PAI
Nasci, fui batizada.
Logo cresci, breve
Oração, antes de dormir.
Vivi onde seu nome,
Era pronunciado,como
De outras imagens,
Quadros com índios,
Figuras afros,
Visitas estranhas,
Nunca entendi.
Fiz comunhão,
Tudo no mesmo,
Um rádio que minha
Avó, acreditava e ouvia.
Coisas aconteciam,
Sem entender, falavam de mortos,
Acreditavam que viriam, fazer encantos, milagres,
Que nunca vi ou senti.
Não via melhoras,
Mais confusão. ..
Coroei uma imagem, diziam ser
Maria, a colega não
Podia, por ter nascido, negra!
PAI
Frequentei querendo ou não lugares, também lá não o encontrei...
A vida trabalhosa,
Perdas antecipadas,
Uniões desiguais,
Grupos que se desfizeram.
Para aumentar sua falta, nova estrada surgiu, que levou na mesma hora!
A outra,quase leva depois...!
PAI
Onde estava?
Não sabia, revoltada,desconhecia, quem ao meu lado estava,
Lutava, e o inimigo derrotou ...
PAI
Nada me consolava,
Muda, desdenhava,
Da sua presença,
Visível, e do milagre,
Chegar e como uma mágica acontecer...
Não foi, não é assim,
Seu plano era maior,
Reconhecer meus erros, seria vital,
Dobrar a cerviz,
Gritar errei,
Não sou ninguém
Sem Ti
Não preciso ver,
Basta saber Senhor!
PAI
Não tenho nenhum poder,
Nada sou,
Aprendo apanhando,
Choro em silêncio,
Calada, penso:
Há um destino prá
Mim.
Tenho pressa, posso não suportar, minha
Vida, inclui diversos,
Que poderão partir antes de mim.
PAI
Fome mata,
Sede também,
Mas sem Ti,
Morre minha essência, com o objetivo, que não sei, mas vindo de Ti,
Deve ser tão grande,
Que no chão cairei,
Gritando: Eu vi, Eu vi!
Ele veio a mim!!!
Dionê Machado
Janeiro de 2019.
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