quarta-feira, 28 de outubro de 2015

PÉROLA RARA



      


                                 


Quando jovens,
No mundo não existe amanhã,
Aqui agora, vamos definir,
Por que esperar.
O tempo corre,
Planos mal traçados,
Serão um empecilho,
Depois do amanhã comprometido,
Por valores familiares.
Não devemos mudar.
Eram os costumes do momento.
Palavras eram cumpridas,
Mesmo que fossem apenas,
Uma demonstração, 
Teatral, ritual, natural, acomodação.
Não pude cumprir o que não me comprometi.
Dar um novo pai, uma nova irmã,
Sentia que era o que mais queria,
Como agir, por obrigação?
Não aceito inseminação,
Nem alguém,  apenas para suportar,
Filha teria sido ótimo!
Mas  onde comprar?
Adotar, não era o momento,
Pensei uma responsabilidade,
A mais, para sobrecarregar
Alguém já cansada,
Deu o que podia,
O melhor, foi aceitar, 
E o próximo tentar ajudar.

Outubro    2015
Dionê


                                                                 

                                     

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

VALOR






No silêncio me pergunto,
Lutei, aceitei, vivi
Escondida dentro de mim.
Fiz o que queriam,
Não perguntavam,
Determinavam.
Outros, iludiam.
Surfista driblando as ondas,
Eu no dia a dia.
Sem prêmios,
Palavras apenas vazias.
Como massa de oleiro,
Vivi deixando-me moldar,
Quebrou,  emendei, colei os
Pedaços para suportar os
Valores, que carregava.
Medo do incerto, desacertos,
Por certo, impiedosos,
Cobrariam.
O tempo correu a luta não terminou,
Tenho que provar todos os dias,
Que tenho valor.
Um sorriso sem graça
Compartilham, tentando agradar.
Pensam me conhecer,
Nem eu tenho esse poder,
Falam o que não sabem,
Impondo seu parecer.

Outubro 2015
           Dionê.                  

LEMBRANÇAS



   
Lembrar nem sempre é fácil.
Sentimos as ausências,
Inevitáveis na vida.
Aceitamos,
Mesmo as falhas,
Que alguns, sem pensar,
Sem medir as consequências,
Partiram, deixando,
Um vazio no coração,
Mas também na mesa vazia.




Mas, falemos  dos momentos,
Onde parecíamos eternos,
Todos juntos,
Divergentes,
Mas rememorando
Tempos de outrora,
Novas caras, novos temperamentos,
Comportamento, numa tentativa,
De conservar o passado,
E direcionar os mais novos,
Na  preservação da unidade,
Fortalecendo os laços,
Que tende, aos  pouco findar,
A exclusão. é nociva,
A família desintegrasse,
Valores são mudados,
Como num jogo sem ganhadores,
Continuam a jogar,
Perderam os valores,
Dos que antecederam.

A única meta é ganhar,
Dane-se o que precisar.

Outubro  2015
Dionê.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

INVEJA






Que sou afinal,
Lúcida, ou com perturbação
Mental,  senilidade talvez,
Inveja também é doença,
Da alma, enfraquecida,
Querendo se afirmar.
Competição,  de quem não sabe
Enxergar.
Relação compartilhada,
Acrescenta, soma,
Nunca dividirá.
Nela uma apenas ganha,
O outro, perderá.
Precisamos impor nossas
Verdades, que  foram vivenciadas
O que foi hoje, amanhã  será ou não.
Mentes conscientes aprendem
Diariamente, são regadas,
Pelo desejo de  crescer.


Outubro  2015 
Dionê.                                       

NADA SEI





“Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”.

Sempre rascunhei o que escrevia, e rasgava.
Tinha vergonha das críticas, com relação aos temas, aos erros ortográficos,
E todos os demais.
Até que incluiu meu nome numa relação para poemas natalinos, no CEPA.

Ideia do meu irmão Geraldo.
Escrevi não só esse, como outros. Pequenos foram publicados.
Continuei escrevendo,  sem mostrar a ninguém,  rasgando ou guardando.
Perdi vários por ataque dos cupins Desceram pela laje. Não sei se gostaram.
Continuava fechada para todos.
Até que comprei um computador Comecei a ler vários e-mails.
Fiquei perplexa! Como tiveram coragem de publicar?
Alguns péssimos.
Eu calada, amontoava minhas convicções,  com medo.
De que, por quê?
Sou livre. Posso não agradar a todos, mas reivindico o direito   de pensar.
Dizer, Não gosta? Exclua. Penso, logo existo.
Existo para manifestar o pouco que sei.
Serve mais para mim que a você.
Sem egoísmo exponho as situações que,
Deixei de realizar.

Outubro 2015
 Dionê.


MÃE CORAGEM (MINHA MÃE).





Logo cedo casou,
Não foi imposição,
Foi amor,
Uma fatalidade o levou.
Com apenas quarenta e cinco anos,
Esse contrato legal que
Sempre honrou. Findou.
O amado Deus levou.
Batalhas, filhos para criar,
Filha especial, lutas, esperanças
Vive na certeza, que  tudo dará certo,
O tempo, fará sua parte, ora, crê, e espera.
Eram quatro, hoje apenas três,
Teve que suportar.
Perder, mais um, sem saber o que tinha.
Mas tristezas,
A riqueza dela, desfalcada.
Noventa e um anos de idade,
Lúcida, participante,
As lágrimas e saudades,
Deposita,
Aos pés do Criador,
Que forças faz jorrar.
Nada temos que cobrar,
Viveu para a família,
Dona de casa ativa,
Não deixou nada faltar.
Simples, não se formou,
Aprendeu com a vida,
E no Azevedo Fernandes,
No dia a dia buscou,
As soluções mirabolantes,
Abrigou os que  precisaram,
Alimentou, presenteou,
Costurou, cozinhou,
Foi pai e mãe, boa filha e irmã,
Inocente prosseguia,
Perseguindo, o melhor,
Esquecendo de olhar
O tempo que implacável  corrompe
Valores, nocivos que não viveu,
Acredita  que o mundo
Parou, na inocência,
Que sempre viveu.
Obrigada. O Senhor a abençoe e guarde!
O tempo mostrará
Que é Insubstituível!
Outubro  2015
Dionê.

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