Muito querida irmã Dionê (Neinha),
Amanhã gostaria de poder lhe telefonar e desejar-lhe saúde, paz,
felicidade em Cristo Jesus. O que faço agora.
Sei que as circunstâncias de sua vida são difíceis, mas, não há fardo
sem merecimento. Não existem peleja, provações, missões, ou outro envolvimento
qualquer, sem que o chamado Divino tenha ocorrido.
Neste 11 de abril de 2013 gostaria de estar com vc. e vê-la sorrir,
consciente de que há predestinação para aqueles que precisam altear-se, vencer
liames, ultrapassar barreiras, reformar-se, revestir-se de valores que
preexistem e precisam aflorar.
Creio nisso, e respaldo-me com os exemplos de Paulo de Tarso (São
Paulo), de Simão (Cefas, Pedro, São Pedro), ou de outros, mais próximos de nós,
a exemplo de Tereza de Ávila, Irmã Dulce, apenas para citar os que, de logo,
vêm à minha mente.
Imóbil, que felicidade se pode ter? Toda aquela que emana da convicção
do espírito que tudo está a passar, e que logo passará, cabendo-nos honrar a
condição que nos circunda ou, mesmo, escraviza, pois ela é condição de pensar,
de superar, para além do diamante ter-se o brilhante.
Não são palavras ocas estas. É o que sinto.
A superação é exigida tão-só àqueles que a podem fazer acontecer. Ressalvem-se os que nascem
santos (?). Nós outros – talvez vc. em
particular – esteja nesse processo.
A chamada a vc. depende de condições, que não sabemos quais, porém pode
estar acontecendo, porque vc. o deseja, porque vc. luta por isso, porque vc.
tem valor, porque vc.precisa livrar-se de amarras e, mesmo, superar-se, superar
circunstâncias do seu próprio ser.
O amor irrestrito que por vc. nutrimos, faz-nos (faz-me) falar assim,
porque sua dor é a nossa (a minha dor), o que a atinge nos (me) atinge, sua
tristeza é nossa (minha) tristeza, mas sua VITÓRIA será nossa ( a minha)
incomensurável vitória, ainda que não
tenha assento no mesmo grandioso lugar, que – por certo – há de lhe estar
reservado, dependente do seu caminhar e entrega da cruz que lhe foi imposta.
Uma abertura sempre maior de coração se fez necessária. Isso e aquilo -
quem sabe – são as chaves de um chegar
maduro, irreversível.
Permita-me essa ilação do meu pensamento, apenas meu pensamento, um
pensamento sem dimensão, ou de pequena dimensão.
Seu irmão, que não pode perdê-la, que não pode perder sua fraternidade,
mesmo em vida.
Geraldo (seu, o de sempre, Didinho).
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