quinta-feira, 22 de outubro de 2015

MÃE CORAGEM (MINHA MÃE).





Logo cedo casou,
Não foi imposição,
Foi amor,
Uma fatalidade o levou.
Com apenas quarenta e cinco anos,
Esse contrato legal que
Sempre honrou. Findou.
O amado Deus levou.
Batalhas, filhos para criar,
Filha especial, lutas, esperanças
Vive na certeza, que  tudo dará certo,
O tempo, fará sua parte, ora, crê, e espera.
Eram quatro, hoje apenas três,
Teve que suportar.
Perder, mais um, sem saber o que tinha.
Mas tristezas,
A riqueza dela, desfalcada.
Noventa e um anos de idade,
Lúcida, participante,
As lágrimas e saudades,
Deposita,
Aos pés do Criador,
Que forças faz jorrar.
Nada temos que cobrar,
Viveu para a família,
Dona de casa ativa,
Não deixou nada faltar.
Simples, não se formou,
Aprendeu com a vida,
E no Azevedo Fernandes,
No dia a dia buscou,
As soluções mirabolantes,
Abrigou os que  precisaram,
Alimentou, presenteou,
Costurou, cozinhou,
Foi pai e mãe, boa filha e irmã,
Inocente prosseguia,
Perseguindo, o melhor,
Esquecendo de olhar
O tempo que implacável  corrompe
Valores, nocivos que não viveu,
Acredita  que o mundo
Parou, na inocência,
Que sempre viveu.
Obrigada. O Senhor a abençoe e guarde!
O tempo mostrará
Que é Insubstituível!
Outubro  2015
Dionê.

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