sábado, 29 de agosto de 2020

MÃE...

  Uma das coisas que tenho ouvido bastante atualmente é: - nossa, você é corajosa! Mãe de uma criança de 6 anos, uma bebê de 1 ano e grávida outra vez?! Confesso que o adjetivo  "medrosa" nunca me foi uma característica preponderante, mas, precisaria eu de menos coragem para ter um filho só? (Cabe a reflexão). O mundo anda, de fato, um tanto feio e esquisito (por todos os lados e nuances) e o que se há de convir é que a maternidade aflorou meus medos. Tenho medo de ver meus filhos provarem sofrimento, tenho medo do que lhes possa roubar o sorriso ou o privilégio de uma existência plena...sem falar de tantos outros medos, que por vezes apertam meu coração. O que sei, entretanto, nessa trajetória toda é que, se me fosse dado o ensejo de escolher um adjetivo que me descreva a alma e a sensação do momento, poderia dizer que me sinto rica. Sim! Rica de vida! Há muitos anos exprimi um desejo que me acalenta o coração e ele se resume nisso: ter uma existência que deixe rastros. Além e a despeito da profissão e do chamado ministerial, sei que a maternidade me proporciona isso, uma vida que se modela e se aperfeiçoa pelo ato de deixar-se gastar com e por outras vidas. Exerço, no meu maternar, a integralidade do meu ser, abastado em defeitos mas também com qualidades, e me dedico por entregar aos meus filhos tudo que em mim habita de princípios, valores e virtudes. O meu maior desejo, porém, nisso tudo, é que um dia eles cresçam e, estando eu aqui ou não, possam carregar consigo a Razão da minha/nossa esperança. É Ele, o nosso querido Jesus, que conduz essa história; Ele que nos permite olhar e promover beleza, mesmo quando diante de nós está o caos; é Ele que nos promete um futuro certo, cheio de paz, e é Nele que está ancorada a razão da nossa esperança! "Porque eu sei que o Redentor vive e que no fim de levantará sobre a terra." Jó 19:25

Juliana Leony Ribeiro




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