quarta-feira, 14 de outubro de 2015

IDOSOS 1a. PARTE



Resumo: Visão da humanidade com relação ao idoso. Procuramos ouvir algumas pessoas, além das transcritas do Google. Não esgotamos o assunto. Longe disto. O futuro aponta para uma longevidade artificial. Os que viverem, constatará se certos ou errados mudarão a direção...

 Qual a importância do idoso na nossa vida?     01
Os idosos são de fundamental importância na nossa sociedade, pois além de ser a cultura viva dos nossos antepassados são o que há de mais "pronto", nos termos filosóficos, de um ser humano. Eles tiveram tantas experiências na vida que puderam evoluir como ninguém mais neste mundo.

Maltratar um idoso é como dar murro em ponta de faca, você estará se machucando. Todos os jovens de hoje serão velhos no futuro e isso é incontestável, é um fato. É compreensível o incomodo que os jovens têm para com os idosos, eles sempre relembram os seus tempos e de certa forma são dependentes, embora não gostem disso, mas isso não justifica a quebra dos valores pessoais como o respeito e a empatia, valores que parece que só os de cãs ainda pregam.

Além disso, ao conversar com um idoso você tem percepções e concepções que jamais teria com qualquer outra pessoa. Eles transmitem seu aprendizado de anos, aquilo que levaram longo tempo para aprender, e de graça. Sem pedir nada em troca.

Ainda convém lembrar que o idoso na sociedade contemporânea não é visto como uma pessoa inteligente que tem muito a acrescentar, ele é visto como uma coisa inútil, perto da morte, “aposentado”. Termos que diminuem sua importância e valor no meio em que vivemos, termos chulos para se referir a tamanha riqueza social.

Em virtude dos fatos mencionados, assim como a lua, a vida é constituída de fases. A fase de quando somos bebês, a fase da adolescência, a fase adulta e a velhice... Essas fases não podem ser evitadas nem mesmo pela pessoa mais rica do mundo. Então já é hora de pararmos e analisamos a real importância do idoso em nossas vidas, porque eles... Somos nós, no futuro.

Obs. Este foi o tema do Enem que foi cancelado, aproveitando o tema -que é muito bom- eu fiz esse texto mais para a reflexão das pessoas, para que elas possam realmente enxergar a importância do idoso em nossas vidas.                                                Correção: 10/08/12
Henrique Abrantes - Transcrito do Google




Anciãos transmitem cultura indígena       02
Na maior parte das sociedades indígenas a transmissão dos elementos culturais como a mitologia, os rituais e os costumes é feita oralmente e são os idosos que desempenham essa função fundamental para a sobrevivência dos povos.
Veja também o texto Índios mais velhos ajudam no resgate da sua cultura na revista Idade Ativa
Há exemplos da importância do idoso para a preservação das culturas em aldeias da Amazônia e em Mato Grosso do Sul, onde o cacique Kaiová, Paulito Aquino, que diz ter mais de 100 anos, é a única pessoa a realizar os rituais de perfuração dos lábios. Entre os Baniwa, do Alto Rio Negro, os idosos são os responsáveis por contar as histórias da criação do mundo durante os rituais de passagem de idade. Há relatos de velhos sábios com conhecimentos e poderes sobrenaturais que reuniam uma legião de seguidores. A importância da figura desses sábios está também na organização e reorganização social fundamental para a sobrevivência do grupo.A transmissão oral da cultura nativas acontece em todos os continentes.
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. No Brasil, existem cerca de 220 etnias indígenas e, em grande parte A transmissão oral da cultura
delas, a figura do ancião é valorizada como um arquivo vivo. Os saberes tradicionais englobam várias aspectos da vida nas aldeias, desde a medicina, com as curas através do conhecimentos dos remédios feitos de ervas e dos rituais xamânicos, até os cantos e as danças para os dias de festas.
A valorização das tradições passou a ser mais frequente, principalmente a partir das organizações políticas e sociais que aconteceram nas últimas décadas para exigir o respeito aos direitos indígenas e a demarcação das terras. Esses processos utilizam os velhos como principais fontes para o resgate cultural das tradições que foram abandonadas e perdidas com o contato com as áreas urbanas A pesquisadora Nádia Farage, do Departamento de Antropologia Social da Unicamp, diz que não dá para afirmar que todos os povos indígenas têm a mesma relação com os idosos "mas, via de regra, há essa tendência de maior valorização dos mais velhos que são os depositários da memória dos povos", afirma ela, que pesquisa a etnia Wapixana de Roraima. Segundo Farage, lá os velhos são vistos como uma marca do passado no presente, como uma dobradiça do tempo. "A realidade para eles é só o presente e o passado só existe na linguagem dos velhos", diz Nádia.
Transcrito do Google.






Na China e no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria e respeito.

O fenômeno envelhecer é natural e inerente a toda espécie e tem sido preocupação da chamada civilização contemporânea.

Os idosos são tratados com respeito e atenção pela vasta experiência acumulada em seus anos de vida.

A família é o Porto Seguro do idoso.
Os familiares mais jovens declaram com orgulho os sacrifícios realizados pelos seus idosos em benefício da família, como a iniciação ao trabalho muito cedo com pouca instrução para o sustento e estudo dos filhos, demonstrando sempre alegria, festa e plenitude pela presença do idoso.

A cultura dessas sociedades tem como tradição cuidar bem, glorificar e reverenciar seus idosos, resultado de uma educação milenar de dignidade e respeito.Os japoneses consultam seus anciãos antes de qualquer grande decisão, por considerarem seus conselhos sábios e experientes.

Em outros grupos das sociedades antigas, o ancião sempre ocupava uma posição digna e era sinônimo de forte aspiração perante todos.

Os idosos têm intensa atuação nas decisões importantes de seus grupos sociais, especialmente nos destinos políticos.

Na antiga China, o filósofo Confúcio ( que viveu entre os anos 551–479 a.C) já apregoava que as famílias deveriam obedecer e respeitar ao indivíduo mais idoso.

Na tradição japonesa é festejado de forma solene o aniversário do idoso.

No Japão, o Dia do Respeito ao Idoso (Keiro no hi) é comemorado desde 1947, na terceira segunda-feira de setembro, mas foi decretado como feriado nacional apenas em 1966.
Trata-se de um feriado dedicado aos idosos, quando os japoneses oram pela longevidade dos mais velhos e os agradecem pelas contribuições feitas à sociedade ao longo de suas vidas.

Não se pergunta a idade a uma mulher jovem, mas sim às mais idosas, que respondem com muito orgulho terem 70 ou 80 anos, ao contrário do que se passa na sociedade brasileira, em que a partir de certa idade não se deve perguntar a idade a uma senhora
para não causar constrangimentos, como terem-se muitos anos de vida fosse um motivo de vergonha ou ter-se algo a esconder.
Na tradição japonesa, ao completar 60 anos, é permitido ao homem o uso de blazer vermelho, pois somente com seis décadas de vida há a liberdade de usar a cor dos deuses.
(No Brasil a cor vermelha é destinada para os mais jovens, à medida que os indivíduos envelhecem as cores destinadas são as mais claras, pálidas, sóbrias, tristes).

Na sociedade chinesa é comum se encontrar anciãos, com 90/100 anos, fazendo diariamente atividade física nos parques municipais.

Como podemos mudar esse quadro no Brasil?
  • Estreitar o relacionamento com as pessoas idosas próximas, ouvir e valorizar suas histórias de vida.
  • Conhecer mais sobre os aspectos sociais, econômicos, étnicos, culturais, legais e biológicos do envelhecimento na sociedade brasileira e repensar as atitudes/valores quanto ao idoso.
  • Desmistificar as causas de criação de mitos e falsos parâmetros a cerca da velhice no Brasil.
  • Investir nas crianças de um aos três anos, momento da constituição da personalidade, propiciando a aproximação das mesmas aos idosos e que pelo exemplo de cuidado, atenção e respeito de seus pais a essas pessoas, as crianças poderiam internalizar esses valores/atitudes, apoiadas pelas escolas, igrejas e grupos sociais.
  • Reconhecer a potencialidade laborativa dos idosos sua saúde, energia e criatividade.
  • Favorecer a inclusão social do idoso promovendo o sentido da sua existência.
Enfim, o envelhecimento deve ser visto como o alcance de certo patamar de desenvolvimento humano, indicado pela presença de papéis sociais e de comportamentos considerados como apropriados ao adulto mais velho, designando-lhe adjetivos como experiente, prudente, paciente, tolerante, ouvinte, e acima de tudo sábio.
Transcrito do Google


Salmo–  71                                            04
1 Em ti, SENHOR, me refugio; não seja eu jamais envergonhado.
2 Livra-me por tua justiça e resgata-me; inclina-me os ouvidos e salva-me.
3 Sê tu para mim uma rocha habitável em que sempre me acolha; ordenaste que eu me salve, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.
4 Livra-me, Deus meu, das mãos do ímpio, das garras do homem injusto e cruel.
5 Pois tu és a minha esperança, SENHOR Deus, a minha confiança desde a minha mocidade.
6 Em ti me tenho apoiado desde o meu nascimento; do ventre materno tu me tiraste, tu és motivo para os meus louvores constantemente.
7 Para muitos sou como um portento, mas tu és o meu forte refúgio.
8 Os meus lábios estão cheios do teu louvor e da tua glória continuamente.
9 Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares.
10 Pois falam contra mim os meus inimigos; e os que me espreitam a alma consultam reunidos,
11 dizendo: Deus o desamparou; persegui-o e prendei-o, pois não há quem o livre.
12 Não te ausentes de mim, ó Deus; Deus meu, apressa-te em socorrer-me.
13 Sejam envergonhados e consumidos os que são adversários de minha alma; cubram-se de opróbrio e de vexame os que procuram o mal contra mim.
14 Quanto a mim, esperarei sempre e te louvarei mais e mais.
15 A minha boca relatará a tua justiça e de contínuo os feitos da tua salvação, ainda que eu não saiba o seu número.
16 Sinto-me na força do SENHOR Deus; e rememoro a tua justiça, a tua somente.
17 Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas.
18 Não me desamparem, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder.
19 Ora, a tua justiça, ó Deus, se eleva até aos céus. Grandes coisas tens feito, ó Deus; quem é semelhante a ti?
20 Tu, que me tens feito ver muitas angústias e males, me restaurarás ainda a vida e de novo me tirarás dos abismos da terra.
21 Aumenta a minha grandeza, conforta-me novamente.
22 Eu também te louvo com a lira, celebro a tua verdade, ó meu Deus; cantar-te-ei salmos na harpa, ó Santo de Israel.
23 Os meus lábios exultarão quando eu te salmodiar; também exultará a minha alma, que remiste.
24 Igualmente a minha língua celebrará a tua justiça todo o dia; pois estão envergonhados e confundidos os que procuram o mal contra mim.

Transcrito do Google- Bíblia J.F.A.



05
VELHOS?
 Tenho observado nos dias atuais, a discriminação
quanto aos mais idosos!
Chamam-nos de velhos.
Velhos,  não são sucatas, pois até elas são reaproveitáveis. Idosos são pessoas  com desgaste
natural, biológico,  psicológico,  social, financeiro...
·... Voltando no tempo, vejo estes idosos, lutando, batalhando,  suando, doando-se, deixando seus interesses em pro dos "jovens de hoje".
Deram tudo, fizeram o que podiam, e não podiam.
Também o que não deveriam ter feito.
Não era o tempo certo... Nem as pessoas certas...
Tudo que é fácil,  não se dá valor, não é reconhecido.
Hoje, o favor dos jovens é obrigação,  quando deveria ser gratidão.
Entendo que relações biológicas não são tão essenciais, mas sim , as da alma.
A alma amiga, é compreensiva,  agregadora, buriladora... Presente!
Trabalha o amigo, luta pelo crescimento em todos os aspectos. Sente a dor do outro, a tristeza, a luta...
É o amigo ideal!
Contudo, amigo está em falta! Na verdade, custa caro!
O ser humano só se interessa pelo seu ego.
Tudo gira em torno dos seus interesses imediatos.
Que saudade dos meus velhos!
Fizeram a minha história,  aprendi com eles, me alegraram, serviram, deram mais que eu para eles.
Obrigada meus velhos, tenho de todas gratas lembranças. .!
Hoje, os entendo melhor!
10.07.2009
Dionê Machado

Eclesiastes - capítulo 12       ( 06).
 

O último capítulo de Eclesiastes é um poema belíssimo sobre a decadência inexorável da vida de cada um de nós, ou seja, o envelhecimento que nos acomete a todos os que tivemos o prazer de passar pela juventude e ver os anos bons em que tínhamos força, curiosidade e vitalidade para experimentar os prazeres da vida, desde os mais simples até os mais complexos. 


O chamado constante do Pregador à sabedoria não deixa de ser um lembrete para que todos os jovens (de corpo e de espírito) se preparem para o destino inevitável – a morte – e quando este preparo é feito sabiamente, não deixa de ser uma espécie de "décadence avec élégance" ("decadência com elegância"), já que tolo é aquele que se revolta contra o processo orgânico inevitável que nos leva ao fim da vida. 
E a morte deve ser vista, também, como uma celebração da vida, como um retorno à casa do Pai (12:7), por mais que seja doloroso pensar que existe um fim para a existência, seja a nossa própria, seja a dos nossos queridos. 

É nesse espírito que Coélet escreve as palavras finais de Eclesiastes, chamando a atenção do jovem para Deus, que é o grande Provedor de todas as coisas, que é o grande sustentador da vida, mas é também Aquele que nos recebe de braços abertos depois de uma vida entregue a Ele.


Assim, a primeira parte do capítulo 12 de Eclesiastes exorta o leitor a lembrar-se do Criador em três momentos (três "antes"), um no v. 1 (que mostra a perda da alegria de viver), outro nos versículos 2 a 5 (que falam do envelhecimento físico) e o terceiro nos versículos 6 e 7 (que se referem ao fim propriamente dito, à morte). 


No primeiro ANTES (v. 1), o Pregador fala da perda da alegria de viver, da importância de se lembrar de Deus e do dom da vida "antes que venham os maus dias" e cheguem os anos em que se possa dizer que neles não há mais prazer, alegria e felicidade. 
Este não deixa de ser um reforço à pregação que ele vinha fazendo, ou 

seja, de se aproveitar a vida, pelo simples fato de existir, nos bons e maus momentos. 

Nos vv. 2-5, o Pregador diz que devemos lembrar do Criador ANTES que a decadência física seja incontornável, e a partir daí começa a descrever de uma maneira poética belíssima, como o nosso corpo – definitivamente – não responde mais aos estímulos que no circundam. 

É claro que a tendência natural do ser humano é passar por uma fase de esplendor físico na juventude, e a partir de uma certa idade, o organismo começa, por assim dizer, a se desconstruir, assim como o Pregador vinha desconstruindo – nos capítulos anteriores - Há um momento final, entretanto, em que o corpo entra em colapso, e a partir daí a vista escurece, os ouvidos mal conseguem detectar o sussurro, o corpo treme, os dentes caem, o prazer sexual (o perecer do "apetite" do v. 5) se esvai, e o sono não serve mais de repouso (o "levantar-se à voz das aves" do v. 4). 

Depois dessa descrição triste, mas realista, vem o desenlace final, o terceiro ANTES (vv. 6), que é o rompimento do cordão de prata e do copo de ouro, o cântaro que quebra junto à fonte, e para mais nada serve senão ser jogado fora. Perde a sua utilidade, simplesmente não existe mais. 


Tudo poderia terminar por aí, mas Salomão conclui dizendo que ainda que o pó volte à terra, inservível para os propósitos humanos, por outro lado o espírito volta a Deus, que o deu (v. 7), porque "vaidade de vaidade, diz o pregador, tudo é vaidade" (v. 8). 


Não por acaso, esta é a sublime conclusão do discurso do Pregador, a mesma que ele já adiantara ao iniciá-lo (1:2). 


Mais que um discurso, este é um percurso que ele apresenta, o seu percurso "debaixo do sol", expressão tão repetida em Eclesiastes, que dá a ideia de que a nossa vida é como um dia que amanhece, transcorre e se vai ao escurecer:
exceção da vida que o senso comum dita. 1:3 Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
1:4 Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
1:5 Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
1:6 O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
1:7 Todos os rios vão para o mar, e, contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
1:8 Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.


1:9 O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.

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