domingo, 18 de outubro de 2015
SILÊNCIO
Calar nem sempre é estar em silêncio. ,
A mente fervilha cheia de perguntas
Ou respostas.
Amor ou dor guardados
Com medo ou raiva de não agradar,
Porque não falar?
Coração dispara ou para,
Não consegue entender,
Nem chorar.
O silêncio fala.
Diz mais que mil palavras,
Deixam marcas gravadas,
A nos lembrar, da boa ou má ação.
E o outro?
Não sente, nada importa,
Fez sem pensar.
O tempo fará esquecer, diz,
Sem sentimentos, agirá,
Tantas vezes, seu ego não vê
Nada o fará mudar.
O silêncio, é fuga?
É perceber sua pequenez,
Ou sua altivez,
Diante de medíocres falantes?
Dói, isola, numa luta constante,
Talvez faça crescer,
Nas barreiras, não fuja,
Aprenda a lutar.
Solidão, silêncio, contido,
Vazio, ou escolha,
Muitos não suportaram,
Sucumbiram, caíram,
Jazem na eterna solidão.
Outros renasceram,
Como águias voaram,
Sem direção...
Solidão não é ser solitário.
Duas vivências, diferentes,
Dependem da situação, da visão,
Da ajuda, do esforço,
Difícil, mas não impossível.
Nascemos para partilhar,
Com outro ser, até os irracionais,
Vegetais, o sol a lua, estrelas,
Os mares, rios, numa coordenação
Perfeita, a espera de quem os criou...
Outubro 2015
Dionê.
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