quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A MISTERIOSA MULHER DE ROXO !



Florinda, que esse era o nome da Mulher de Roxo, fez parte da paisagem soteropolitana durante mais de três décadas, um personagem que se destacava pela sua indumentária extravagante com voz de falsete, pedindo dinheiro aos transeuntes. Andava descalça com um crucifixo no pescoço como complemento.
A Mulher de Roxo também usava vestes pretas e, segundo o jornalista Anysio Félix, até vestido de noiva, mas no geral roupas de veludo grosso no inclemente calor da Bahia. Passava o dia nas imediações da Casa Sloper, loja departamento da Rua Chile. No Carnaval, Florinda deixava o local e ia para outra área da cidade menos movimentada.
Tornou-se um personagem folclórico, querido pelos baianos, uma lenda urbana. Veio falecer em 1997 depois de acolhida pela Irmã Dulce. Florinda inspirou documentários, peças de teatro e até um personagem de Glauber Rocha no seu filme “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”, rodado em 1969. E é a Mulher de Roxo, uma das imagens do famoso painel do artista Carlos Bastos que retrata personalidades baianas, exposto na Assembleia Legislativa.
A Mulher de Roxo

Uma mulher, vestida de roxo, com roupas longas, mantas compridas, um grande crucifixo e uma Bíblia na mão tornou-se um mito popular do Centro Histórico nos anos 1970. Sua vestimenta, seus acessórios e o modo como ficava nas ruas – sentada, sem conversar ou pedir esmola – suscitava na imaginação dos que a viam o ar de uma mendiga, de uma santa ou de uma louca. A mulher de roxo ficava próximo à loja Slopper, na Rua Chile, local onde as damas da sociedade baiana se reuniam para comprar roupas.

Alguns afirmam que ela se chamava Doralice, outros Florinda. Alguns afirmavam que ela ganhava as roupas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, outros que ela mesma costurava retalhos roxos e transformava-os em vestidos. Histórias sobre a vida e o por que daquela mulher está nas ruas está presente em livros, contos publicados em jornais e até em vídeo.

Segundo Anysio Félix, a Mulher de Roxo “apareceu nos anos 1960 na zona do Pelourinho, exatamente na casa de número 6 da Rua Gregório de Mattos, em um bordel conhecido como Buraco Doce. Ela era uma mulher muito bonita, cabelos negros longos, vestidos caros e joias” (FÉLIX, 1995, p. 101). Depois passou a morar nas ruas.

Em alguns momentos a Mulher de Roxo perambulava pelo Centro Histórico vestida de noiva, com buquê, véu e grinalda. Com isso surgiu a lenda de que havia sido abandonada no altar, ou que era uma ex-freira expulsa por causa de um namorado, ou que tinha um filho que a rejeitava, que já havia sido muito rica, que era professora, e por tudo ou nada disso, tinha enlouquecido. Nada se sabe. O que se tem certeza é que em 1993 e por alguns anos a Mulher de Roxo esteve internada no Hospital Santo Antonio, organização das Obras Sociais de Irmã Dulce.


CONHECI E PERDI DE VISTA !( GOOGLE).



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