quinta-feira, 21 de abril de 2022

TORRE DE BABEL 01

 


A TORRE DE BABEL 01

A torre de Babel é um emblema da arrogância humana e do juízo divino. Ninrode edificou um império e fundou cidades-estados (Gn 10.8-12). Essa geração ímpia quis tornar o seu nome célebre e inverter o propósito de Deus de repovoar a terra (Compare Gn 9.1 com Gn 11.4). Desse episódio podemos tirar duas lições:

1)Em primeiro lugar, o humanismo idolátrico sempre alimenta projetos arrogantes (Gn 11.1-4). O texto bíblico nos informa que os homens se uniram não para construir uma cidade e uma torre, mas para construir uma cidade e uma torre em rebelião contra Deus.

Quais foram suas motivações?

1-Primeiro notoriedade (Gn 11.4a). Querem tornar célebre o seu nome. Querem fama. Desejam os holofotes. Aspiram ser o centro de todas as coisas. O antropocentrismo idolátrico não morreu.

2-Segundo, contrariar a vontade de Deus (Gn11.4b). A ordem de Deus era para encher a terra, ou seja, uma visão centrífuga e eles não querem ser espalhados, por isso, adotaram uma perspectiva centrípeta.

3-Terceiro, estabelecer uma nova religião (Gn 11.4). É óbvio que os construtores não eram tão tolos a ponto de pensar que poderiam construir uma torre cujo topo chegasse literalmente até aos céus. Essa torre era um zigurate, um monumento com propósito religioso, a fim de estabelecer contato com os deuses e buscar orientação nos astros. A torre de Babel é um símbolo da apostasia declarada e afrontosa.

 

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2.1)Em segundo lugar, o juízo de Deus é inevitável aos que arrogantemente desafiam seu poder (Gn 11.5-9). Os homens de Babel fizeram uma torre para os deuses descerem, mas quem desceu foi o Deus Todo-poderoso, o Deus da aliança, para exercer sobre eles o seu juízo. Deus entra em conselho com as pessoas da Trindade (Gn 11.5,6) para frustrar aquele projeto arrogante. Como Deus exerceu o seu juízo? Primeiro, confundiu a linguagem deles (Gn 11.7). Ao confundir a linguagem deles, não puderam mais entender uns aos outros. Desbancou, num só golpe, tanto o humanismo idolátrico como o panteão dos deuses que queriam invocar a partir de sua torre malfadada.

 2.2-Segundo- dispersou-os pela superfície da terra (Gn 11.8,9), impedindo que eles continuassem a edificar a cidade da rebelião. Deus os dispersou para que não tivessem todos que perecer nesse ajuntamento de rebelião e apostasia. A dispersão ao mesmo tempo em que foi um juízo divino, foi também uma demonstração de que o plano de Deus não pode ser frustrado e que sua graça triunfará. Deus formará uma nova nação a partir de Abraão, e por meio dele todas as famílias da terra serão abençoadas.

Rev. Hernandes Dias Lopes

 

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