quarta-feira, 5 de junho de 2019

PAIXÕES!

Geraldo Leony Machado está no Facebook.
PAIXÕES – O povo é apaixonado. Joga-se de corpo e alma naquilo que acredita ou que sente. E se sente acredita. E o sentir à flor da pele é o que o marca e o faz explodir. É passional. Vive paixões. O seu objeto é o que está mais próximo, real ou irreal. Não interessa. Sua verdade é gritada e ele, o povo, dá o seu recado de modo retumbante. Nisso sua sinceridade. Usado, Levado. Iludido, muitas vezes.
É ser Bahia ou Vitória. Flamengo ou Fluminense, Remo ou Paysandu, Corinthians ou Palmeiras ou São Paulo. Sem citar os estrangeiros que empolgam. Tampouco a seleção brasileira, num hiato decepcionante.
As paixões humanas foram alvo de preocupação e estudo de mentes poderosas: Thomas Hobbes, Descarte, Pascal, David Hume, Rousseau. Antes, a Bíblia, Gálatas 5.24 é exemplo: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências

As divergências, desde Thomas Hobbes a Jean-Jacques Rousseau, não impediram a conclusão de que sem as paixões não existiria vida cívica.
E assim é.
Ser de direita ou de esquerda. Equilíbrio pra quê? Os equilibrados não constroem. Mantém. São necessários após a conquista, diriam. Outros, os equilibrados não fomentam hecatombes, destruição, suicídios sociais ou pessoais.
Os mansos dominarão (possuirão, serão os herdeiros) a terra. «Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29). O grito de Jesus ecoa na montanha, em sermão, admirado até por quem não o reconhecia.
O que é ser manso? Os vários povos, em seus falares, buscam traduzir o sentido da expressão de Jesus merecendo competente comentário do Pe. Raniero Cantalamessa, que muito diz da luz interior que se exterioriza em atitudes de paz, de fraternidade, de amor ao próximo.
O Catecismo Católico oferece uma visão positiva da paixão:
“As paixões são numerosas. A paixão mais fundamental é o amor provocado pela atração do bem. O amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de consegui-lo. Este movimento se completa no prazer e na alegria do bem possuído. A percepção do mal provoca ódio, aversão e medo do mal que está por chegar. Este movimento se completa na tristeza do mal presente ou na cólera que a ele se opõe”.
Porém as paixões a tudo superam. É um funil por onde passam e perpassam ideias em convulsão. Não há outro prisma de visão, nada se lhe atinge ou faz o agente enxergar. Daí o amante que fere de morte o ser amado.
“A paixão é a profunda e duradoura crise psicológica que atinge a integridade do espírito e do corpo”.
A paixão torna inimputável o assassino. Contudo, "o verdadeiro amor não leva a morte. O amor, o amor mesmo, jamais desceu ao banco dos réus. Para os fins da responsabilidad
e, a lei considera apenas o momento do crime. E nele o que atua é o ódio. O amor não figura nas cifras da mortalidade e sim nas da natalidade; não tira, põe gente no mundo. Está nos berços e não nos túmulos". Roberto Lyra , Promotor de Justiça, RJ.
Tudo é teoria? Na prática, no cerne do ser humano, em seu estágio atual (diriam os espíritas), a paixão desenfreia, berra pelo amor ou pelo ódio. E “assim caminha a humanidade”. Tem pressa, mas é vagarosa.
O tema é apaixonante...e
interminável. Permitimo-nos, nesses tempos brasileiros difíceis, e exíguo espaço, apenas breve e pontilhada reflexão.
SSA, 04.06.2019
Geraldo Leony Machado

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