eles dependiam de suas habilidades matemáticas.

 

Com o passar dos anos, a história de Thomas Fuller se tornou mais conhecida, influenciando várias gerações de afro-americanos. E é sobre isso que queremos conversar neste texto do Engenharia 360!

 

Como as habilidades matemáticas de Thomas Fuller foram descobertas?

Quem conheceu Thomas Fuller pessoalmente o descrevia como sendo um homem com habilidades extraordinárias, sendo um gênio matemático.

 

Aqueles que testemunharam suas habilidades o descreviam como "calculador mental prodigioso" ou "calculadora humana". Enfim, Thomas era capaz de realizar cálculos complexos de cabeça, sem a necessidade de papel ou lápis, e resolver problemas matemáticos rapidamente.

 

Isso foi descoberto quando dois homens brancos da Pensilvânia, membros da Sociedade Abolicionista da Pensilvânia, ouviram falar de suas habilidades e viajaram até sua fazenda para testá-lo. Eles apresentaram a ele problemas matemáticos desafiadores, e Fuller foi capaz de resolvê-los com precisão em questão de minutos. Depois, as observações foram submetidas à Sociedade, sendo consideradas evidências de que os afro-americanos escravizados eram capazes de aprender e possuíam habilidades intelectuais impressionantes.

Veja Também: O gênio africano da matemática que provou com um graveto que a Terra é redonda

 

Qual foi a opinião de Fuller sobre educação formal?

Quando os dois homens brancos da Pensilvânia encontraram Thomas Fuller, eles pediram que ele calculasse, por exemplo, o número de segundos em um ano e meio e o número de segundos que um homem viveu em setenta anos, dezessete dias e doze horas. Fuller respondeu corretamente a essas perguntas e corrigiu um erro feito por um dos questionadores, mencionando a inclusão dos anos bissextos.

 

Lembrando que Fuller não sabia ler ou escrever, e não recebeu educação formal. Ele atribuiu suas habilidades matemáticas a aprender a contar até dez e, em seguida, até cem. Ele também contou o número de cabelos no rabo de uma vaca, que ele encontrou ser 2872.

 

Em resumo, Thomas Fuller tinha uma opinião desfavorável sobre a educação formal, alegando que muitos homens instruídos eram tolos. Ele acreditava que sua própria habilidade de cálculo mental era prova de que a educação formal não era necessária para adquirir conhecimentos.

 

Qual foi a importância das habilidades de Fuller no movimento abolicionista?

Thomas Fuller morreu em 1790, fato relatado no jornal de Boston Columbian Centinel em 29 de dezembro do mesmo ano. Depois disso, sua história foi divulgada pelo Dr. Benjamin Rush, e ele se tornou um exemplo usado pelo movimento antiescravista para mostrar que os afro-americanos escravizados eram capazes de aprender e ter habilidades intelectuais impressionantes. Sua influência no movimento abolicionista se estendeu além dos Estados Unidos, alcançando a França e a Alemanha.

Certamente, os feitos desse gênio matemático ajudaram a desafiar as ideias preconceituosas sobre a inteligência dos africanos e afro-americanos. Os revolucionários franceses Jacques Pierre Brissot e Henry Grégoire reconheceram a importância de Fuller e suas habilidades. Brissot chegou a escrever que os exemplos de Fuller e outros provavam que a capacidade dos negros podia ser estendida a qualquer coisa, desde que recebessem igualdade de direitos, instrução e liberdade. E o absurdo é que, atualmente, ainda precisamos reforçar esse discurso. Triste demais!

 

A etnia, cor da pele, estudo convencional, riqueza, status, sexo, etc...

Não garantem a capacidade dada por Deus...

https://youtu.be/WiZaa6A5IoE // 1o.Vídeo//

 

https://youtu.be/SAW_zpewHEU //Escravo // 2o.Vídeo//

LINKS...01

 LINKS:

https://youtu.be/n3X_SoUyeTM?si=d2wwc98pkWhvrzPO

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https://youtu.be/fzwXQKJquRY?si=S47CM0GjLIPel0zz //Páscoa

REFLEXÃO...01

 

Idolatria do mercado?

Época, 16 de dezembro de 2000

 

Dizem que o liberalismo é isso. Mas a coisa não faz o mínimo sentido

 

Não há maior prova da estupidez de certos intelectuais esquerdistas que a freqüência com que a expressão “idolatria do mercado” brota de seus lábios.

 

O que sugerem com essa frase feita é que o capitalismo liberal elimina todos os valores, deixando em seu lugar somente o critério de mercado, isto é, que tudo nele só vale pelo preço, numa universal redução da qualidade à quantidade.

 

Se dissessem isso como mentira consciente, seriam canalhas, mas não estúpidos. Entre o estúpido e o canalha, este é infinitamente preferível, porque só é canalha quando quer e em proveito próprio, ao passo que o estúpido é estúpido em tempo integral e até contra si mesmo.

 

Como fazer ver a esses devotos da cegueira que a total redução dos valores ao valor de mercado não seria o apogeu do capitalismo, e sim sua imediata paralisia e abolição? Em termos marxistas, essa redução equivaleria à radical substituição dos “valores de uso” por “valores de troca”. Marx ficou tão deslumbrado quando descobriu um suposto “fetichismo da mercadoria” que não percebeu que as coisas só podem ser quantidades abstratas ou puras mercadorias do ponto de vista de quem vende, jamais de quem compra. Para este, elas são bens concretos, bens de uso e consumo. Um menino não compra uma bola porque é “mercadoria”, mas porque é bola. Uma mulher não compra um vestido porque vale x ou y no mercado, mas porque agrada a seus olhos, aos do marido ou aos da roda de amigas a quem deseja impressionar.

 

O leitor não compra um livro para repassá-lo vantajosamente a um sebo, mas porque lhe parece digno de ser lido ou pelo menos ostentado na prateleira. Cada um desses consumidores, como aliás todos os outros, age movido por critérios pessoais que não são de mercado, que são irredutíveis ao econômico e que, por isso mesmo, estão rigorosamente fora da ciência econômica. O mercado não apenas pressupõe a existência desses valores, mas vive deles, exalta-os e morre quando são suprimidos: se as pessoas não tiverem mais motivos extra-econômicos – isto é, biológicos, psicológicos, lúdicos, éticos ou fantásticos – para comprar o que compram, simplesmente não comprarão mais, a não ser na hipótese de um inconcebível capitalismo imaterial, no qual, todos os produtos tendo sido reduzidos a dinheiro, as pessoas comam dinheiro, vistam dinheiro, leiam dinheiro e troquem dinheiro por dinheiro.

 

Mas ao mesmo tempo que acusam o capitalismo pela redução de tudo ao econômico, esses “Havana boys” se esforçam para persuadir o público de que todos os valores éticos, religiosos, estéticos e civilizacionais são apenas disfarces ideológicos de interesses de classe. Com essa pretensa “desmitificação”, solapam e destroem toda motivação extra-econômica dos atos humanos, fazendo da redução da qualidade à quantidade uma profecia auto-realizável – só que auto-realizável não graças à mecânica do mercado, e sim graças à devastadora ação psicológica da propaganda socialista que impregna de alto a baixo a cultura de nosso tempo.

 

O desespero, o vazio, a angústia da sociedade moderna, sobre os quais em seguida o ideólogo socialista se debruça para imputar sua culpa a analogias mágicas entre esses fenômenos e a estrutura do mercado, são na verdade criações diretas dele mesmo – criações da intelectualidade alienada que pretende desvendar a sociedade sem levar em conta o brutal impacto de sua própria ação sobre ela. Cometer o crime e inculpar a vítima: eis a essência da lógica socialista.

 

Artigo escrito pelo saudoso Professor Olavo de Carvalho.

 

Publicação original em: https://olavodecarvalho.org/idolatria-do-mercado/

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HUNGRIA

 

Hungria

 

SOBRE AS PERNOITES DO BOLSONARO NA EMBAIXADA.

 

Bolsonaro foi chamado à embaixada da Hungria, porque o serviço secreto e de inteligência daquele pais detectou um assassino profissional para matá-lo O assassino, ou assassinos, foram contratados pela esquerda criminosa, junto à Venezuela de Maduro.

O premier húngaro Peter Medgyessy, que foi da contra inteligência daquele país por mais de 20 anos, que viveu o comunismo na pele, e hoje é um conservador ante NOM, aliado de Bolsonaro, recebeu a informação- PORQUE OS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA DO BRASIL SÃO UMA MERDA, CHEIOS DE MELANCIAS E DE ESQUERDISTAS CONCURSADOS - e sentiu -se na obrigação de avisar e proteger seu aliado Bolsonaro.

Segundo o serviço de inteligência daquele país, o assassino venezuelano teria 48 horas para execução de Bolsonaro e teria chegado no Brasil no mesmo dia em que Bolsonaro foi chamado à embaixada, como o serviço de inteligência detectou que o assassino venezuelano foi-se embora depois de 48 horas que chegou, Bolsonaro ficou 2 noites e mais meio dia, ou seja 60 horas, protegido pela Hungria, sua família foi avisada e a segurança deles foi reforçada.

Depois que a ameaça foi neutralizada, Bolsonaro foi-se embora, e depois de mais de um mês, o sistema criminoso temeroso de que essas informações fossem Exposta por Bolsonaro, tentaram virar o jogo, denunciando através de uma mídia comuna-global, o tal do New York Times (que defendeu - e escondeu a verdade - do regime soviético de Stalin e Lenin, e até o regime nazista de Hitler) para tentar criar uma narrativa- mais uma - para prendê-lo.

Enfim o objetivo do sistema - com anuência dos bandidos de toga - era apreender o passaporte de Bolsonaro, para matá-lo. Como não deu certo, agora o bandido de toga careca do PCC, deu 48 horas, para Bolsonaro responder porque ficou 2 noites, protegido pelo serviço secreto da Hungria.

O advogado de Bolsonaro, como resposta ao bandido de toga cabeça de piroca do PCC, vai dar como resposta as provas do serviço secreto da Hungria, se continuar com a sanha de prender Bolsonaro e seu auxiliares, a Hungria vai mostrar ao mundo a conspiração brasileira contra Bolsonaro.

Os húngaros só estão esperando o advogado de Bolsonaro dar a resposta pro STF, para horas depois apresentar também as provas, tanto para os bandidos de toga, como para o mundo,

Não se espantem se, Xandinho  arregar e parar com sua sanha persecutória.

Por causa desse episódio - desespero da esquerda- Bolsonaro conseguiu reverter sua prisão.

VIVA OS HÚNGAROS!

quinta-feira, 28 de março de 2024

VÍDEOS...+03




 

VÍDEOS...+03




 

NOTÍCIAS ...01






 

PÁSCOA 03 VISÕES...

 

https://youtu.be/z-PWIlUkAKg?si=TdOG_fdROnSrXZ8_ //Páscoa 01

 

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https://youtu.be/IJnVE6AAhZc?si=CF-w4jiyvBfQ7HmI

REFLEXÃO...01

 

Clarice Lispector, um guia de leitura...

Por Ricardo Iannace, no A Terra é Redonda

 

1.

 

Meses antes de morrer, em 1977, Clarice Lispector confiou à TV Cultura uma entrevista que é reprisada com regularidade. O jornalista Júlio Lerner chega a perguntar qual o perfil do leitor da escritora, pois à época já havia o mito de que uma minoria alcança a narrativa clariciana. Ante a indagação, a autora é categórica ao asseverar que lhe falta uma resposta.

 

 

Ela conta que um professor de português do Colégio Pedro II fora a seu apartamento e confessou ter lido quatro vezes A paixão segundo G. H., sem o mínimo êxito na compreensão do texto, ao passo que uma jovem universitária de apenas 17 anos revelara que era essa a sua obra de cabeceira. A ficcionista relata que recebia telefonemas de pessoas curiosas por saber onde comprar seus livros. E adverte que, se o interesse pela sua literatura aumentava, isso não se devia a nenhuma concessão ao público.

 

Reside aí uma verdade. Da prosa de estreia, Perto do coração selvagem (1943), ao póstumo Um sopro de vida: pulsações (1978), reiteram-se os ingredientes que concorrem para a densidade de suas histórias. Pode-se aferir, de início, que a linguagem craveja recursos que exploram exaustivamente a tensão, visando a um desgaste incansável do verbal. A sintaxe de Clarice Lispector, habitualmente crespa e corrida, é vez ou outra temperada com ritmo moroso, a fim de melhor reverberar o conflito que decorre de experiências-limite envolvendo narradores e personagens.

 

Investe-se, amiúde, no esvaziamento do sentido corrente da palavra pela desestabilização da frase e pelo desvio da forma. Acrescente-se a isso a epifania e a náusea decorrentes de imagens inesperadas que provocam um fluxo de estranhas associações, em que insetos e animais ganham presença. Tudo, enfim, oferece à escritura um lugar de destaque e de permanência, quer em solo brasileiro, quer em território estrangeiro.

 

Os procedimentos e os estratagemas ora mencionados se digladiam em maior ou menor grau de complexidade no conjunto da obra. Há narrativas que exigem fôlego dobrado do leitor determinado a acompanhar a evolução da intriga, a armar-se ao sabor acentuado da obscuridade – às vezes com digressões tendenciosamente sensoriais. O objeto narrado é custoso pelo peso derivado da pontuação que se estende irregularmente, constituindo uma malha aderente a elucubrações e combinados frásicos de efeito paradoxal, num malabarismo ímpar de força e equilíbrio.

 

Por essa razão, é suspeitável que um leitor desprevenido abandone de imediato os seus romances pautados pela intensidade de tais caracteres. É o caso, sobretudo, de A cidade sitiada (1949) e A maçã no escuro (1961), cuja fruição exige parceria e tolerância, tantas são as zonas de quase impermeabilidade aos incidentes que se enredam num vocabulário nada enxuto, mas excedente, numa redação em desenho virtualmente inacabado.

 

Se os romances mencionados não se mostram os mais indicados a um leitor principiante, por quais textos começar? Ficaria de fora, nessa aventura, tal gênero em que Clarice apostou e que grande parte da crítica elegeu, paradigmaticamente, para avaliá-la? A priori, sim. Os contos, as crônicas e a novela A hora da estrela (1977) estariam entre os recomendados nesse estágio inicial. Contudo, seria um contrassenso assegurar que esse grupo escape de todo ileso do então contundente esquema ficcional responsável pela estrutura da obra. Ele modela-se, quando muito, apenas mais disciplinado na condução do fio e tempo psicológicos que comandam a narração. De saída, dois volumes de contos saltariam à mão: Laços de família (1960) e A legião estrangeira (1964).

 

2.

 

 

Em Laços de família, o feminino assoma-se ao polo de convergência que orientou, do início ao fim, a literatura de Clarice Lispector. É o tema por meio do qual a ficcionista trata da rotina doméstica, matéria cultural recortada do cotidiano da família de classe média. Nesse aspecto, o conto “Amor” chega a ser emblemático. Em curta fração de tempo, o mundo se insurge caótico e perigoso aos olhos da protagonista.

 

Ana vive uma experiência insólita a caminho de casa. Surpresa por avistar um cego dando sinal para o bonde que a leva de volta à segurança do lar, abandona a sacola, quebrando parte dos ovos comprados para o jantar em família. Tal inquietação se aplica à imagem desse anônimo que gesticula acidentalmente um riso ao mascar chiclete. Desorientada, deixa passar o ponto, descendo ao acaso no Jardim Botânico. No interior desse espaço, sentada em banco público, envolve-se com o que há de mais hostil na natureza, porque os seus sentidos apreendem desse terreno, que a desvia dos afazeres alienantes, uma dinâmica em animação selvagem jamais vislumbrada.

 

Eis que “caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos”, “luxuosas patas de uma aranha”[i] pregadas no tronco da árvore, vitórias-régias, “volumosas dálias e tulipas”[ii] causam nojo à espectadora projetada no homem de olhos abertos à escuridão da goma mascada. Retorna ao apartamento a tempo dos preparativos da recepção. Mas não sem antes atinar que também ali opera uma lei mansa e secreta. Em sua direção vinha o filho “de pernas compridas e rosto igual ao seu”, as maçanetas da porta da sala “brilhavam limpas, os vidros da janela brilhavam, a lâmpada brilhava – que nova terra era essa?”.[iii]

 

É uma terra grave, substancial nos demais contos de Laços de família. Terra igualmente receptiva à experiência de alteridade que ostenta sentimentos de amor e ódio. Não por acaso, a protagonista do conto “O búfalo” é surpreendida pela vertigem em passeio ao jardim zoológico. Abandonada pelo amante e de punhos cerrados e metidos nos bolsos de seu casaco marrom, ela assiste, com repugnância, à quente e à sensual correspondência entre pares enjaulados. Essa periclitante identificação da personagem com os bichos arrebenta como pulsão de vida e de morte, análoga à severa trepidação do carrinho da montanha-russa do parque vizinho que ela decide ocupar.

 

Não menos exposta se encontra dona Anita, em “Feliz Aniversário”, conto também inserido no livro Laços de família. Ela completa 89 anos faiscando lucidez, rodeada por filhos, noras, netos e bisnetos em cozinha enfeitada com motivos pueris. No apartamento da filha sobrecarregada com os cuidados da aniversariante, torna-se patética a situação dos membros de uma família malsucedida nos seus laços, reunindo-se, uma vez ao ano, entre toalhas com babados, bexigas e guardanapos coloridos.

 

Ressalve-se que a critica social subjaz na narrativa de Clarice Lispector – o mergulho de grandeza existencial nas espécies humana e animal vem em primeiro plano (não raro, “com docilidade para [fisgar] o delicado abismo da desordem”[iv], segundo a narradora de “A legião estrangeira”, trama que confere o título ao volume de contos). Daí a não gratuidade com que a inveja e a perversão, por exemplo, se desenvolvem nessa e em outras histórias enfeixadas na brochura. A propósito, a menina Ofélia, de oito anos, é prevenida e enérgica nos seus julgamentos. Miniatura de mulher recatada e com olhar de censura, mata um pintinho que a vizinha e narradora comprara para os filhos na feira livre. Nessa intriga, o crime é consequência de um amor incomensurável – pelo desespero de não ter o que está próximo, vivo e ao alcance da infância, e pela falta de jeito no afagar.

 

Faz-se indescritível a passagem em que a menina ouve da sala de visitas o piar na cozinha, ou seja, o momento em que a Ofélia adulta se encolhe na criança maravilhada; abre-se o episódio narrativo como um espetáculo sinistro. Espetáculo não muito diferente do que ocorre em “Os desastres de Sofia”, outro conto de Legião estrangeira cuja protagonista, com idade aproximada à de Ofélia, acompanha a metamorfose de seu professor, quando – frente a frente com ele – via nesse homem “os olhos que, com as inúmeras pestanas, pareciam duas baratas doces”[v], isto é, “via uma coisa se fazendo na sua cara”.[vi] E o que “via era anônimo como uma barriga aberta para uma operação de intestinos”.[vii]

 

3.

 

No tocante às crônicas, formam um capítulo à parte na poética de Clarice Lispector – o assunto que as move nasce das observações diárias, ou melhor, do cotidiano das múltiplas Clarices: mãe, dona de casa, tradutora, escritora, jornalista (vários os expedientes narrados, vasta a galeria de pessoas alçadas a personagens). Emergem desse repertório incontáveis conversas: com vizinhas, empregadas domésticas, taxistas, editores, intelectuais. Amigos e familiares são bastante lembrados. Festas, viagens, passeios, impressões colhidas das ruas e dos jornais, livros percorridos, processo de criação compartilhado com leitores, superstições, acidente, desabafos; tudo cabe nesses escritos de livre extensão e espontânea dicção. De permeio entre o humor em tom de bate-papo, imprimem-se, no entanto, textos de latitude mordaz.

 

“A geléia viva como placenta” é um deles – fabula-se como pesadelo movido a impulso suicida, comprometendo a madrugada da cronista que, recém-despertada, reelabora e materializa em palavras a substância viscosa, gelatinosa, estampada no seu sonho. Se essas crônicas sinalizam um mundo pródigo em entretenimento, nem por isso ingênuo e menos implacável, a novela A hora da estrela (1977) logra tessitura de outra compleição: parodia as narrativas de folhetim, ironizando o conteúdo e a forma desse gênero que, ao longo do século XIX, promoveu cenas desmedidas de amor.

 

A autora constrói um casal sem reciprocidade, à margem, estéril para o romantismo, dado que os nordestinos Olímpico de Jesus e Macabéa, vivendo na cidade do Rio de Janeiro, “pouca sombra faziam no chão”. Ele: metalúrgico, truculento, disposto a vencer na vida a qualquer custo. Ela: datilógrafa semi-alfabetizada, sem noção de higiene, subnutrida. Olímpico sonha ser deputado; Macabéa, alheia à realidade – um “subproduto” que se alimenta de cachorro-quente e Coca-Cola –, idealiza Marilyn Monroe.

 

A página de abertura do livro registra 13 títulos, incluindo “A hora da estrela”. Apresentam-se verticalizados e ligados pela conjunção ou. Alguns deles: “Ela que se arranje”, “Eu não posso fazer nada”, “História lacrimogênica de cordel”, “Saída discreta pela porta dos fundos”. Eles tributam menosprezo à infeliz alagoana de 19 anos. Para relatar essa história, é concebido um narrador do sexo masculino, no intuito de que não fraqueje, comovendo-se a lágrimas em face do triste e do perplexo destino da heroína que perpassa a novela com dor de dente, dividindo o quarto de dormir, em bairro periférico, com moças balconistas das Lojas Americanas. Chama-se Rodrigo S. M. – é escritor. O ofício de parca remuneração distingue-o e o isola da massa iletrada, consumidora, quando muito, de fotonovelas.

 

Para solucionar o drama da personagem que tanto lhe exige, opta por morte triunfal, introduzindo um carro Mercedez-Benz na via de acesso da datilógrafa atordoada pelas previsões otimistas da cartomante que ela acaba de consultar. Madame Carlota anuncia à moça um futuro promissor ao lado de um gringo milionário (Olímpico troca-a pela colega de escritório da nordestina; chama-se Glória – além de “carnuda”, o pai trabalha em açougue, é “loira oxigenada”). Glória é quem oferece o endereço da médium à Macabéa e empresta-lhe o dinheiro. Explica-se o narrador-escritor: “Eu poderia resolver pelo caminho mais fácil, matar a menina-infante, mas quero o pior: a vida. Os que me lerem, assim, levem um soco no estômago para ver se é bom. A vida é um soco no estômago”.[viii]

 

A escrita é autocontemplativa em A hora da estrela: metalinguagem por meio da qual vida e morte se entreveem, sem que no paralelo se esfacele o encadeamento dos fatos narrados – senão, dificilmente essa trama se definiria com começo, meio e fim nas telas dos cinemas, em longa-metragem de 1985 dirigido por Suzana Amaral.

 

Nesse ponto, o texto de Rodrigo S. M. é mais figurativo, abrandando os contornos de expressão abstrata que borram, se comparados, as páginas de Água viva (1973), ficção cuja rede de palavras, liberta de enredo, às soltas, num exercício experimental, pigmenta-se no papel como tinta espessa lançada sobre tela virgem. O alfabeto é cor em Água viva: “Entro lentamente na escrita assim como já entrei na pintura. É um mundo emaranhado de cipós, sílabas, madressilvas, cores e palavras”[ix]. A arte é corpo, vibração: “Escrevo-te toda inteira e sinto um sabor em ser e o sabor-a-ti é abstrato como o instante. É também com o corpo todo que pinto os meus quadros e na tela fixo o incorpóreo”.[x]

 

4.

 

Para uma leitura de maior deleite, talvez seja preciso um leitor mais desobrigado, descomedido, menos convencional, preferencialmente arredio a modelos institucionalizados. Porque a escrita que se autorretrata, em Lispector, é coreográfica – de um exibicionismo contínuo. Testa-se. Personifica-se. E irrompe, nessa representação, como um dínamo. Por isso a relutância do leitor ao ter de enfrentar aquele romance que se impõe como obra-prima: A paixão segundo G. H. (1964).

 

Inscreve-se em primeira pessoa. A mulher que narra o acontecimento vivido no dia anterior, identificada pelas iniciais G. H., é escultora e está só: o amante abandonou-a. Mora num luxuoso apartamento de cobertura e decide pela sua arrumação, preferindo o quarto dos fundos, antes ocupado pela empregada Janair. Nesse aposento cujas paredes são surpreendentemente brancas (dormitório iluminado), G. H. prensa com a porta do guarda-roupa uma barata que tenta escapar pelo vão. A partir daí inicia-se uma absurda, mítica e mística introjeção da protagonista no cerne desse inseto semivivo. A escultora, neste seu reconto, plasma várias imagens, sobressaindo a barata em decomposição, sem aquele invólucro que lhe esconde o sumo esbranquiçado e mucoso: a massa. Que G. H. experimenta. Procura, loucura, salvação pelo extremo palatável da amoralidade, êxtase com o sujo e o primitivo – toda uma cavidade alegórica se infunde em A paixão segundo G.H..

 

Por fim, se esses recortes da obra de Clarice Lispector anunciam um senso de insubordinação ao que se convencionou tomar como seguro, por que não atender ao chamado da escritora, o chamado da paixão? Pois bem poderia o leitor, transgredindo uma ordem classificatória – a ordem do que ler antes e do que ler depois –, render-se, de pronto e de impensado, ao romance A paixão segundo G. H.. Compete-lhe o risco.[xi]

 

*Ricardo Iannace é professor de comunicação e semiótica na Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da FFLCH-USP. Autor, entre outros livros, de Retratos em Clarice Lispector: literatura, pintura e fotografia (Ed. UFMG).

CORRUPÇÃO

 

CORRUPÇÃO

 

60 ANOS EM ...

Já parou para pensar???

Em 2014, fomos às ruas para tentar derrubar a tresloucada Dilma... votando no Aécio. Sim, o Aécio, o cara que era chefe de quase todo o esquema de corrupção, traficante e drogado, mancomunado com o PT e com todo o lixo que nos governou durante os últimos 30 anos.

Nós éramos completamente cegos e ignorantes na política. Éramos escravos do sistema e nem sabíamos que havia um sistema!

Para nós, Olavo de Carvalho era um desconhecido; Enéas Carneiro era um louco; Roberto Campos era o “Bob Fields” e Bolsonaro era o deputado nervosinho.

Confiávamos na Rede Globo e batíamos palmas para os artistas sem talento que compravam apartamento em Paris e Nova Iorque com nosso dinheiro.

Em apenas 6 anos (6 e não 60):

- Tiramos uma débil mental e ex-terrorista do poder

- Prendemos um semianalfabeto corrupto e seu bando

- Elegemos o primeiro Presidente de direita dos 500 anos do Brasil

- Aprendemos muito mais de política do que de futebol

- Esvaziamos as plateias de artistas comunistas e sem talento

- Paulo Guedes foi eleito o melhor Ministro da Fazenda do mundo de 2019

- Demos uma banana para Cuba e Venezuela e nos aliamos a EUA e Israel

- Quebramos a espinha dorsal de um sistema de ensino que criava zumbis esquerdistas

- Boicotamos uma das mais influentes emissoras de TV do mundo

- Identificamos quem são Maia e Alcolumbre e muitos outros traidores

- Tivemos o prazer de aprender com um ministro da Educação que os 11 do STF não passam de bandidos com toga.

- Enfim, Bolsonaro escancarou todo o sistema podre! Bolsonaro abriu a tampa do imenso bueiro! Ratos  baratas estão desesperados!

-

-Bolsonaro fez o povo ficar ciente da política e da economia como nunca!

 

-Bolsonaro governa com transparência, ou seja, ele mostra seus erros e acertos.

-Bolsonaro nos devolveu o amor pelo nosso país

Você acha que enterraremos um sistema todo em 6 anos???

Claro que não! Mas estamos mais fortes e mais lúcidos do que nunca estivemos.

Desistir, nunca! Render-se, jamais!

Por tudo o que Bolsonaro passou (e passa), apostando até sua vida por nós, o mínimo que devemos fazer é ter a decência de lutar com toda a força e coragem que tivermos.

 

*ESTAMOS JUNTOS, BRASIL!*

 

Copie o texto e cole na lista, vai direto pra todos os contatos da lista.

 

Copiado e colado! Assim eles não bloqueiam, por enquanto. 🇧🇷`

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