A Tragédia de uma Elite
Ao tentar aniquilar Jair Bolsonaro, o regime brasileiro
acendeu um alarme no coração do trumpismo: o de que nenhuma liderança
conservadora estaria segura caso o precedente brasileiro triunfasse. A resposta
americana, portanto, não é diplomática — é doutrinária. Não protege apenas um
aliado: protege um paradigma.
Agora, Brasília encontra-se diante de um dilema insolúvel. A
perseguição a Bolsonaro, tratada internamente como jogo de poder,
transformou-se em pauta de segurança internacional. Trump, diferentemente dos
burocratas do Departamento de Estado, não age com distanciamento tecnocrático:
ele age com a força de um imperador pós-moderno, decidido a vingar um aliado
que vê como reflexo.
Recuar é admitir fraude narrativa. Avançar é desafiar
sanções que podem implodir a economia nacional. A elite brasileira, em seu
delírio tecnocrático, criou uma armadilha perfeita: qualquer saída agora
significa perder tudo.
Este não é apenas um embate entre um regime e um
ex-presidente. É um capítulo da nova guerra civilizacional que divide o
Ocidente: de um lado, o globalismo institucional, burocrático, moralmente
relativista; do outro, o populismo nacional-conservador, com raízes populares e
apelo emocional.
Bolsonaro tornou-se, por força das circunstâncias, um
símbolo continental — não apenas do Brasil, mas de toda uma corrente de
pensamento em ascensão no mundo. A tentativa de destruí-lo criou,
paradoxalmente, sua maior blindagem: a da transcendência política.
O mais devastador nesse episódio é a constatação de que tudo
poderia ter sido evitado. Bastava sensibilidade estratégica, leitura
geopolítica mínima, compreensão dos vetores do poder em 2025. Mas a elite
brasileira, viciada em sua bolha midiática e seduzida por sua autopercepção
iluminista, riu de Eduardo Bolsonaro e ignorou os sinais gritantes que vinham
do norte. As visitas a Mar-a-Lago. Os acenos de Trump. As falas inflamadas de
congressistas republicanos. A cobertura intensa da mídia conservadora
americana. Tudo foi tratado como ruído. Agora, é tarde.
O terremoto político reverbera para além das fronteiras.
Governos latino-americanos observam com atenção: se os EUA intervêm — política
e economicamente — para proteger um ex-presidente em outro país, qual será o
novo limite do jogo hemisférico? A lição é clara: o preço da repressão política
interna pode ser cobrado em escala internacional.
E, num paradoxo cruel, o regime que buscava apagar Bolsonaro
do mapa político acabou por elevá-lo à condição de ícone continental.
Quando a história se vira contra os arquitetos do poder
Não há mais zona cinzenta. Ou se rende completamente — com
anulação de processos, restauração de direitos políticos e reconhecimento de
abusos — ou se enfrenta o colapso: econômico, diplomático e moral.
O regime criou uma armadilha da qual não consegue sair,
porque a própria sobrevivência passou a depender da destruição de um homem — e,
agora, desse homem depende a estabilidade do país.
Os historiadores do futuro serão implacáveis. Identificarão
2025 como o ano em que o Brasil selou seu destino como peão no tabuleiro de uma
nova guerra ideológica global. Não foi a desigualdade. Não foi a polarização.
Não foi a corrupção. Foi a cegueira estratégica.
Tentaram destruir um homem. Destruíram a si mesmos.
E o homem de quem riam, por “fritar hambúrgueres” em
Missouri, agora observa — sereno, estratégico, firme — enquanto seus
adversários marcham em direção ao colapso que eles próprios arquitetaram.
A História, afinal, não perdoa arrogância acompanhada de ignorância.
E jamais subestima os homens que, em silêncio, constroem o futuro.
(Texto de Francisco Carneiro Júnior, autor da tetralogia
"O Silêncio das Noites Escuras — Guerra, terrorismo e operações
especiais")
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MUIIIIIIIITO BOM!!!
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