História
da escravidão 02
A
história da escravidão ou história da escravatura abrange muitas culturas,
nacionalidades e religiões desde os tempos antigos até os dias atuais. No
entanto, as posições sociais, econômicas e legais dos escravos diferiram
bastante em diferentes sistemas de escravidão em diferentes épocas e
lugares.[1]
A
escravidão ocorreu relativamente de forma rara entre as populações de
caçadores-coletores [2] porque ela se desenvolve sob condições de
estratificação social. [3] A escravidão se operava nas primeiras civilizações
(como a Suméria, na Mesopotâmia, [4] que remonta a 3500 a.C.). Ela aparece
presente no Código de Hamurabi da Mesopotâmia (c. 1860 AEC), que se refere a
ela como uma instituição estabelecida. [5] A escravidão tornou-se comum em
grande parte da Europa durante o início da Idade Média e continuou nos séculos
seguintes. As guerras bizantino-otomanas (1265-1479) e as guerras otomanas na
Europa (séculos XIV a XX) resultaram na captura de um grande número de escravos
cristãos. Os holandeses, franceses, espanhóis, portugueses, britânicos, árabes
e vários reinos da África Ocidental desempenharam um papel proeminente no
comércio de escravos no Atlântico, principalmente após 1600. A República de
Ragusa tornou-se o primeiro país europeu a proibir o tráfico de escravos em
1416. Na era moderna, a Dinamarca-Noruega aboliu o comércio em 1802
Embora
a escravidão não seja mais legal em qualquer lugar do mundo, o tráfico de seres
humanos continua sendo um problema internacional e, conforme dados de 2013,
cerca de 25 a 40 milhões de pessoas foram escravizadas, a maioria na Ásia.[6]
Durante a Segunda Guerra Civil do Sudão de 1983-2005, pessoas foram levadas à
escravidão.[7] No final dos anos 90, surgiram evidências de escravidão e
tráfico infantil sistemático em plantações de cacau na África Ocidental.[8] A
escravidão continua no século XXI. Embora a Mauritânia tenha criminalizado a
escravidão em agosto de 2007,[9] estima-se que até 600 mil homens, mulheres e
crianças, ou 20% da população da Mauritânia, estejam atualmente escravizados,
muitos deles usados como trabalho por dívida.[10] A escravidão no século XXI
continua, mesmo em países como os Estados Unidos e o Reino Unido, com a Índia
sendo a número um com uma estimativa de 8 milhões de escravos, seguida pela
China e pela Rússia.[11][12][13][14][15] Quase-estados islâmicos, como o Estado
Islâmico do Iraque e do Levante e Boko Haram, sequestraram e escravizaram
mulheres e crianças (muitas vezes para servir como escravas sexuais).[16][17]
Há mais escravos atualmente do que em qualquer outra época histórica, numa
estimativa de cerca de 40 milhões, ou 1 a cada 200 pessoas, segundo a
Organização Internacional do Trabalho e a Fundação Walk Free.[18]
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