sexta-feira, 19 de junho de 2020

PAI...

PAI










 

Há  marcas que senti,

Em mim, mas foram dadas,

Em outro alguém. 

Queria estar presente,

Bata em mim.

Descarregue esse sentimento,

Insensível,  brutal, e durma, 

Em paz! 

Paz? Sem consciência, sem,

Constrangimento dorme,

Sem olhar pra Deus, e dizer, 

Errei pai, levado pela prepotência, 

Fiz, peço de joelhos,

Não  quero dormir,

Usei a força,  em que não  devia.

Perdão,  presentes, não  compram,

Meu ato covarde, sendo maior,

Forte e de pé,  superei quem,

Só  merecia diálogo,  aviso,

Compreensão.  Pai, somos,

Ditadores, usar a força, 

Quando também  somos,

E fomos iguais ou piores,

Sem freio.

De joelhos, imploro não  permita,

Marcas fixadas na mente,

De quem só  ama,

Não  sabe avaliar, 

O que virá depois! 

Dionê Machado 

Março  de  2019.

 

 



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