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O MALANDRO DO SERTÃO
Não dão atenção ao povo Que nasceu cá no nordeste. Somos massacrados, Chegamos de caminhão. Dizem, não são letrados... Cabeça chata jagunços, Construímos as metrópoles, Não somos doutor, roubaram nosso quinhão. Seguem um marmanjo, Cabra safado, Roubou meio mundo, Desbancou os doutores. Comprou a preço de ouro Dá ordens ao juiz que recebe honorário, Daquele que os nomeou... Como cobra resvala. Nas mutações das estações, Com ninguém brinca, planeja, ordena Cada golpe de facão. Juízes brigaram encobrindo, um sitiozinho barato Desviando a atenção. Nós pagamos a estadia, fazendo o que planeja, Sou um comunista. Um guerrilheiro Quero roubar o povo brasileiro. Ser o dono, o Papa dos Brasis, Que já vendi e ninguém enxergou. Viva o índio que vendeu. O estrangeiro que levou. O brasileiro que deu, E você, como escravo, Torceu e em mim votou... Novembro de 2019. Dionê Leony Machado.
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