sábado, 10 de outubro de 2015

LUXÚRIA




Quem somos?
Uma larva, num casulo apertado?
Um ser num ovo, tentando sair?
Ou  está numa gaiola, tentando escapar
Um broto que no chão cresceu,
Entre tantos, pergunta,
Quem somos?
De onde sou?
Do mar,
Do mato,
Voador,
Rastejando sem rumo?
Não somos nada.
Pensamos ser tudo,
Somo vis
Orgulhosos,
Hipócritas,
Pobres dependentes,
Pecadores acorrentados,
Apodrecendo na lama,
Corruptos,
Com cara de santarrões.
Chegamos ao fim.
Com milhões ou sem tostão.
Descemos num caixão.
Não podemos levar nada.
Sem direito a decisão,
Aguardemos  a chegada,
Escolheu o desfecho,
A sentença está escrita,
Sem nenhuma apelação.
Outubro 2015.
Dionê

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