segunda-feira, 29 de julho de 2019

BRASIL RUPTURA INSTITUCIONAL

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O BRASIL EM GUERRA/RUPTURA INSTITUCIONAL - O Brasil enfrenta realidade inusitada. Em sua história de Nação Independente, jamais viram os brasileiros a situação com que todos se deparam e convivem. O Nordeste dividindo o País. A Amazônia assaltada por ONGs, cujos olhares estão voltados para suas riquezas naturais, sob argumentos suspeitos, sendo o maior deles a proteção e serviços aos índios. Nela canalizam-se rios de dinheiro forasteiro, vinculado, sem beneficio de sua população. No Nordeste associações de pouco vulto preponderam, recebedoras de transferências voluntárias, subscritoras de convênios mal conduzidos, com prestações de contas inconsistentes.
Os tribunais de contas terão enorme trabalho.
O País está em guerra. Em todos os rincões há celeumas, distorções, mentiras (as fakes News nesse particular tem lugar de destaque), hackers, Gleen Greenwald (verdevaldo): indivíduo estrangeiro, persona non grata em seu país, atuando no Brasil com desenvoltura contra autoridades constituídas e sua afirmada aproximação ao PT (? – a denúncia envolve o PCdoB, da candidata a vice Manuela Pinto Vieira D’Ávila, com a suspeita de ter intermediado o hacker Walter Delgati e o Intercept), congressista e juízes em caça à Lava Jato de forma contrária às suas investiduras, tudo isso, e mais tantos outros fatos, nos levam a concluir sobre a existência de uma certa forma de ruptura institucional da Nação Brasileira. Com máxima vênia dos doutos juristas, abstrai-me de definições técnicas consagradas.
Democracia e anarquia se entrelaçam, demonstrando-se
difícil a condução do País. Grupos e políticos inconformados com a derrota nas eleições afrontam o Governo em desrespeito nunca visto. A população dividida desce às trincheiras. Militares, alguns, lançam suas vozes contra esse estado de coisas. Os quartéis permanecem em silêncio. Neles não há posicionamento das tropas nem de seus oficiais.
A esquerda esbraveja, sapateia, usa a desinformação em proveito de seus objetivos internacionais.
A grita é orquestrada para justificar o frenesi com vistas ao impeachment presidencial. E a direita, agora desperta, faz tremular a Bandeira Nacional, a insubstituível, na forma apregoada, verde e amarelo. Até do futebol ouvem-se vozes, algumas passionais, a de Tite por exemplo, não sabendo separar função e pessoa, torna-se antipática e mal situada. No caso do futebol, dois representantes do Brasil, sua autoridade máxima, o Presidente, que fez por desconhecer a descortesia sofrida e o técnico da Seleção Brasileira, autor da ofensa, que rejeita a ele, Jair Bolsonaro, argumentando não ter postura política, embora de braços dados com o ex-presidente.
Foro de São Paulo, seu anunciado fim material, Venezuela, Cuba, EUA, Trump e Bolsonaro, a direita eleitora - mais de 57,7 milhões de brasileiros - e a esquerda, em tese, 46 milhões, defrontam-se em guerra fria e voraz, ameaçadora e perigosa. Grupos, famílias, amigos, religiões dividem-se, em aspectos dantescos tal os excessos. Triste realidade.
O PAPA não se faz imparcial, ao que dizem e se publica, coloca-se de forma pouca simpática. Qual o seu prisma de observação? Não esclareceu.
A OAB com posição que mais define seu presidente, também dividida, não é modelo de imparcialidade.
O arcabouço nacional está em guerra fratricida. Contrariando pretensões desagregadoras as autoridades constituídas seguram o País, impedem ruptura e firmam o estado democrático de direito, em defesa dos interesses nacionais. Mas, essa situação não pode perdurar. Intelectuais e juristas e políticos de boa cepa precisariam colocar-se acima de ideologias; pensar na Nação Brasileira, seu povo e seu território, como mundo continental, com geopolítica favorável a interesses distantes daqueles nacionais. O rico Brasil, de longas fronteiras circundantes não é desconhecido por nações poderosas, que o objetivam, ou podem-no objetivar. Não devem e não podem abstrair-se, esquecer-se, da desejada internacionaliz
ação da Amazônia. Um povo que se digladia, com ouvidos moucos e olhos cegos aos exemplos da História e de episódios contemporâneos que a estão a formar, deveria precaver-se contra provável histeria coletiva, que nos lembraria a “Guerra dos Mundos”, 1938, transmitida pela rádio Columbia Broadcasting System, Estados Unidos, um pseudo acontecimento. Aqui seria real.
Geraldo Leony Machado
SSA, 28.07.2019
Ontem às 21:20
Público

sexta-feira, 26 de julho de 2019

UFANO DO MEU PAÍS!


Por que me ufano de meu país
Vibro com nossos sons, sotaques e sabores, que me fazem sempre querer voltar
Zeca Camargo
25.jul.2019 à 1h00
De Cafundó na Paraíba a Ametista do Sul no Rio Grande do Sul. De Camela em Pernambuco a Ponta Porã no Mato Grosso do Sul. De Mossoró no Rio Grande do Norte a Bastos em São Paulo. Da Ilha do Bananal no Tocantins a Burarama no Espírito Santo. De Ibitipoca em Minas Gerais a Soure no Pará. 
Estes são apenas alguns lugares que já visitei neste Brasil imenso e lindo. Mas de qualquer canto que você quiser sair a qualquer outro canto que você quiser chegar neste nosso país a fascinação é a mesma. E é por isso que me ufano de meu país.
A frase não é minha, claro. Pego-a emprestada do famoso historiador Afonso Celso, que na virada para o século 20 arriscou esse elogio à beleza da nossa força natural e também àquela nossa qualidade maior: a mistura da nossa gente.
Somos uma nação de retirantes, transeuntes, deslocados, passageiros —migrantes. Vamos do norte ao sul, do centro para o oeste, do litoral para o interior porque é isso que está na nossa alma. Viajamos com o conforto de quem leva a mesma língua na bagagem e a certeza de que, por conta dela, seremos bem recebidos. 
Por onde passo, ganho e distribuo carinho num ritmo tão intenso que não tenho chance de lembrar que o adjetivo “bem-vindo” tem também seu antônimo. Levo no peito o passe livre da minha brasilidade, do meu orgulho de ser daqui —o mesmo que noto em cada aperto de mão que troco, em cada bochecha que se toca num beijo oco, mas não menos afável.
Também me ufano dos sabores que experimento aqui, do pastel aqui da feira à tapioca de Trancoso; do amargo tentador da macaxeira de dona Jerônima no Marajó ao saudoso frango com quiabo da Nilda, que cozinhava maravilhas no fogão de lenha da minha avó em Uberaba; do arroz de porco da cozinha afetiva de Rodrigo Aragão em Maceió ao brodo quentinho da dona Luizinha de Curitibanos; do aipim supremo da chef Magda em Bonito à Denominação de Origem Cearense criada pelo Léo Gonçalves em Fortaleza; dos yakisobas de Campo Grande à formiga amazônica de Alex Atala
Nossos sotaques cantam nos meus ouvidos: o “r” duro de Chapecó, o “s” meio “x” do “visse” de Recife, aquele “ô” fechado da zona leste paulistana, a doçura das sílabas de um potiguar, o “t” seco dos paranaenses, o “nh” que vira “m” nos diminuitivos mineiros e “i” nos paraenses, o “l” que passeia no céu da boca do paraibano, o “mérmão” do carioca, o oculto acento agudo que os baianos têm a gentil teimosia de “intróduzir” em vogais inesperadas, a saudade açoriana do manezinho de Floripa.




Danço e vibro com nossos sons. Com o bumbo que faz o boi-bumbá e com o triângulo que adoça o forró. Com o cavaco do samba de roda e com a viola que define o sertão. Com o pé que bate na catira e com o metal que estala na madeira do boleador gaúcho. Com o baixo grave do brega do norte e com o surdo longo do tambor do Olodum. Com a batida mínima do funk carioca e com a rima máxima do repentista. Com Anitta, DJ Dolores, Helena Meirelles, Alok, Xand Avião, Maria Bethânia, Tiago Iorc, Mart’nália, Pretinho da Serrinha, Lô Borges, Paulinho da Viola, Gaby Amarantos, Johnny Hooker, Assis Valente, Clara Nunes, Jaloo, Elza Soares. Com Alcione.

Eu me ufano de tudo isso porque sou brasileiro. Porque este país me inspira. Porque eu quero viajar pelo mundo mas sempre voltar para cá. Eu me ufano de cada pedaço deste chão, de cada pé que toca cada pedaço. De quem circula por esse território e quer vê-lo melhor e mais unido.
Só não me ufano de quem, no lugar de abraçar nosso país, quer fragmentá-lo com seu preconceito e transformá-lo em uma terra não dessa gente maravilhosa e diversa, mas privilégio de quem só sabe admirar um espelho. E nem merece a honra e a nobreza de ter a palavra “brasileiro” no passaporte, abaixo de onde se lê “nacionalidade”.
​​​​​​​Por sorte sei que quem cabe nessa definição nem me leu até aqui. Desistiu da coluna já no título, ao se deparar com o próprio verbo lá conjugado. Menos por não se identificar com seu significado do que pelo simples fato de desconhecê-lo. A esses, desejo só que se ufanem da sua ignorância.
Zeca Camargo
Jornalista e apresentador da TV Globo, autor de “A Fantástica Volta ao Mundo”.
A TV GLOBO NÃO SE UFANA, TANTO QUANTO VOCÊ! D.M.

AGOSTINHO DA SILVA !




 Citações
“A solidão é uma ocasião extraordinária de diálogo consigo próprio.”
“O que impede de saber não são nem o tempo nem a
inteligência, mas somente a falta de curiosidade.”
“O homem não nasce para trabalhar, nasce para criar, para ser o tal poeta à solta.”
“A pessoa deve encontrar-se a si própria e fazer todo o possível para que não haja uma  discórdia consigo mesma.”
“O que interessa na vida não é prever os perigos das viagens; é tê-las feito.”
“Quem fala de Amor não ama verdadeiramente: talvez deseje, talvez possua, talvez esteja realizando uma ótima obra literária, mas realmente não ama; só a conquista do vulgar é pelo vulgar apregoado aos quatro ventos; quando se ama, em silêncio se ama.”
“Não me interessa ser original: interessa-me ser verdadeiro.”
“Como tudo é possível, ousemos fazer rumo ao impossível.”
“Entre as palavras e as ideias detesto esta: tolerância. É uma palavra das sociedades morais em face da imoralidade que utilizam. É uma ideia de desdém; parecendo celeste, é diabólica; é um revestimento de desprezo, com a agravante de muita gente que o enverga ficar com a convicção de que anda vestida de raios de sol.”
“O mundo acaba sempre por fazer o que sonharam os poetas.”
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10 das melhores frases do filósofo Agostinho da Silva
Fique a saber mais sobre os encantos da língua portuguesa, conhecendo alguns pensamentos de Agostinho da Silva, figura única do nosso país.
Agostinho da Silva (1906- 1994) – Breve biografia
Nascido na cidade do Porto, George Agostinho Baptista da Silva demonstrou desde cedo grande curiosidade e amor pelo conhecimento.
O seu percurso académico foi notável. Na Faculdade de Letras da Universidade do Porto concluiu, no ano de 1928, com 20 valores, a sua licenciatura em Filologia Clássica.
Um ano depois, doutorou-se com louvor, após defender a sua dissertação cujo título foi O Sentido Histórico das Civilizações Clássicas.

10 das melhores frases do filósofo Agostinho da Silva
Esteve em Paris, França, como bolseiro. Em 1931, estudou na Sorbonne e no Collége de France. Regressou a Portugal, onde lecionou no Liceu de Aveiro por dois anos. Em 1935, por se ter recusado a assinar uma declaração de fidelidade ao Estado Novo, foi demitido do Liceu de Aveiro (a Lei Cabral era obrigatória para todos os funcionários públicos).
Ruma à América do Sul, ao Brasil, passando ainda pelo Uruguai e pela Argentina, antes de se estabelecer em terras de Vera Cruz. É no Brasil que passa boa parte da sua vida. Nesse país, lecionou e contribuiu de forma aprofundada para a fundação de universidades, escolas e centros de investigação.
Morreu em Lisboa, a 3 de abril de 1994.
10 das melhores frases do filósofo Agostinho da Silva
Alguma bibliografia relevante
Sentido histórico das civilizações clássicas; Vida e Morte de Sócrates; A Vida de Francisco de Assis; Sete Cartas a um Jovem Filósofo; Uns Poemas de Agostinho.
Curiosidades
– Agostinho da Silva não tinha bilhete de identidade, nem número de contribuinte.
– Não pagava impostos.
– Foi preso pela PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado).
– Naturalizou-se cidadão brasileiro.
10 das melhores frases do filósofo Agostinho da Silva

10 das melhores frases do filósofo Agostinho da Silva
Programa Conversas Vadias
O pensamento original e controverso de Agostinho da Silva era profundamente respeitado pelos portugueses. Este pensador teve um programa na RTP (lançado em março de 1990), onde foi entrevistado por diversas personalidades de relevo como: Maria Elisa, Adelino Gomes, Joaquim Letria, Maria Isabel Barreno, Baptista-Bastos, Alice Cruz, Cáceres Monteiro, Fernando Alves, Herman José, Miguel Esteves Cardoso, Manuel António Pina, Joaquim Vieira.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

CLARO E O ESCURO

O CLARO E O ESCURO -

As coisas pequenas falam-me de uma beleza que não consigo explicar. Fazem-me ver as dimensões maiores. Às vezes, penso na flor margarida, na diminuta pedra, na água que corre, sacia a sede, causa tormentas e escorre para um mundo maior. Embriago-me com as gotas de orvalho, com a neblina, com o Sol que faz adormecer. Mas, sinto-me bem com a penumbra das tardes e dias chuvosos. Parece-me a gestação para a agonia do parto das fêmeas. Indicam-me suaves sons para altos acordes beethoveneanos, em surdez desconhecida diante de talento autoral absorvendo sons universais. Sim, recordo Ludwig Van Beethoven, 250 anos de nascimento.
A penumbra da tarde traz o início de um novo mundo, mundo íntimo, num recomeço constante. Nesses momentos, foge-me o pensar alto, cedendo lugar ao sentimento para a pequena flor amarela - tantas são suas pétalas, suas várias direções, para os pássaros amontoados nos ninhos – tão diversos, mas insubstituíveis, para a mulher à espera – doce carícia que completa e se faz necessária, para o cão a ladrar, o vento suave, o adro da igreja.
Gosto da noite. Noite alta de silêncio, onde os fatos alcançam sentido exato ou superdimensionado: uns gritos, uma carreira, agigantam-se à noite. A dor, o riso, o choro tornam-se mais dor, mais riso, mais choro. Lembro-me do éter, em dimensão excelsa e noto, em todas as noites, a voz de quem julga fazendo valer.
Em verdade, as luzes transformam o colorido dos homens. A noite tira-lhes a face, desnuda-os, são as personas que surgem sem as máscaras do cotidiano. E ele, o homem, é claro e é escuro, luz e sombra, virtude e pecado. Satisfações e necessidades num entremeado exigindo superação.
O Sol parece em tudo refletir circunstância de realidade para eventuais efeitos, efeitos de vida clara e difusa. Tudo é exposto indicando recomeço e fertilidade. A luz expulsa as trevas da noite. Os caminhos se aclaram e o caminheiro encontra tino e norte. O túnel de sua vida abre-lhe perspectiva de encontro acima e além de circunstâncias quaisquer. Homem e mulher que diferentes se completam, se fazem únicos em abraço reconfortante e caminham.

Geraldo Leony Machado

Republicação: Especulação e Análise.
Editoração CEPA – Anos 80 readaptação.
SSA 24.07.2019


SOU!

 
Nordestino,
Sou brasileiro,
Daqui saíram,
Grandes e famosos expoentes do Brasil..
O desdém é inveja,
Das demais regiões.
Sotaque diferente, prosa gostosa,

Agilidade artesanal, comidas brasileiras,
Autênticas, praias bonitas invejadas,
Povo alegre, festeiro,
Presa fácil para políticos safados.
Desviam nossos direitos,
Corrompem nossos destinos,
Mas, com Bolsonaro,
Tiraremos os ladrões,
O nordeste mostrará, que,
É o orgulho da nação!

Dionê Machado


Julho de 2019

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